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15 de julho é celebrado o Dia do Homem. O que você tem feito pela sua saúde?

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens vivem 7,1 anos a menos do que as mulheres, sendo a taxa de mortalidade maior em praticamente todas as faixas etárias. Mas qual seria a justificativa? Segundo o oncologista David Pinheiro Cunha, sócio do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia,existem motivos ‘evitáveis’ para o homem viver menos, mas entre os principais estão a maior exposição a alguns fatores de risco e a menor aderência aos exames preventivos. “Dentre os fatores de risco estão o tabagismo, o etilismo, a falta de prática de atividade física e a obesidade. E ainda, a baixa frequência com que o homem cuida da saúde. Esta conjunção está diretamente relacionada ao risco de desenvolver diversas doenças nos homens, com maior destaque para o câncer”, afirma.

De acordo com o Ministério da Saúde, três em cada dez homens não têm o hábito de ir ao médico. Dados da pesquisa realizada do Centro de Referência em Saúde do Homem mostram que mais da metade dos pacientes do sexo masculino só procura atendimento médico em casos de problemas de saúde avançados. “Isso resulta em um tratamento com mais dificuldades, mais longo e dependendo da doença, com menores chances de cura”, explica o médico.

Homem x Câncer

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam como os cânceres mais frequentes nos homens os de pele, próstata, intestino, pulmão e de cabeça e pescoço. E o que todos eles têm em comum? O oncologista afirma que todos eles poderiam ser evitados com medidas de prevenção e um diagnóstico precoce.  Confira:

câncer de pele é o tumor mais frequente. “Felizmente, este tipo de tumor apresenta uma baixa taxa de mortalidade, mas pode deixar sequelas secundárias: a cirurgia para sua retirada. Os dois tumores de pele mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide, ambos diretamente relacionados à exposição não protegida ao sol. O cuidado com a exposição solar e o uso de protetor solar seriam o suficiente para reduzir o desenvolvimento destes tumores”, orienta.

O segundo tumor mais frequente é o câncer de próstata. Dados do INCA estimam 65.840 novos casos em 2022 no Brasil, sendo o responsável pela segunda maior causa de morte por câncer. “O seu principal fator de risco é o envelhecimento, algo que não podemos evitar, mas por outro lado é um câncer altamente curável quando diagnosticado precocemente. Identificar este tumor na fase inicial é possível pela realização dos exames preventivos de toque retal e PSA. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos devam procurar um profissional especializado para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos, por já possuírem um risco aumentado”, explica.

Na terceira posição está o câncer de intestino. Este câncer está relacionado à idade mais avançada, histórico familiar e aos hábitos de vida como excesso de alimentos industrializados, sedentarismo e obesidade. “Sabemos que evitar a exposição a estes fatores risco pode reduzir de forma significativa as chances de ter um câncer de intestino. Por isso, é importante manter um estilo de vida saudável com atividade física no mínimo três vezes por semana, manter peso adequado, realizar dieta rica em fibras, evitar o tabagismo, etilismo e excesso de carne vermelha e embutidos, além de realizar o exame preventivo de colonoscopia.  No Brasil, esse exame é recomendado para homens e mulheres entre 50 a 74 anos. Em casos de história familiar para câncer de intestino, o exame deve ser realizado dez anos antes da idade que o familiar apresentou o diagnóstico”, sugere.

câncer de pulmão é o quarto câncer mais frequente nos homens, com 17.760 casos novos ao ano,segundo o INCA. E é o câncer que mais mata os homens. “Infelizmente, sua incidência vem aumentando no mundo, o que o torna um problema de saúde pública em razão do impacto dos altos custos do seu tratamento. A maioria dos casos deste tipo de câncer seria evitada se as pessoas não fumassem. Aproximadamente 80% dos casos estão diretamente ligados ao tabagismo, hábito considerado como a maior causa evitável de mortes no mundo todo. Os pacientes que fumam têm em média 14 anos a menos de expectativa de vida em relação a quem não fuma. Além disso, está cada vez mais claro que os tabagistas passivos (quem não fuma, mas convive de perto com quem fuma) também têm mais chances de desenvolver câncer, doenças cardíacas e pulmonares”, afirma.

Em quinto lugar está o câncer de cabeça e pescoço, que compreende todos os tumores que têm origem na boca (cavidade oral), nariz (nasofaringe, cavidade nasal e seios paranasais), garganta (orofaringe, hipofaringe, laringe) e nas glândulas salivares.”Os fatores de risco para o desenvolvimento desta neoplasia já são bem estabelecidos. O principal é o tabagismo. O risco é dependente do número de cigarros fumados por dia e do tempo de uso. Os tabagistas têm o risco de desenvolver câncer de 5 a 25 vezes a mais do que os que não fumam. O segundo fator de risco de destaque é o etilismo. Um estudo revelou o aumento de 5 a 6 vezes no risco de desenvolver o câncer de cabeça e pescoço com consumo de álcool superior a 50 g/dia versus menos de 10 g/dia (aproximadamente uma lata de cerveja). Suspender o consumo de álcool reduz em 4% ao ano o risco de doença maligna da laringe ou a faringe”, conclui o médico.

            *David Pinheiro Cunha é médico oncologista com residência em Oncologia Clínica pela Unicamp. Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e residência em Clínica Médica pela PUC Campinas.Possui título de especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira – AMB/SBOC. Realizou observership no Serviço de Oncologia em Northwestern Medicine Developmental Therapeutics Institute, Chicago, Illinois, EUA.É membro da Diretoria Científica da disciplina de Cancerologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC). É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). David é sócio do Grupo SOnHe –Oncologia e Hematologia e atua na Oncologia do Radium- Instituto de Oncologia, do Hospital Santa Teresa e do Hospital Madre Theodora.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 11 especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani e Isabela de Lima Pinheiro e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha.

Por Assessoria

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Brasil já registra metade dos casos de dengue contabilizados em 2023

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Por Agência Brasil | foto Fabio Rodrigues-Pozzebom

Com 920.427 casos prováveis de dengue desde 1º de janeiro, o país já contabiliza mais da metade do total de diagnósticos da doença identificados por estados e municípios ao longo de todo o ano de 2023, quando foram registrados 1.658.816 casos.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que, no ano passado, o coeficiente de incidência da dengue no país foi de 777,6 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. O coeficiente registrado atualmente é de 453,3 casos, sendo que o pico da doença, segundo autoridades sanitárias, ainda não foi atingido.

Em 2023, os estados com maior número absoluto de casos da doença eram Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. Este ano, Minas Gerais segue liderando o ranking, com 311.333 casos. Nas posições seguintes estão São Paulo (161.397), Distrito Federal (98.169), Paraná (94.361) e Rio de Janeiro (71.494).

Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

Edição: Aline Leal

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Gás de cozinha: Preço médio cai 0,05% nesta semana

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Preço médio do gás de cozinha é de R$ 101,90 no Brasil

O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha no Brasil, é de R$ 101,90 nesta semana. Este valor corresponde a uma queda de 0,05% em relação à semana anterior. 

A redução pode ainda ser reflexo da decisão da Petrobras em reduzir os custos da gasolina e do GLP. Esta medida entrou em vigência em 1º de julho deste ano. 

Lorena, no estado de São Paulo, assim como Paranaguá, no Paraná, foram os municípios brasileiros com menor preço do gás de cozinha comercializado, a R$ 70. Este valor foi comercializado nos bairros Cidade Industrial e Jardim Ouro Fino, respectivamente. Em seguida, estão os municípios de Valparaíso de Goiás, em Goiás, que comercializou o combustível a R$ 73. 

O município que registrou preços mais altos foi Tefé, no Amazonas, em que o gás de cozinha foi comercializado a R$ 150. Em seguida estão Belo Horizonte, em Minas Gerais, a R$149, e Ilhéus, na Bahia, a R$147. 

Recife, em Pernambuco, é a capital mais barata, com o preço médio de revenda do GLP em R$ 89. Por sua vez, Belo Horizonte, em Minas Gerais, a mais cara, registrando preços de até R$ 149. 

Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP. 
 

Fonte: Brasil 61

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Infecção por Covid-19 dá imunidade similar à vacina, afirma estudo

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Uma pessoa está tão protegida contra a Covid-19 após um contágio com o coronavírus como quando foi vacinada contra a doença, afirma um estudo publicado nesta sexta-feira, um dos mais extensos sobre o tema. “Embora uma infecção proporcione uma proteção que diminui com o tempo, o nível desta parece tão duradouro, ou até maior, que o conferido pela vacinação”, afirma o trabalho publicado na revista The Lancet.

A comparação é baseada nas vacinas de RNA mensageiro da Pfizer/BioNTech e da Moderna, que estão entre as mais eficazes contra a Covid-19 e que são as principais das campanhas de vacinação de muitos países ocidentais. O tema não é novo e muitos estudos já tentaram comparar os riscos de reinfecção, dependendo se a pessoa está vacinada ou já foi infectada.

Mas o trabalho publicado pela revista The Lancet tem uma dimensão sem precedentes. Compila quase 60 estudos pré-existentes, que remontam a vários anos e levam em consideração o surgimento, no final de 2021, da variante ômicron. Esta última é muito mais contagiosa que as antecessoras e capaz de infectar muitas pessoas vacinadas, sem que estas corram um risco elevado de sofrer uma forma grave da doença.

O estudo conclui que o mesmo acontece em caso de infecção anterior por coronavírus. A proteção é bem mais fraca contra a reinfecção com a variante ômicron, mas considerada sólida contra uma forma grave de Covid. Os resultados não significam que é indiferente ser vacinado ou infectado para adquirir uma primeira imunidade. É muito mais arriscado sofrer a doença, em particular no caso de pessoas idosas.

Fonte: Correio do Povo

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