O mercado de investimentos pode ser dividido entre o de renda fixa e o de renda variável. Em termos gerais, a diferença entre eles se dá na forma de rendimento dos ativos, ou seja, enquanto a renda fixa apresenta retorno mais previsível, a variável, por sua vez, permite maior oscilação, o que pode ser bom para o investidor mais preparado ou ruim para quem não está pronto para lidar com esse tipo de aplicação.
É por isso que para quem deseja investir em renda variável, contar com informações confiáveis é fundamental. É preciso saber exatamente como funcionam questões como risco, características do investidor, custos, entre outros.
O risco na renda variável
O risco é sempre proporcional ao retorno que ele oferece. E isso faz todo o sentido: o mercado financeiro remunera melhor aquela pessoa que faz mais por determinado projeto do que alguém que se empenha menos. Quando um investidor busca segurança, ele oferece menos pela valorização daquele ativo do que o investidor que se arrisca. É por isso que o investidor do segundo grupo tende a ser mais remunerado quando há sucesso no negócio. Até porque, caso o projeto dê errado, é ele quem tem que arcar com maiores custos.
Entender a lógica do risco nesse tipo de mercado é importante para que o investidor adote medidas de gestão de risco. Esse é, aliás, um dos maiores diferenciais que especialistas usam para ganhar mais dinheiro.
O perfil do investidor
Para entender como essa estratégia de administração de risco pode dar certo, é preciso primeiro compreender que cada investidor deve aplicar seu dinheiro de acordo com seu perfil pessoal. Assim, avaliando questões como capital disponível para aplicação, conhecimento de mercado, objetivos, entre outros, é possível identificar um perfil que, em geral, pode ser classificado como conservador, moderado ou arrojado.
Diferenciar cada um desses perfis é bastante simples. Enquanto o conservador é alguém que não tem experiência no mercado financeiro e apresenta pouca tolerância ao risco, o arrojado é aquele com características opostas, enquanto o moderado ocupa uma posição intermediária entre os dois.
Em geral, pensando em uma escala, ao investidor mais conservador tende a ser mais indicado o mercado de renda fixa e ao arrojado, a renda variável.
A questão da sorte
Ainda que a definição do perfil ajude o investidor a encontrar soluções de acordo com suas características e o momento que vive, não existe uma regra que o impeça de buscar diferentes mercados. Mesmo investidores tidos como conservadores podem aplicar em ativos como ações e isso não quer dizer que não possam prosperar. Da mesma forma, investidores moderados e arrojados costumam ter parte de seu portfólio destinada a investimentos de renda fixa, onde podem compor sua reserva de emergência.
Em resumo, tudo depende da estratégia que cada um pode adotar, sendo o mais importante para o investidor, que ele seja capaz de atuar com critérios, evitando fazer apostas em ativos que não conhecem. O mercado financeiro permite a adoção de recursos que simplificam a identificação de ativos promissores, entre eles estão as análises técnica e fundamentalista.
Pensar o mercado de renda variável como uma espécie de cassino tende a ser a origem de grandes prejuízos financeiros. Já perceber que esse investimento pode remunerar bem de acordo com a capacidade analítica do investidor, pode ser o primeiro passo para a formação de verdadeiras fortunas.
Os custos
Como acontece em qualquer mercado, existem os custos de operação. Taxas também precisam ser consideradas. No caso do mercado de ações, por exemplo, existe a chamada taxa de corretagem, que é o que fica para a corretora por intermediar o serviço de movimentação acionária. Além disso, a B3, que é onde as transações ocorrem, também cobra sua taxa. São os conhecidos “emolumentos”. Outro custo é a taxa de custódia, cobrada pela corretora para tomar conta dos investimentos do cliente.
É importante ter atenção aos impostos como o ISS, que é calculado em função da taxa de corretagem, e o Imposto de Renda. Para o investidor, é interessante considerar esses custos na hora de calcular a sua rentabilidade estimada. No longo prazo, a soma deles pode interferir na qualidade dos resultados e fazer determinada escolha se tornar melhor do que a outra.