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Brasil e Portugal assinam acordos para gestão da água e saneamento

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Foto: MDR/Divulgação

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) do Brasil e os ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente e da Ação Climática de Portugal assinaram um memorando de entendimento que busca ampliar a cooperação entre os dois países na gestão dos recursos hídricos e do saneamento.

Os atos, celebrados nesta segunda-feira (8), em Lisboa, preveem a colaboração no aperfeiçoamento da legislação da gestão da água e saneamento, o desenvolvimento institucional e dos sistemas de governança, a capacitação dos agentes envolvidos, a sustentabilidade econômica e financeira das ações no setor, a gestão integrada dos recursos hídricos e a promoção de avanços no abastecimento de água e saneamento.

Durante a cerimônia, a secretária de estado do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática de Portugal, Inês dos Santos Costa, destacou o exemplo do país europeu, que alcançou a universalização do saneamento e abastecimento de água a partir da estruturação de um ambiente de negócios seguro ao investidor privado. O chamado “milagre português” permitiu o atingimento de índices próximos aos 99% de atendimento com água e esgoto tratados, contribuindo para a saúde da população e a preservação do meio ambiente.

“Vejo com muita alegria a celebração deste acordo com foco em ampliar a colaboração entre nossos países, levando saneamento, higiene e água para todos, tendo os critérios sociais, ambientais e de governança como norte da nossa atuação”, afirmou a secretária.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destacou os avanços conquistados pelo governo brasileiro com o aperfeiçoamento da segurança jurídica aos investidores a partir da aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, sancionado em julho de 2020.

“Neste primeiro ano de vigência da nova legislação, os leilões realizados já garantiram um volume de investimentos privados equivalente ao aportado em 10 anos pelos governos federal, dos estados e municípios. Estão buscando a evolução dessas parcerias, levando saneamento e dignidade às pessoas, mas também garantindo o retorno aos investidores. Acreditamos que temos ótimas oportunidades para que as empresas portuguesas possam ser parceiras nessa transformação”, afirmou Marinho.

O secretário de Internacionalização do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Eurico Brilhante, reafirmou o interesse português na parceria com o Brasil, estabelecendo o intercâmbio de informações, e também o crescimento da participação das empresas portuguesas nos investimentos estruturantes no País.
Acordos com a iniciativa privada

Durante a cerimônia, foram assinados programas de atividades com entidades que representam empresas e instituições ligadas aos setores de água, esgoto e resíduos sólidos de Portugal. Os acordos têm o objetivo de aperfeiçoar a estruturação de projetos de infraestrutura e a aplicação de critérios ASG (Ambientais, Sociais e de Governança), garantindo sustentabilidade aos projetos de infraestrutura e, principalmente, a indução de novos investimentos privados nessas áreas estratégicas.

O ministro Rogério Marinho apresentou as modificações legais realizadas pelo Brasil para garantir segurança aos investidores, além do novo Fundo de Desenvolvimento Regional Sustentável, criado para apoiar estados e municípios na estruturação de projetos para concessões e Parcerias Público-Privadas. Na opinião do ministro, a qualificação dos projetos, com garantia de sustentabilidade e retorno aos investidores, é mais um avanço fundamental para a atração de parceiros internacionais nas ações estruturantes.

Visita à Estação de Tratamento de Águas Residuais

A missão do Ministério do Desenvolvimento Regional, liderada pelo ministro Rogério Marinho, também visitou a Estação de Tratamento de Esgoto de Alcântara, que atende a região de Lisboa. Os investimentos portugueses em saneamento promoveram uma revolução positiva na área ambiental, com efeitos na saúde da população, e também garantindo a recuperação das águas do Rio Tejo, promovendo recuperação da fauna marinha e trazendo impactos positivos na produção de pescados e na ampliação do turismo na região costeira, a partir da devolução da balneabilidade das praias da região da capital portuguesa.

No domingo (7), Marinho e a delegação do MDR foram recebidos pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática de Portugal, João Pedroso Matos Fernandes. Na reunião, foram apresentadas as ações do governo brasileiro para levar água a quem sofre com a seca, e também as medidas de preservação e recuperação de nascentes, como o Programa Águas Brasileiras. Marinho também destacou os avanços promovidos pelo Marco Legal do Saneamento, que já alavancou mais de R$ 68 bilhões em investimentos privados e possibilitará a universalização do tratamento de água e esgoto até 2033.

Também no domingo, a missão do Ministério do Desenvolvimento Regional foi recebida pelo embaixador do Brasil em Portugal, Carlos Alberto Simas Magalhães, para uma reunião com empresários portugueses. O ministro Rogério Marinho convidou os empresários a serem parceiros nas áreas de saneamento, segurança hídrica, mobilidade e iluminação pública, que somadas representam uma carteira potencial de investimentos de mais de R$ 1 trilhão.
 

Fonte: Brasil 61

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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