A partir do dia 14 de fevereiro, a população pode consultar se tem direito a sacar algum valor “esquecido” em instituições financeiras em um site exclusivo. O novo endereço para saber se há alguma quantia é o valoresareceber.bcb.gov.br. As transferências podem ser agendadas a partir do dia 7 de março.
O antigo site havia sido lançado no dia 24 de janeiro, mas, no dia seguinte, a página do Banco Central saiu do ar devido ao grande número de acessos. Na época, o Banco Central, por meio de nota, informou que estava investindo fortemente na ampliação de sua capacidade de atendimento.
Não será possível entrar no sistema com o login do Registrado. Para ter acesso às informações, o cidadão precisará estar cadastrado no site do Governo Federal, o gov.br. Esse cadastro pode ser feito via site ou aplicativo gov.br, na Google Play ou na App Store.
O perfil do usuário deverá ser prata ou ouro, que exige uma segurança maior, com etapas como o reconhecimento facial. Com esse cadastro, a pessoa terá acesso aos bancos credenciados. Para aumentar o nível da conta, basta entrar no perfil do gov.br, procurar a aba de privacidade/selo de confiabilidade e seguir os passos das validações.
R$ 8 bilhões para devolução
Segundo dados do Banco Central, cerca de R$ 8 bilhões estão parados em bancos ou instituições financeiras, esperando para serem sacados. Paulo Dantas da Costa – vice-presidente do Conselho Federal de Economia (COFECON), diz que os dados são surpreendentes e que podem ajudar na economia em geral, já que os recursos aumentam a disponibilidade da renda. “É um fato importante na medida que os gastos das pessoas têm repercussão na demanda que, por consequência, atinge o setor produtivo pela fabricação de novos produtos”, ressalta.
Na primeira fase, são mais de R$ 3,9 milhões que podem ser devolvidos para mais de 24 milhões de pessoas. Esse montante vem de contas correntes ou poupanças não sacadas, cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de créditos, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcios extintos.
Segundo o economista César Bergo, a pessoa que conseguir reaver esse dinheiro pode utilizar esses recursos inesperados para formar um fundo de emergência, pagar as dívidas ou fazer aplicações. “Agora, realmente, a taxa de juros está bem atraente, então vale a pena aplicar em algum ativo de renda fixa. Começando pela própria poupança porque o valor pode ser pequeno ou buscar um fundo de investimento de renda fixa”, explica.
Golpes
O Banco Central também fez um alerta contra os possíveis golpes que podem ser aplicados. Segundo a instituição, é necessário estar atento aos seguintes pontos:
O Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais;
Ninguém está autorizado a entrar em contato em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS ou por aplicativos de mensagem;
Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.
A CAIXA paga, nesta segunda-feira, 25 de novembro, nova parcela do Programa Pé-de-Meia para os estudantes do Ensino Médio Regular e Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos, a EJA, nascidos nos meses de janeiro e fevereiro.
O incentivo será creditado na conta Poupança CAIXA Tem e os valores podem ser movimentados pelo CAIXA Tem.
O estudante pode pagar contas, fazer transferências e PIX, direto no aplicativo. Além disso, pode movimentar os valores com o cartão do programa, fazendo compras e pagamentos.
O Programa Pé-de-Meia apoia a permanência e a conclusão escolar dos estudantes matriculados no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos da rede pública.
Para mais informações sobre os pagamentos do Pé-de-Meia, acesse: www.caixa.gov.br.
Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01
Por agencia Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.
Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.
“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.
O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.
“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.
Anistia
Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.
“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.
Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.
“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.
Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.
“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.
Ataque
Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).
Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.
Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais.
Novos cursos negados
Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.
Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.
Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.
“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”
Os impactos para as cidades negadas
Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.
Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação.
“Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”