O coral Tubastraea tagusensis, conhecido popularmente como Coral Sol, é considerado uma espécie invasora no Brasil. Este coral é nativo do oceano Indo-Pacífico e foi introduzido na costa brasileira na década de 80. Registrado primeiramente em plataformas de petróleo e depois em costões rochosos no Rio de Janeiro, vem se expandido para vários Estados como: São Paulo, Santa Catarina, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, e agora em 2022, infelizmente, encontrado em Alagoas.
Esses corais são facilmente reconhecidos devido ao seu colorido vibrante e pelo formato alongado dos seus pólipos. A espécie registrada em Alagoas foi T. tagusensis possui cor amarelada e pólipos mais projetados e espaçados.
Atualmente esses invasores estão em franca expansão no litoral brasileiro, sendo encontrados em vários tipos de substrato artificiais como plataformas de petróleo e gás, cascos de navios, píeres, marinas, boias de sinalização, quebra-mares, naufrágios e em substratos naturais como costões rochosos e recifes de corais. Diversos estudos já demonstraram que esse invasor vem causando impactos negativos em corais e peixes nativos, modificando funções ecológicas importantes.
Através da campanha de ciência cidadã que vem sendo desenvolvida há mais de 6 anos pelo Laboratório de Ictiologia e Conservação da UFAL (@lic.ufal.penedo) e o projeto Corais do Brasil (@coraisdobrasil.br), recebemos no último domingo imagens do naufrágio Itapagé (município de Jequiá da Praia, Sul de Alagoas) enviadas por mergulhadores recreativos e pela escola e operadora de mergulho EcoScuba (@ecoscubamaceio), onde colônias do Coral Sol foram observadas.
Prontamente uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Programa de Pós-Graduação Diversidade Biológica e Conservação dos Trópicos da UFAL, Projeto Corais do Brasil e ICMBio/ Reserva Extrativista Marinha da Lagoa de Jequiá se organizou e não mediu esforços para realizar mergulhos científicos e iniciar ações de remoção de colônias para controle da invasão no naufrágio, na quarta-feira, 23 de março.
Durante os mergulhos a equipe registrou milhares de colônias espalhadas pela estrutura do histórico Itapagé, e durante 15 minutos removeu 53 colônias de Coral Sol, totalizando 1.377 pólipos e aproximadamente 2,5 kg (a maior colônia possuía 99 pólipos e 11 cm de diâmetro).
Através da análise das colônias de maior diâmetro, foi possível estimar a idade das colônias e consequentemente, o início da invasão no naufrágio, que provavelmente ocorreu em um período de não menos de 3 anos, indicando a possibilidade de que o Coral Sol já esteja em outros naufrágios, boias e recifes do litoral sul de Alagoas.
O naufrágio Itapagé está localizado próximo à Praia da Lagoa Azeda e dos limites da Resex Marinha da Lagoa de Jequiá, destacando o elevado risco para a biodiversidade e economia da região, especialmente para os recifes de coral do litoral Sul de Alagoas, ainda pouco conhecidos pela ciência.
A ocorrência do Coral Sol em Alagoas pode ter sido facilitada pelo retardo e ausência de providencias do poder público na aplicação de medidas de prevenção e monitoramento, amplamente discutidas e recomendadas, durante reuniões realizadas inclusive no Conselho Estadual de Proteção Ambiental – CEPRAM, em Maceió, desde 2017, com a participação de gestores públicos, pesquisadores, operadoras de mergulho, ONGs e outros representantes da sociedade alagoana. Infelizmente as espécies invasoras não aguardam decisões políticas, elas aproveitam esses descuidos para continuarem se expandindo e, consequentemente, causando prejuízos.
O Coral Sol tem causado impactos, reduzindo a biodiversidade e deixado os recifes menos coloridos e atraentes. Cabe destacar que os recifes brasileiros possuem poucas espécies de corais construtores, mas quase todos são exclusivos, não existindo em nenhuma outra parte do planeta e a chegada do Coral Sol em Alagoas, Estado com grandes áreas recifais importantes para a economia, através da pesca e turismo, é extremamente preocupante.
Por conta desses riscos e prejuízos, é prioritária a implementação de um programa sistemático de manejo do Coral Sol e monitoramento dos seus vetores conhecidos, como naufrágios, portos, marinas, cascos de embarcações e plataformas associadas a indústria do petróleo e boias. É necessária uma ação urgente do Governo Federal na costa e ilhas oceânicas brasileiras em parceria com os Estados, municípios, Universidades, Marinha do Brasil, ONGs, mergulhadores e turistas para o manejo do Coral Sol, inclusive para fins de prevenção.
Um artigo científico está sendo redigido para publicação em revista científica internacional, para alertar a comunidade acadêmica e os gestores públicos sobre o primeiro registro deste invasor na região e sobre a importância das medidas de prevenção contra espécies invasoras em Alagoas.
Por apresentarem altas taxas de crescimento, reprodução e regeneração, além de conseguirem se estabelecer em grandes profundidades (60 m) e diferentes tipos de ambientes marinhos e até estuarinos, as ações de remoção das colônias para controle da bioinvasão são desafiadoras.
As operações de combate ao Coral Sol são complexas e precisam ser conduzidas de maneira contínua, o que demanda um aporte significativo de recursos financeiros e humanos. Ações de controle do Coral Sol vem sendo realizados em diversos locais da costa brasileira, como na região sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina) e nordeste (Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia) e já existem evidências de sucesso na redução desses invasores quando o manejo é feito de maneira adequada e contínua.
Em Alagoas é urgente que ações de controle sejam intensificadas imediatamente, por se tratar do início do processo de invasão, onde a distribuição do Coral Sol ainda é restrita e o manejo pode ser mais eficiente.
Caso alguém tenha observado o Coral Sol em Alagoas, solicitamos que entrem em contato pelo WhatsApp 82 99654 5349. Penedo, 26/03/2022
Envolvidos na atividade:
Cláudio L.S. Sampaio 1, 2 , Taciana Kramer Pinto 2, 3 , Márcio J.C.A. Lima Júnior1, 2, Tiago Albuquerque1 , Pedro Henrique Cipresso Pereira4 , Robson G. Santos 2, 5 , Bruno Stefanis S.P. Oliveira6 & Ricardo J. Miranda5
Universidade Federal de Alagoas, Laboratório de Ictiologia e Conservação. Unidade Penedo, Penedo, Alagoas
Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Alagoas
Universidade Federal de Alagoas, Laboratório de Ecologia Bentônica. Unidade Penedo, Penedo, Alagoas
Projeto Conservação Recifal (PCR), Recife, Pernambuco
Universidade Federal de Alagoas, Laboratório de Biologia Marinha e Conservação, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Maceió, Alagoas
A Secretaria de Estado da Primeira Infância de Alagoas (Cria) já capacitou 10.200 servidores públicos em saúde, educação infantil e assistência social, por meio da Universidade da Primeira Infância (Unicria) — iniciativa criada para fortalecer os três pilares do órgão governamental. As formações acontecem semanalmente nos municípios de Alagoas.
A Unicria foi criada para integrar todos os projetos de capacitação da secretaria em uma única rede de estudos, promovendo organização, eficiência e equidade entre as ações, com foco direto na melhoria da qualidade de vida das crianças alagoanas.
Entre os principais projetos de capacitação do Cria e com números mais expressivos, está o Creche Segura, da gerência de saúde, que bateu o marco de 4 mil servidores da educação infantil capacitados em técnicas de primeiros socorros, prevenindo engasgos e auxiliando na proteção e segurança das crianças alagoanas.
Durante as formações, os profissionais das creches Cria — e de unidades municipais parceiras — aprendem como agir em situações de emergência, como engasgos, convulsões, paradas cardíacas e choques elétricos, garantindo respostas rápidas e seguras.
O Cria também atua no cuidado e formação educacional dos profissionais que atuarão nas creches, por meio do projeto ‘Circuito Formativo’, que tem como foco capacitar os pontos focais que acompanham as unidades Cria com temáticas ligadas à educação infantil, assim como nos cursos de Psicomotricidade na Primeira Infância e nas capacitações sobre consumo consciente de água. Até o momento, mais de 1.500 profissionais já passaram pelas formações da gerência.
Já na assistência social, os projetos Escuta Protegida, Entrega Legal e Protege Alagoas têm fortalecido a rede de proteção à infância. As ações formam servidores municipais para a escuta qualificada de crianças vítimas de violência e para o atendimento em situações de doação legal, promovendo acolhimento e segurança jurídica. Mais de 5 mil profissionais já foram capacitados por meio dessa frente.
Para a secretária de Estado da Primeira Infância de Alagoas, Caroline Leite, capacitar os profissionais que atuam na linha de frente é um compromisso do Governo de Alagoas.
“Capacitar mais de 10 mil profissionais em áreas tão essenciais como saúde, educação e assistência social é um marco que reafirma nosso compromisso com a primeira infância em Alagoas. Por meio da Unicria, conseguimos unificar e potencializar os esforços do Estado para garantir que os servidores que estão na linha de frente do cuidado com nossas crianças estejam cada vez mais preparados”, analisa.
A secretária pontuou que esses números refletem mais que estatísticas. Eles representam vidas impactadas, redes fortalecidas e o futuro das crianças de Alagoas sendo cuidado com ainda mais responsabilidade e carinho.
“Seguiremos investindo, formando e cuidando, porque acreditamos que a transformação de Alagoas começa pela infância”, conclui.
Facedoor estará presente na Confederação Nacional do Comércio, nos 26 estados e Distrito Federal
Mentorias da pasta foi essencial para alavancar a empresa, vencedora de edital do Geração do Hoje
Por agência Alagoas
Especializada em soluções de reconhecimento facial para controle de acesso, a Facedoor tem expandido o negócio para outras partes do país. Sendo uma das vencedoras do programa de subvenção econômica Geração do Hoje (GDH), a empresa alagoana surgiu em 2022 a partir do edital de fomento da Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti), junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).
A Facedoor tem se destacado por sua atuação em eventos de grande porte, tanto dentro do Estado como fora dele, trazendo visibilidade para os serviços inovadores da empresa e para o potencial de capacitação de Alagoas em alavancar startups.
A parceria firmada com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) permitirá que a Facedoor esteja presente nos 26 estados e Distrito Federal. O CEO Cláudio Ribeiro avalia que a equipe do programa Mentoring Team, da Secti e Fapeal, teve uma importante participação para a consolidação da empresa.
“Esse espaço de mentorias com o time do Mentoring Team foi algo crucial para o nosso desenvolvimento, nos apoiando em diversas questões como posicionamento jurídico e financeiro. Foi algo muito importante ter esse time de apoio em todos os momentos que a gente precisou”, destacou o CEO.
Ainda segundo Cláudio Ribeiro, a empresa começou a expandir os negócios para São Paulo, principalmente, e, desde então, tem fechado contratos importantes em todo o Brasil, levando os serviços inovadores criados no Estado de Alagoas.
“Foi um movimento que estávamos planejando e organizando. Fizemos um evento com a Casa Natura, Atlantica Hotels e com a Confederação Nacional do Comércio, que trouxe essa oportunidade gigantesca”, revela Cláudio.
A Facedoor desenvolve soluções personalizadas que combinam segurança e inteligência de dados para diferentes segmentos, como eventos, educação e ambiente corporativo, a exemplo do controle de acesso de reconhecimento facial do Centro de Inovação do Jaraguá, tecnologia feita por esta especializada.
Para o secretário de Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Silvio Bulhões, ver uma empresa alagoana impulsionando dessa forma reforça o compromisso do Governo de Alagoas na capacitação de companhias e conectá-las com novas oportunidades.
“A presença da Facedoor na Confederação Nacional do Comércio é uma prova do potencial econômico das empresas idealizadas no Estado de Alagoas. É uma honra poder fazer parte do crescimento, não só da Facedoor como das diversas empresas capacitadas através dos editais de fomento da Secti e Fapeal”, frisou o secretário.
Aperfeiçoamento da malha viária contribui para o desenvolvimento econômico de Alagoas
Por Agência Alagoas
Investimentos feitos pelo Governo de Alagoas em infraestrutura contribuíram significativamente para a melhoria significa da malha viária do estado. A consequência disso é o reconhecimento dos alagoanos, como mostra pesquisa recente do Instituto Ibrape.
De acordo com o levantamento – realizado entre os dias 15 e 17 de março –, 84% da população avalia que as estradas alagoanas melhoraram ou se mantêm estáveis na gestão Paulo Dantas.
Para 57% dos entrevistados, as rodovias melhoraram, enquanto que para outros 27%, se mantiveram estáveis. Apenas 13% consideram que as estradas pioraram, e outros 3% não souberam ou não quiseram responder.
Desde 2022, o governador Paulo Dantas já entregou mais de 240 obras de pavimentação asfáltica e em paralelepípedos (rodoviária e urbana), totalizando mais de mil quilômetros, por meio de um investimento superior a R$ 1,75 bilhão, segundo dados da Secretária de Estado da Governança Corporativa.
Os investimentos se espalham por todas as regiões. Como artérias, as rodovias em bom estado fazem as mercadorias fluírem com eficiência, irrigando a economia a partir de Arapiraca que, geograficamente, fica no coração do estado; facilitam a movimentação de turistas nos litorais Norte e Sul, e rasgam o Sertão em direção a Delmiro Gouveia, que, em breve, contará com vias duplicadas até Maceió.
Foto: Edvan fereirfa / Agência Alagoas
Entre vias urbanas, estradas e rodovias, o Governo de Alagoas já restaurou quase 500 km em todo o estado, por meio dos programas Pró-Estrada e Alagoas de Ponta a Ponta, executados pela Secretaria de Estado de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand).
Segundo a pasta, só o Alagoas de Ponta a Ponta beneficiou 10 municípios, entre 2023 e 2024, com a pavimentação asfáltica de mais de 50 km, ligando as zonas rurais aos centros urbanos.
Além de facilitarem o escoamento da produção, os investimentos do Governo de Alagoas contribuem para o desenvolvimento de vários setores econômicos, entre eles o turismo no interior do estado. Levantamento divulgado pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) revela que as atividades turistas no interior do Estado movimentaram 1,53 bilhão em 2022, um crescimento de 55,8% na comparação com o ano anterior. Isso significa que em 2022, os turistas que visitaram o interior deixaram R$ 4,1 milhões por dia na economia local.
Quando analisada a série histórica – iniciada em 2015 – o Valor Adicionado Bruto (VAB) do turismo no interior registrou crescimento de 194,2%, o avanço de três vezes, comparando o VAB de R$ 520,1 mil daquele ano com o de 2022.
“Temos a certeza que nos anos de 2023 e 2024 esses números serão, ainda mais, positivos, considerando que Alagoas teve em 2024 o menor número de desemprego, bateu a série histórica em malha viária e fluxo de passageiro na rodoviária e finalizou o ano com mais de 40% de incremento de desembarques de turistas internacionais”, ressalta a secretária de Estado do Turismo, Bárbara Braga.
“Tudo isso é fruto de uma política de investimentos estratégicos, captação de novos negócios, de investimento em incentivo fiscal e locacional, de infraestrutura, e, claro, investimento em capacitação e qualificação, com o programa Escola do Turismo”, afirmou.
O VAB do turismo é o dinheiro que o turista deixa no estado. Quanto maior, mais a economia cresce. Quando o VAB aumenta, significa que mais gente está ganhando dinheiro com o turismo, gerando mais empregos, mais negócios e maior crescimento econômico.