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Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

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A saúde financeira é o principal motivo de preocupação dos brasileiros. Uma pesquisa feita pelo Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, revela que, em 2022, 63% das pessoas entrevistadas acham necessário diminuir os gastos, e 49% enfrentam dificuldades econômicas.

A diretora de Marketing da SulAmérica, Simone Cesena, avalia que o cenário reforça a importância de as pessoas passarem a se programar melhor financeiramente, com um orçamento equilibrado entre a renda e a despesa. Para ela, contextos como o da pandemia podem agravar ainda mais a saúde financeira dos indivíduos. 

“Antigamente, quando falávamos em ter saúde, vinha muito na nossa cabeça a questão de não estar doente. Depois de tudo o que viemos passando, queremos muito mais do que só não estar doente. Quanto à saúde financeira, vemos os desafios que o mundo está enfrentando. E percebemos que, hoje, a educação financeira e de saúde, é algo que está sendo levado mais a sério. Por exemplo, fomos pegos de surpresa pela pandemia. Imagina a situação para quem não tinha reserva financeira”, considera.  

A pesquisa revela, ainda, que, em 2021, 4 em cada 10 brasileiros estavam mais preocupados com a saúde financeira do que com as saúdes física e emocional. 

Saúde emocional preocupa mais do que a saúde física

Mesmo com saúde financeira em destaque entre as preocupações, existe também um sinal de alerta para a saúde emocional. A pesquisa mostra que, a cada 10 brasileiros, 6 dizem que agora estão cuidando mais da saúde e do bem-estar do que durante o auge da pandemia. No entanto, a saúde emocional piorou para 48% dos entrevistados, devido aos efeitos da pandemia, e 54% afirmam que a saúde emocional é a segunda maior causa de preocupação. 

De acordo com a pesquisa, a chamada geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) foi a que se mostrou mais vulnerável quanto ao surgimento de sintomas e sentimentos no último ano. A ansiedade faz parte do cotidiano de 62% dos jovens em 2022, aumento de 6% em relação a 2021 (56%). A insônia também é uma realidade para 45% dos jovens.

“A geração Z está sofrendo um pouco mais do que as outras. Então, vemos que existe uma diferença geracional de comportamento em relação à saúde emocional. Por outro lado, está muito mais no nosso cotidiano falar sobre esse assunto. Logo, percebemos que todos os tratamentos, como os terapêuticos, em todas as gerações, viraram algo que está mais no nosso dia a dia”, avalia Simone Cesena. 

A estudante Victoria de Arruda tem 21 anos e mora em São Paulo. Ela sofre de ansiedade desde muito nova, e faz tratamento com psiquiatra há um ano e meio. Ela afirma que a internet, principalmente as redes sociais, potencializam as crises. 

“Além do fato de a ansiedade ser uma preocupação constante, acaba sendo cansativo emocionalmente, e também fico fisicamente cansada. Então, muitas vezes não consigo me concentrar nas coisas que tenho que fazer, porque tive uma crise de ansiedade ou os sintomas estão muito fortes. Tudo isso acaba me esgotando física e emocionalmente”, relata. 

O levantamento também mostra que a saúde física aparece em terceiro lugar entre as principais preocupações de 51% dos brasileiros entrevistados. 

“Percebemos um impacto grande no sobrepeso e obesidade das pessoas. Além disso, a própria ansiedade e a insônia também foram problemas identificados relacionados aos demais. Quando se fala em sobrepeso, é importante se cuidar mais, ficar atento à alimentação e praticar exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso vai impactar positivamente nas saúdes física e mental”, destaca Simone Cesena. 

Com o intuito de cuidar da saúde mental e emocional, mais de 60% dos que responderam à pesquisa têm como hábito ouvir música, 45% fazem atividades relacionadas à espiritualidade ou religião, enquanto 42% descansam ou fazem relaxamento. Somente 9% disseram fazer terapia. Ao serem questionados acerca de hábitos regulares de cuidados com a saúde física, 62% revelaram ter baixa ou nenhuma frequência de atividades.

A pesquisa foi realizada no mês de maio. A amostra contou com duas mil entrevistas por abordagem online, nas 27 unidades federativas. O levantamento avaliou questões referentes às saúdes física, emocional e financeira dos participantes. A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.  
 

Fonte: Brasil 61

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado

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Reunião de negociação ocorre hoje no Ministério da Gestão

Por Agência Brasil

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve nesta terça-feira (16) por tempo indeterminado. Entre as reivindicações da categoria estão recomposição de perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho.

A paralisação foi aprovada em plenária nacional realizada no sábado (13), convocada pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). A entidade já havia notificado o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos sobre a possibilidade de paralisação. A pasta agendou uma nova rodada de negociação também nesta terça-feira.

No documento, a Fenasps informa que “após análise das propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve poucos avanços”. O texto diz ainda que, o governo, “em vez de apresentar proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade”. A proposta, segundo a entidade, está muito aquém das perdas salariais da categoria, que superam os 53% no último período.

A pauta da Fenasps inclui a recomposição das perdas salariais; reestruturação das carreiras; cumprimento do acordo de greve de 2022; reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado; nível superior para ingresso de Técnico do Seguro Social; incorporação de gratificações; jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei; revogação de normas que determinam o fim do teletrabalho e estabelecimento de programa de gestão de desempenho; condições de trabalho e direitos do trabalho para todos, independente da modalidade de trabalho; fim do assédio moral institucional; e reestruturação dos serviços previdenciários.

A entidade informa que no dia 31 deste mês encerra o prazo para o INSS se adequar à Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os atuais programas de gestão, em programas de Gestão e Desempenho, o que significa uma piora na pressão para cumprimento de metas e a possibilidade de desconto de salário no caso das metas não serem atingidas, bem como a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os servidores.

O INSS tem 19 mil servidores ativos no quadro. A maioria, 15 mil, formada por técnicos  responsáveis pela maioria dos serviços da instituição, além de 4 mil analistas. Ao todo, 50% dos servidores ainda estão no trabalho remoto.

Proposta

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou que apresentou uma proposta à categoria que prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos. De acordo com a pasta, esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.

A atual proposta também prevê alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões; manutenção da remuneração de ingresso do nível superior e nível intermediário com valorização do vencimento básico e criação de gratificação de atividade em substituição à Gratificação de Atividade Executiva (GAE).

“O governo tem realizado um grande esforço para atender as reivindicações de reestruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários”, diz a nota do ministério.

Serviços

O INSS informou que mais de 100 serviços do órgão podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, disponível para download em celulares com conexão com a internet e para acesso via computador. A Central de Atendimento 135 também funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Os segurados que necessitarem de algum serviço do INSS, como requerimento, cumprir exigência, solicitar auxílio-doença, por exemplo, podem usar esses meios.

Ainda assim, a paralisação pode afetar os processos de concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimento presencial e análise de recursos e revisões. A mobilização não atinge a perícia médica.

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