Conecte-se Conosco

Brasil

Desemprego cai a 8,1%, menor taxa desde 2014

Publicado

em

A taxa de desemprego voltou a recuar e atingiu 8,1% no trimestre até novembro de 2022, informou o IBGE. É o menor nível para o período desde 2014 (6,6%), quando a economia começava a entrar em crise.

O crescimento da população ocupada, porém, desacelerou. A expansão foi de 0,7% ante o trimestre até agosto —nas divulgações anteriores, havia sido de 1,5% e 2,4% .

A taxa de desemprego voltou a recuar no Brasil e atingiu 8,1% no trimestre até novembro de 2022, informou) o IBGE. Éo menor nível para o período desde 2014 (6,6%), quando a economia começava a mergulhar em crise, mostra a Pnad Contínua.

O IBGE associou o resultado ao aumento da ocupação —ou seja, das pessoas que estão trabalhando. A população ocupada com algum tipo de trabalho alcançou 99,7 milhões de pessoas. Assim, renovou o recorde da série histórica da Pnad, iniciada em 2012.

O crescimento da população ocupada, no entanto, desacelerou. A expansão desse contingente foi de 0,7% em relação ao trimestre até agosto (99 milhões), o mais recente da série comparável. O avanço havia sido de 1,5% e de 2,4% nas duas divulgações anteriores.

Ante o trimestre até novembro de 2021 (94,9 milhões), a população ocupada teve alta de 5%. Nessa comparação, o crescimento havia sido de 7,9% na divulgação anterior.

Embora o aumento da população ocupada venha ocorrendo em um ritmo menor, ele é significativo e contribui para a quedana desocupação, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Segundo ela, os dados “até podem sinalizar” perda de fôlego da geração de postos de trabalho, mas é preciso levar em conta que o indicador vem de “crescimentos sucessivos”.

Parte dos analistas considera que a desaceleração já reflete o ritmo menor da atividade econômica em meio ao contexto de juros elevados.

“É condizente co moque estamos vendo na economia ”, diz Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB associados.

Vale enxerga um cenário de relativa estabilidade para a taxa de desemprego em 2023 devido a fatores como o crescimento mais baixo previsto para o PIB) deste ano.

“Temos um cenário de crédito e consumo mais difícil, o contexto internacional traz preocupação, além da turbulência política”, afirma.

Em relação a diferentes trimestres da série histórica comparável, a taxa dedes ocupação de 8,1% é a menor desde o início de 2015. O indicadores tava em 7,5% até fevereiro daquele ano.

O desemprego marcava 8,9% no trimestre até agosto de 2022, período mais recente de comparação na mesma série da Pnad. No intervalo finalizado em outubro, que integra outra série da pesquisa, a desocupação já estava em 8,3%. O número de desempregados, por sua vez, recuou para 8,7 milhões até novembro de 2022. É o mais baixo para esse trimestre desde 2014 (6,6 milhões).

O IBGE afirmou que o principal impacto para o aumento da ocupação no trimestre até novembro de 2022 veio dos empregados com carteira assinada no setor privado.

O número total de informais, que inclui trabalhadores por conta própria sem CNPJ, entre outros, diminuiu para 38,8 milhões em novembro. Estava em 39,3 milhões em agosto, o recorde da série histórica.

Assim, a taxa de informalidade, que mede o percentual sem carteira ou CNPJ em relação ao total de ocupados (99,7 milhões), recuou para 38,9%.

A taxa era de 39,7% no trimestre até agosto. O recorde foi de 41%, em agosto de 2019.

O rendimento médio real dos ocupados foi de R$ 2.787. Houve aumento de 3% em relação a agosto (R$ 2.706). Ante o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.601), a alta foi de 7,1%.

Apesar da melhora, a renda de R$ 2.787 ainda ficou 1,5% abaixo do patamar verificado até novembro de 2019, antes da pandemia. À época, o rendimento marcava R$ 2.830.

Por Correio do Povo

Continue lendo
Clique para comentar

Responder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

Publicado

em

Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

Continue lendo

Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

Publicado

em

Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

https://flo.uri.sh/visualisation/19431860/embed
Made with Flourish

Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

Continue lendo

Brasil

Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

Publicado

em

As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

Continue lendo

Destaque