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Conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de rim também fazem parte das ações do Instituto Lado a Lado pela Vida

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Por assessoria

Segundo o INCA, anualmente no Brasil são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer

Instituto Lado a Lado pela Vida, uma organização da sociedade civil que se dedica simultaneamente às duas principais causas de mortalidade – o câncer e as doenças cardiovasculares -, reconhecida por ser o criador de campanhas como a Novembro Azul  e Mulher por Inteiro, também realiza ações de alerta para a importância da prevenção, diagnóstico precoce e possibilidades de tratamento do câncer de rim. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil são diagnosticados 12 mil casos dessa neoplasia por ano.

Falar sobre câncer de rim tem sido recorrente nas ações do Novembro Azul, voltadas para a saúde do homem. Dentre os principais cuidados para prevenção desse tipo de câncer, considerada uma neoplasia relativamente incomum, mas que acomete em sua maioria homens na faixa etária de 50 a 70 anos, destacam-se as recomendações de não fumar, manter-se fisicamente ativo, ter uma alimentação saudável e ingerir água regularmente. Segundo estudo da International Kidney Cancer Coalition, a prática regular de atividade física pode reduzir em até 22% as chances de desenvolver a doença. De acordo com a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, tão importante quanto a prevenção, o diagnóstico precoce do câncer de rim é fundamental para que o paciente tenha qualidade de vida.

“O câncer de rim é uma doença silenciosa e muitas vezes assintomática em estágios iniciais. Por isso, enfatizamos a importância do diagnóstico precoce, que pode fazer toda a diferença na vida dos pacientes. No Instituto Lado a Lado pela Vida, estamos comprometidos em conscientizar a população sobre a necessidade de exames regulares e ficar alerta a quaisquer sinais ou sintomas. Além disso, investimos em programas de prevenção, promovendo hábitos saudáveis e disseminando informações valiosas sobre os cuidados com a saúde renal”, complementa Marlene.

Outra campanha que aborda os alertas para o câncer de rim é a “Mulher por Inteiro”. As ações são realizadas no mês de outubro, com o objetivo de alertar o público feminino. Mesmo com uma incidência menor em mulheres (1 em 82 casos), a campanha visa alertar a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças do trato urinário. De acordo com o Instituto Lado a Lado pela Vida, o diagnóstico do câncer de rim é realizado a partir de uma avaliação cuidadosa da região abdominal, com exames específicos recomendados pelo médico, histórico clínico, identificação dos principais fatores de risco, histórico familiar e eventuais sintomas.

Entre os fatores de risco, pessoas com diagnostico de hipertensão têm mais chances de desenvolver o câncer de rim, além daquelas com histórico familiar, obesidade, síndromes genéticas e tabagismo também podem ter uma tendência a desenvolver a neoplasia nos rins. Os principais sintomas são: sangue na urina, dores lombares concentradas em um dos lados, fadiga, perda de peso, febre, inchaço nos tornozelos e pernas, e caroços na lateral ou parte inferior das costas. Uma recomendação recorrente é a hidratação adequada, ao longo da vida, pois a ingestão de água é uma prática importante.

Anualmente, o Instituto Lado a Lado pela Vida divulga em suas redes sociais informações confiáveis e referendadas pelos especialistas membros de seu Comitê Científico e, ainda, realiza eventos como webinares; podcasts e lives com o tema do câncer de rim.

Alguns posts e mensagens sobre a doença podem ser encontradas nos links:

Atuação destacada em políticas públicas para o câncer

Desde sua fundação, em 2008, o Instituto Lado a Lado pela Vida realiza intensas ações de advocacy, com o objetivo de discutir e influenciar positivamente as políticas públicas destinadas aos pacientes oncológicos no Brasil.

Em dezembro de 2022, o País deu um importante passo nesse sentido, quando a Comissão Especial de Combate ao Câncer apresentou, na Câmara Federal em Brasília, a Nova Política Nacional de Combate ao Câncer (PNC).

Ao longo do processo de elaboração da PNC, a Comissão Especial abriu espaço para a participação da sociedade civil, para que opinasse sobre as prioridades que deveriam ser incorporadas para o Brasil enfrentar com eficiência a epidemia silenciosa que é o aumento dos casos de câncer.

Instituto Lado a Lado pela Vida realizou um trabalho minucioso, dedicando inúmeras horas para ouvir especialistas antes de encaminhar suas considerações, que culminaram em um material de cerca de 200 páginas. “Demos prioridade às questões estruturais necessárias para o combate das doenças oncológicas, que crescem diariamente e que, em 2030, serão as principais causas de morte no País. É fundamental ampliar o acesso ao diagnóstico precoce daqueles com suspeita de câncer, minimizando o impacto de tratamentos invasivos que reduzem as chances de cura, impactam a qualidade de vida e são mais onerosos para os sistemas de saúde. Ainda, indicamos a importância da garantia da equidade no tratamento de tumores, independentemente de onde o indivíduo vive nesse nosso país continental”, exemplifica Marlene ao comentar algumas das recomendações encaminhadas para a Comissão Especial de Combate ao Câncer.

O trabalho dedicado ao paciente oncológico – que inclui aquele que tem suspeita ou já foi diagnosticado com câncer de rim – continua intenso. Nos dias 1 e 2 de agosto próximo, o Instituto Lado a Lado pela Vida realizará em Brasília o evento Edição Especial do Global Forum – Fronteiras da Saúde inteiramente dedicado à Nova Política Nacional de Combate ao Câncer. As inscrições são gratuitas tanto para a participação presencial, como para quem quer assistir remotamente.

https://globalforumespecial2023.com.br/globalforumespecial2023?utm_campaign=a_edicao_especial_global_forum_2023_esta_imperdivel&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

O Instituto acredita que para enfrentar o câncer o Brasil deve incorporar mecanismos que promovam a prevenção, combatendo a obesidade, o tabagismo, o consumo de álcool e o sedentarismo, que são fatores de risco para inúmeros tipos de câncer, como o câncer de rim. Além do que já foi mencionado de investir em formas de agilizar os diagnósticos da doença.

Marlene Oliveira ainda destaca a relevância da incorporação de novas tecnologias para tratamentos de tumores. “Quem acompanham nosso trabalho sabe que fomos a primeira organização da sociedade civil a apresentar um estudo sobre esse tema no Brasil, conduzido em parceria com o INSPER. Dedicamos constante atenção ao trabalho da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), acompanhando suas recomendações e participando de consultas públicas para garantir que, tanto o SUS como os planos de saúde, ofereçam mais e melhores opções de tecnologias para diagnóstico e o tratamento do câncer”, finaliza.

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Piaçabuçu

Câmara de Piaçabuçu aprova aumento de 8% para professores da rede pública.

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A prefeitura de Piaçabuçu está autorizada a conceder reajuste de 8% no plano de cargo e carreira dos professores. O projeto de lei complementar nº 07/24, enviado pelo prefeito Djalma Beltrão que garante o reajuste, foi aprovado nesta quarta-feira, 15, em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores.

O projeto modifica a Lei Municipal n° 560/2023 e foi aprovado por unanimidade, irá agora para o gabinete do prefeito Djalma Beltrão para ser sancionado.

O aumento será aplicado conforme as tabelas do Anexo Único da nova lei.

“A valorização dos professores municipais é uma prioridade da nossa gestão. Reconhecemos o papel fundamental que eles desempenham na educação e estamos comprometidos em garantir que recebam o reconhecimento e apoio que merecem. Investir na valorização dos professores é investir no futuro de nossa cidade.” Ressaltou o Secretário de educação Gutto Beltrão.

A nova legislação entra em vigor na data de sua publicação, com efeito financeiro retroativo a partir de 1º de maio de 2024. A aprovação deste reajuste representa um avanço significativo nas políticas de valorização dos profissionais da educação em Piaçabuçu, reafirmando o compromisso da administração municipal com a melhoria contínua do ensino.

Os professores da rede pública municipal já podem se preparar para receber os benefícios deste reajuste em seus próximos contracheques, um incentivo que certamente refletirá positivamente na qualidade do ensino oferecido aos alunos de Piaçabuçu.

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Cidades

Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa nesta segunda

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Por agencia Brasil

Os bancos começam a oferecer, a partir desta segunda-feira (13), uma alternativa para renegociação de dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8 milhões anuais. Serão renegociadas dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. Essa renegociação é importante para o pequeno empreendedor e o empreendedor individual possam obter recursos para manter as suas atividades.

A ação faz parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, uma iniciativa do Ministério da Fazenda, Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Essa parcela atendida é a mesma que precisa de ajuda para renegociar as dívidas e obter recursos para manter as atividades.

Brasília - Sebrae promove a campanha: Compre do Pequeno Negócio, durante o Mercado do Produtor Rural (José Cruz/Agência Brasil)

Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve contatar a instituição financeira onde tem a dívida. A orientação é buscar os canais de atendimento oficiais disponíveis (agências, internet ou aplicativo) e, assim, ter acesso às condições especiais de renegociação dessas dívidas. As condições e prazos para renegociação serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-las.

De acordo com a Febraban, somente os bancos cadastrados no programa ofertarão condições de renegociação de dívidas. Caso contrário, a sugestão é renegociar dívida mesmo assim ou, então, fazer a portabilidade da dívida para uma instituição financeira cadastrada.

A recomendação para as empresas que forem renegociar suas dívidas é que busquem mais informações dentro dos canais oficiais dos bancos cadastrados. “Não devem ser aceitas quaisquer ofertas de renegociação que ocorram fora das plataformas dos bancos. Caso desconfie de alguma proposta ou valor, entre em contato com o banco nos seus canais oficiais”, orienta a entidade.

O alerta é ainda para que não sejam aceitas propostas de envio de valores a quem quer que seja, com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. “Somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o cidadão pode ter os valores debitados de sua conta, nas datas acordadas”, diz a Febraban.

O Desenrola Pequenos Negócios foi lançado pelo governo federal no dia 22 de abril. Na mesma data, foi publicada uma portaria do Ministério da Fazenda definindo a participação dos bancos nas renegociações. Só entrarão nas renegociações as dívidas vencidas há mais de 90 dias na data de lançamento do programa. Não haverá limites para o valor da dívida nem de tempo máximo de atraso.

A versão do Desenrola para as micro e pequenas empresas é um dos quatro eixos do Programa Acredita, que pretende ampliar o acesso ao crédito e estimular a economia.

Apesar de a renegociação teoricamente ter entrado em vigor em 23 de abril, dia da publicação da medida provisória, os negócios de menor porte ainda não podiam pedir o refinanciamento porque as regras não estavam regulamentadas. A partir da publicação da portaria, as instituições financeiras puderam fazer os últimos ajustes operacionais para começarem as renegociações.

Crédito tributário

O programa Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos tributários para que bancos e instituições financeiras renegociem dívidas de pequenas empresas. As instituições que aderiram ao programa têm direito a um crédito presumido de impostos. Não haverá custo para o governo neste ano porque a apuração do crédito presumido poderá ser realizada entre 2025 e 2029. Por meio do crédito presumido, as instituições financeiras têm direito a abater de tributos futuros prejuízos em algum trimestre. A portaria também regulamentou o cálculo desses créditos.

Segundo o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias. As diferenças temporárias são despesas ou perdas contábeis que ainda não podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que podem ser aproveitadas como crédito tributário no futuro, o que é permitido pela legislação tributária.

A concessão de créditos tributários alavanca o capital dos bancos para a concessão de novos empréstimos. Esse incentivo não gera nenhum gasto para 2024, e nos próximos anos o custo máximo estimado em renúncia fiscal é muito baixo, da ordem de R$ 18 milhões em 2025, apenas R$ 3 milhões em 2026, e sem nenhum custo para o governo em 2027.

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Notícias

TIRA-DÚVIDAS: “É possível eliminar”, afirma coordenador do programa Brasil Saudável – Unir para cuidar, do Governo Federal, que coordena ações de 14 ministérios para eliminar 11 doenças e 5 infecções

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Doença de Chagas, tuberculose, esquistossomose, filariose linfática, geo-helmintíase, malária, tracoma, oncocercose, hiv, /aids, hepatite B, sífilis e HTLV.

Essas doenças e infecções são responsáveis por milhares de mortes ao ano no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, só a tuberculose foi a causa da morte de mais de cinco mil pessoas em 2022. O que elas têm em comum? O fato de serem doenças determinadas socialmente. Ou seja, enfermidades relacionadas à condição de pobreza e à falta de saneamento, que atingem populações em situação de vulnerabilidade social e econômica. Mas a boa notícia é que no SUS é possível encontrar diagnóstico e tratamento de forma gratuita. 

Neste contexto, o Governo Federal criou, em fevereiro deste ano, o programa Brasil Saudável. Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Programa reúne esforços deste e de outros 13 ministérios para reduzir a transmissão e a mortalidade dessas doenças e infecções.

Por meio do Programa, as pastas estão atuando em frentes, com foco no enfrentamento à fome e à pobreza, na ampliação dos direitos humanos e proteção social para populações e territórios prioritários. Há ainda a previsão da qualificação de trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil, de incentivos à inovação científica e tecnológica para diagnóstico e tratamento, e da ampliação das ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental. 

O coordenador-executivo do Programa Brasil Saudável e diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, conversou com o Brasil 61 e falou sobre a ação — na perspectiva da saúde pública — e sobre o panorama dessas doenças no país.

Brasil 61: O que é o Brasil Saudável?

Draurio Barreira: “É o Brasil retomando seus compromissos internacionais e se comprometendo a eliminar uma série de doenças até 2030, enquanto problema de saúde pública. Até essa data, acabar com as epidemias de aids, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite e doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis”.

Brasil 61: O que são as doenças socialmente determinadas?

Draurio Barreira: “São as que têm cura, formas de eliminar, mas por questões sociais continuam existindo. De todas as doenças do Brasil Saudável, sete delas não existem no Hemisfério Norte, já foram eliminadas. Só existem em países pobres ou em desenvolvimento. Isso é vergonhoso para um país [Brasil] que é a nona economia do mundo ainda conviver com doenças que não são do século passado — são de três milênios antes de Cristo. A gente poderia traduzir, de forma bem simples, como doenças causadas pela pobreza”.
 

Brasil 61:  Quais são elas?

Draurio Barreira: “Escolhemos 11, pois são as prevalentes no Brasil. A doença de Chagas, esquistossomose, filariose linfática, geo-helmintíase, malária, oncocercose e tracoma — essas sete são doenças que vamos eliminar — e não ter mais no Brasil, com transmissão igual a zero. E outras quatro, que não vamos eliminar até 2030 de forma a ter transmissão igual a zero, mas vamos atingir as metas da OMS, que são: tuberculose, aids, hepatites virais e hanseníase”.

Brasil 61: A eliminação da chamada transmissão vertical de algumas infecções- da mãe para o bebê – também está prevista no programa?

Draurio Barreira: “Temos cinco infecções que são transmitidas de mãe para filho durante a gestação ou durante a amamentação. Que são a doença de Chagas, o HIV, o HTLV — outro vírus parente do HIV —, a hepatite B e a sífilis congênita”.

Brasil 61: As doenças incluídas no Programa têm cura?

Draurio Barreira: “Todos os anos, morrem milhares de pessoas acometidas por essas doenças. Doenças que têm tratamento. A maioria tem cura. Podemos curar todas as doenças do Brasil Saudável e, de fato, eliminá-las enquanto problema de saúde pública. A única doença [causada pela infecção do vírus HIV] que ainda não tem cura, mas tem tratamento é a aids. Então, não há justificativa para que as pessoas morram dessas doenças. E esse é o objetivo do programa”.

Brasil 61: Que regiões do Brasil essas doenças estão mais presentes?

Draurio Barreira: “Estamos falando de 11 doenças. Então, algumas delas são disseminadas em todo o país. Tem aids, tuberculose, hanseníase e hepatite no país inteiro. Tem lugares que concentram mais [cargas das doenças], principalmente nos grandes centros urbanos. Mas tem algumas doenças limitadas geograficamente. Malária, por exemplo, só tem na região Amazônica. Então, se você pegar o mapa dos 175 municípios alvos do Programa Brasil Saudável, temos todas as capitais, porque têm muita gente e concentração de doenças, pobreza e desigualdade social”.

Brasil 61: De que forma essas doenças reduzem a expectativa de vida das pessoas infectadas?

Draurio Barreira: “Hoje, se olharmos para essas 11 [doenças], a tuberculose tornou-se a doença que mais mata no mundo; por ano, 1,5 milhão de pessoas morrem de tuberculose. No Brasil, ano passado, oito mil pessoas morreram por causa da tuberculose. E a gente está falando de pessoas que morrem jovens, tanto para HIV, /aids, quanto para tuberculose. A maioria morre na fase mais produtiva de sua vida — ou seja, adultos jovens, de 20 a 49 anos”.

Brasil 61: Qual a importância de eliminar essas doenças — ou reduzir a índices muito baixos?

Draurio Barreira: “É perfeitamente atingível a meta de eliminar — pelo menos — sete dessas doenças. E as outras quatro: aids, tuberculose, hepatites e hanseníase, atingir metas que passam a caracterizar a existência de uma doença que já não é mais um problema de saúde pública. Tem doenças raras — que não vamos eliminar — mas não serão mais problemas de saúde pública. Queremos tornar a aids, tuberculose, hepatites e hanseníase também como doenças raras. E é possível atingir essas metas e é possível eliminar todas essas doenças que já não existem nos países ricos”.

Brasil 61: Como costuma ser a transmissão dessas doenças?

Draurio Barreira: “Infelizmente, nessas 11 doenças, temos todas as formas possíveis de transmissão. Por isso, precisamos de um esforço tão grande com tantas áreas de diferentes setores. Pois sem saneamento básico, sem o fim de certos vetores, como o barbeiro — que traz a doença de Chagas —, sem a eliminação da transmissão respiratória — como a tuberculose —, ou sexual, como aids e as hepatites, a gente não consegue eliminar. O problema é multifacetado, exige uma resposta muito diferenciada e, por isso, a importância de juntar os 14 ministérios”.

Brasil 61: Além dos 14 ministérios e parceiros, quem são os atores fundamentais para o bom andamento do programa?

Draurio Barreira: “Não conseguiremos eliminar doenças sem a participação da sociedade civil, especialmente das pessoas afetadas, que são as mais comprometidas com o fim dessas doenças. Uma pessoa que vive com HIV pode te ajudar muito na adequação da sua resposta àquele problema — ninguém conhece mais o problema do que a pessoa acometida por ele. Então, não podemos pensar em eliminar uma doença sem contar com a participação das pessoas que sofrem direta ou indiretamente. As pessoas afetadas — não apenas as pessoas doentes — mas afetadas por essas doenças e os movimentos sociais de lutas contra essas doenças”.

Para atingir a meta, o governo conta com o apoio das organizações governamentais, mas também com o engajamento de toda a sociedade civil. Para isso, foram mapeadas 175 cidades onde pelo menos duas dessas doenças prevalecem e uma busca ativa envolvendo diversos órgãos municipais e estaduais está sendo feita para que as metas sejam atingidas. Para saber mais sobre o programa Brasil Saudável, acesse: www.gov.br/saude.
 

Fonte: Brasil 61

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