Evento contou com apresentação musical, conferência e mesa redonda
Maceió (AL) – Em alusão ao Novembro Negro (Dia Nacional da Consciência Negra) e com o objetivo de dar visibilidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido no hospital na intenção de combater o racismo institucional, o “Seminário de Enfrentamento ao Racismo Institucional: Potencializando Ações Antirracistas” foi realizado no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL), no último dia 23.
O evento, promovido pelo Movimento Antirracista do HUPAA (Negrhu) em parceira com o Conselho Regional de Serviço Social de Alagoas (CRESS-AL), foi teve lugar no auditório geral do hospital e contou com apresentação musical do grupo Som a Dois, conferência sobre enfrentamento ao racismo institucional e mesa-redonda que debateu ações que têm como potencialidades o enfrentamento ao racismo.
A iniciativa contou com a participação de profissionais do hospital, residentes, docentes, discentes e representantes de movimentos sociais que têm interesse na temática.
Estiveram presentes na mesa de abertura o superintendente do Hospital, professor Célio Rodrigues; representando a Gerência de Ensino e Pesquisa, Janatar Stella Vasconcelos de Melo; representando o Negrhu, Maria Helena Araújo; representando o CRESS-AL, Regina da Silva; a representante da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde (COREMU), Andreia Pacheco e a Professora Associada do Curso de Letras-Libras e do Mestrado Profissional em Letras da UFAL e Coordenadora Geral do Consórcio Nacional de Núcleo de Estudo Afro-brasileiro e Indígenas e grupos correlatos (CONNEABS), Lígia dos Santos Ferreira.
O Superintendente, professor Célio Rodrigues, entende como inadmissível os diversos tipos de preconceitos. “Nosso país tem uma dívida histórica e, apesar de hoje termos uma política de cotas, ainda é pouco. Precisamos combater o preconceito no dia a dia e discutir esse tipo de assunto. Combater o racismo é nossa missão enquanto profissionais da saúde, enquanto SUS e enquanto universidade plural. Esperamos que essa discussão saia dessas paredes e que o movimento Negrhu só cresça”, afirma.
A integrante do Negrhu, a assistente social do HUPAA, Maria Helena Araújo, destaca que o objetivo do evento é dar continuidade ao processo formativo de enfrentamento ao racismo institucional, ao tempo em que explicita o compromisso institucional assumido pelo HUPAA frente à temática antirracista, ao publicar a Portaria SEI nº 06, de 31 maio de 2023. “A grande importância desse momento é a instituição reconhecer e assumir o compromisso de que o racismo é institucional. Para tanto, o processo formativo antirracista já desenvolvido há mais de dois anos no Hospital Universitário, passa a contar com a instituição de uma comissão responsável em dar prosseguimento a esse processo”, enfatiza.
Sobre o Negrhu
O Negrhu surgiu como um movimento antirracista do HUPAA, porém, através da Portaria – SEI nº 06, de 31 de maio de 2023, ele se tornou comissão. O Negrhu se insere no movimento étnico-racial, imbuído no combate ao racismo no Hupaa, através de diversas atividades, envolvendo a participação dos segmentos de residentes, preceptoras/es e tutores/as em parceria com o Consórcio de Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas e grupos correlatos (CONNEABS) da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas (NEABI/UFAL).
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA/UFAL) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Paulina Oliveira com revisão de Danielle Campos