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Alagoas é o único estado do Brasil a superar metas de matrícula do ensino médio integral

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Ao todo, 51 escolas da modalidade na rede estadual somam quase 15 mil estudantes

Ensino integral tem projetos difenciadosValdir Rocha

Por agencia Alagoas

 Alagoas foi o único estado do país a superar as metas de matrícula para o ensino médio integral estipuladas pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo dados do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) e do Censo Escolar 2020, as 51 escolas da rede estadual alagoana que ofertam o médio integral somaram 14.892 matrículas em 2020, o que representa o cumprimento de mais de 100% da meta estabelecida pelo MEC, que era de 11.400 alunos. 

O resultado alcançado por Alagoas supera inclusive a média nacional: em todo o Brasil, foram 312.535 matrículas na modalidade, o que significa o cumprimento de 64,49% da meta estabelecida pelo MEC para o país, que era de 484.606 estudantes inseridos na modalidade.

Em 2019, o estado teve 7.705 alunos no médio integral, o que equivale ao cumprimento de 70,56% do quantitativo estipulado pelo ministério.

Inserção – No final de janeiro, dados da primeira etapa do Censo Escolar 2020 também mostravam que Alagoas estava entre os cinco estados com a maior proporção de alunos da rede pública matriculados no ensino integral. Segundo o levantamento – que condensa os principais informes relativos às matrículas na Educação Básica no Brasil no ano de 2020 – na rede pública, o estado contava com o percentual de 25,3% dos estudantes do ensino médio inseridos no ensino integral, enquanto, no ensino fundamental, foram 13,1% matriculados nesta modalidade.

Esse resultado coloca Alagoas entre os estados do Brasil com o maior percentual de estudantes da rede pública matriculados no ensino integral: no que concerne ao ensino médio, é o quarto, ficando atrás apenas de Pernambuco (54,6%), Paraíba (45,9%) e Ceará (30,8%), enquanto, no ensino fundamental, é o quinto, sendo precedido pelo Ceará (28,5%), Piauí (16,3%), Tocantins (15,9%) e Maranhão (13,3%).

Comprometimento e planejamento – O supervisor de Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Daniel Macedo, comemora o resultado alcançado pela rede estadual alagoana. De acordo com ele, cumprir as metas de matrículas pactuadas nacionalmente é uma tarefa desafiadora, principalmente no ensino médio, onde ainda existe algum nível de resistência ao formato integral por parte das famílias, visto que muitas consideram que o jovem nesta faixa etária já pode colaborar com o orçamento do lar.

“Essa conquista se deve a uma equipe comprometida e a uma série de ações desenvolvidas pela rede estadual no sentido de ampliar matrículas e fortalecer a permanência do estudante na escola. Dentre elas, estão o Projeto SMS, com envio semanal de mensagens para os celulares dos estudantes e seus pais; Projeto Call Center, onde são feitas ligações telefônicas para os estudantes com registro de infrequência; divulgação do modelo integral em chamadas de rádio, material impresso, criação de site específico e a implantação do outdoor social, os quais são placas afixadas em muros de casas próximas às escolas de ensino integral”, enumera Macedo, lembrando que a Seduc também conta com a parceria do Instituto Sonho Grande nessas ações.

Daniel lembra ainda que o ensino integral possui mecanismos que foram favoráveis no enfrentamento aos obstáculos impostos pela pandemia.

 “Os DOTS, docentes orientadores de turma, desempenharam um papel muito importante no sentido de minimizar as situações de estresse vivenciadas por causa da pandemia, pois não só acompanham a aprendizagem, mas também aspectos afetivos e emocionais do estudante, sua convivência na sociedade e seio familiar, buscando sempre o seu bem estar. Além disso, as ofertas eletivas, os projetos integradores, estudos orientadores são alguns dos diferenciais do Palei”, explica o supervisor.

Equipe, escola e comunidade – Gestores de escolas de ensino integral também celebram o resultado obtido pelo estado.

Com 560 alunos matriculados em 2020 só no ensino integral, a Escola Estadual Geraldo Melo, no conjunto Graciliano Ramos, em Maceió, oferta a modalidade desde 2016. Para a diretora Irineide Araújo, a procura diária por vagas é resultado da conquista da comunidade – atualmente, a unidade atrai alunos não só do Graciliano Ramos, mas também dos conjuntos Village Campestre, Acauã, Denisson Menezes, Gama Lins, dentre outras localidades.

“Costumamos dizer que somos mais do que uma escola, somos uma família. E por sermos uma família, entendemos que não podemos perder nenhum membro, tanto que, durante a pandemia, nossa busca ativa foi intensa e alcançamos 98% dos alunos. Esse ano estamos com 698 alunos no integral, que, quando somados às turmas de Educação de Jovens e Adultos, totalizam 1.123 matrículas. Isso mostra a nossa credibilidade junto à comunidade, tanto que 64% de nossos alunos deixaram a escola particular e se juntaram a nós”, relata a gestora.

Também na capital, mas no complexo Benedito Bentes, a Escola Estadual Eunice de Lemos Campos teve 558 estudantes matriculados no ensino integral em 2020 e, esse ano, o quantitativo já é de 620 alunos. Algo que se explica pelos fortes laços entre escola e comunidade, conforme explica a diretora Maria Gomes.

“Temos uma equipe unida e articulada, com um plano de ação bem detalhado e cujas metas foram atendidas em 100%. Promovemos acompanhamentos junto aos alunos e seus pais, os DOTS foram incansáveis na busca ativa. Os pais nos dizem que ficaram admirados com a atenção que seus filhos receberam da escola neste período de pandemia”, afirma Maria.

Crescimento- Desde que implantou o ensino integral em 2017, a Escola Estadual Senador Rui Palmeira, mais conhecida como Premen, em Arapiraca, viu seus índices educacionais melhorarem. Nas edições 2018 e 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), teve o melhor desempenho dentre as unidades de ensino da 5ª Gerência Regional de Educação (Gere)- que abrange Arapiraca e municípios vizinhos. No Enem 2019, foi ainda a escola estadual com a terceira melhor média no exame e ficou entre as dez melhores instituições públicas e privadas de Arapiraca com o melhor desempenho no exame.

No Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) não foi diferente, com sua nota passando de 3,8 em 2017 para 4,8 em 2019, um resultado superior ao que foi estipulado pelo MEC, que era de 4,2. A unidade é, por sinal, uma das 30 escolas estaduais de Alagoas que alcançaram uma posição superior à média nacional do ensino médio no IDEB, que foi de 4,2.“Nossa escola conquistou uma credibilidade muito alta na comunidade e o nosso aluno se sente valorizado ao dizer que estuda aqui. O desempenho no Enem e no IDEB, a divulgação do Palei nas rádios, redes sociais e por meio de outdoors fizeram com que a procura por vagas fosse grande. Também temos uma equipe muito dedicada e uma busca ativa incessante. Nossos professores também estão sempre buscando novas metodologias de ensino e formas de valorizar nossos estudantes. Por exemplo, toda semana, escolhemos um aluno destaque e postamos em nossas redes sociais e eles gostam muito, sentindo-se estimulados a se dedicarem mais aos estudos para serem o próximo destaque”, pontua o diretor Afonso de Alcântara. Em 2020, a escola teve 489 alunos matriculados.

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Alagoas

Eleições municipais em Alagoas vão contar com mais de 8 mil agentes de segurança

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Expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública é repetir o sucesso da estratégia executada com êxito no pleito de 2022

Por Agência Alagoas

Mais de 8 mil agentes, entre policiais civis e militares, vão atuar durante as eleições municipais no interior e na capital. O Plano de Segurança já foi apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e tudo está pronto para, mais uma vez, assegurar a tranquilidade durante o pleito, no próximo dia 6 de outubro.

Será empregado um efetivo de 8.005 agentes de segurança, sendo 6.660 da Polícia Militar (PM), 1.000 da Policia Civil (PC), 275 do Corpo de Bombeiros (CB) e 70 da Polícia Científica. Só a PM utilizará 552 viaturas, entre carros e motos, nas atividades relacionadas ao pleito eleitoral.

A expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) é repetir o sucesso do plano executado com êxito nas eleições de 2022, quando a votação ocorreu de forma tranquila e sem intercorrências.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Saraiva, afirmou que a SSP tem demonstrado capacidade em garantir a tranquilidade nos grandes eventos e, nestas eleições, não será diferente.

“Iremos demonstrar novamente nossa eficiência nesse grande evento da democracia, assim como fizemos no último pleito. O Governo que mais investe em Segurança Pública vai empregar mais de 8 mil agentes. Eles irão atuar em conformidade com os planos já definidos pelas corporações e aprovados pelo TRE. Mais uma vez iremos assegurar que este momento importante para a democracia brasileira ocorra de maneira tranquila em todo o estado”, assegurou Saraiva.

O Plano de Segurança para as eleições municipais de 2024 foi apresentado ao TRE durante reunião ocorrida no dia 3 de setembro, na sede do Tribunal, localizada no bairro do Farol, em Maceió.

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Alagoas

Dia do Cerrado: bioma é o segundo mais ameaçado no país

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Estudo mostra que área perdeu 27% de vegetação nativa em 39 anos

Por agencia Brasil

O segundo maior bioma brasileiro também ocupa essa posição (segundo) quando o assunto é ameaça à biodiversidade e aos serviços ecossistemáticos. De acordo com estudo realizado pela Mapbiomas, o Cerrado perdeu 27% de sua vegetação nativa nos últimos 39 anos, o que representa 38 milhões de hectares.

Em toda a cobertura natural do país que sofreu transformação no uso do solo, o bioma, proporcionalmente, só foi menos afetado que o Pampa, que perdeu 28% de vegetação nativa ao longo desses anos.

Também conhecido como savana brasileira, o Cerrado ocupa 25% do território nacional, em 11 estados que se estendem do Nordeste à maior parte do Centro-Oeste, e mantém áreas de transição com praticamente todos os biomas, exceto os Pampas. Pelas características adquiridas no contato com mais quatro ecossistemas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga), é considerada a savana mais biodiversa do planeta.

Ao longo desse período, o bioma teve 88 milhões de hectares atingidos pelo fogo, o que causou a perda de 9,5 milhões de hectares. Embora seja mais resiliente aos incêndios, pesquisadores apontam que as mudanças climáticas associadas ao uso indiscriminado do fogo têm ameaçado a integridade de sua cobertura natural. “É essencial implementar políticas públicas que promovam a conscientização, reforcem sistemas de monitoramento e apliquem leis rigorosamente contra queimadas ilegais”, reforça a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Vera Arruda.

Cavalcante (GO) 12/09/2023 - Vista do cerrado na Comunidade quilombola Kalunga do Engenho II. O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional e perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de km2
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional – Joédson Alves/Agência Brasil

Junto com a cobertura natural do solo, a perda do Cerrado significa perder também a sua enorme capacidade de reter gás carbônico na biomassa de suas longas raízes, de recarregar a água subterrânea e de manter o ciclo hídrico que equilibra o planeta. “Temos observado que as áreas úmidas no Cerrado estão secando. Além disso, a expansão da agricultura sobre essas áreas vêm ocorrendo em algumas regiões no bioma, o que pode afetar o abastecimento hídrico e resultar em escassez de água para a população e para a agricultura, aumentando também a vulnerabilidade a desastres climáticos e à perda de biodiversidade”, alerta Joaquim Raposo, pesquisador do Ipam.

Para se ter uma ideia, de toda a área perdida ao longo dos 39 anos estudados, 500 mil hectares foram de áreas úmidas substituídas principalmente por pastagem. São áreas naturais consideradas fundamentais na manutenção dos recursos hídricos, presentes em 6 milhões de hectares do bioma onde nascem oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras.

Neste 11 de setembro, em que é celebrado o Dia do Cerrado, organizações da sociedade civil como os institutos Cerrados, Sociedade População e Natureza, Ipam e WWF Brasil lançaram uma campanha de sensibilização sobre a relevância do bioma e os desafios a serem enfrentados para a sua preservação.

Chamada Cerrado, Coração das Águas, a campanha foi lançada em um site que reúne informações relevantes sobre o bioma, suas características, biodiversidade, povos, turismo e caminhos para a preservação, além de reunir boas histórias dessa “floresta invertida”.

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Alagoas

Taxa de desemprego em Alagoas atingiu o menor nível em 12 anos, diz IBGE

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Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, número de desocupados recuou de 135 mil para 113 mil, uma queda de 16,2%

A taxa de desocupação de Alagoas no segundo trimestre deste ano atingiu o menor nível desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2024, a taxa de desemprego no estado recuou de 9,9% para 8,1% – uma retração de 1,8 ponto percentual. 

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, o número de desempregados recuou de 135 mil para 113 mil, uma queda de 16,2%.Atualmente, Alagoas conta com 1,27 milhão de pessoas no mercado de trabalho, sendo 585 mil delas no setor privado.

A melhora na taxa de desocupação é resultado direto dos investimentos feitos pelo Governo do Estado em diversas áreas, entre eles segurança pública, infraestrutura e turismo, que possibilitou a chegada de grandes empreendimentos e, consequentemente, a geração de mais empregos.

Em 2012, quando o IBGE iniciou a série histórica, a taxa de desocupação no estado era de 11,3% – três pontos percentuais a mais do que o índice atual. Segundo a Pnad Contínua, o desemprego em Alagoas atingiu o maior nível no quarto trimestre de 2020 – durante a pandemia de Covid-19 -, chegando a 20,4%. Naquele ano, o número de pessoas desocupadas chegou a 260 mil, mais do que o dobro dos atuais 113 mil trabalhadores fora do mercado de trabalho.

No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego de Alagoas foi a segunda menor do Nordeste, atrás apenas do Piauí, que atingiu 7,6%. Na região, Pernambuco apresentou a maior taxa, com 11,5%, seguido da Bahia (11,1%). Os dois estados encabeçam o ranking nacional com os maiores índices no período.

Crescimento do PIB

Recentemente, um estudo divulgado pelo banco Santander revelou que o Produto Interno Bruto de Alagoas (PIB) deve registrar um crescimento de 3,4% neste ano. O índice é o terceiro maior do país, atrás apenas de Roraima, cuja estimativa de crescimento é de 4,3%, e Tocantins (3,8%).

De acordo com o levantamento, a projeção do PIB alagoano para 2024 é 1,4 ponto percentual maior do que a estimativa para o crescimento da economia brasileira, que deve chegar a 2%, e 1,1 ponto percentual maior do que a previsão para o Nordeste (2,3%).

O estudo do Santander ressalta que a estimativa do PIB alagoano para este ano é puxada pelo setor de serviços, que deve registrar crescimento de 2,5%. “Os serviços indicam tendência consistente de expansão em Alagoas, apresentando nas previsões de 2022 a 2025 sempre uma trajetória de crescimento”, afirma Gabriel Couto, economista responsável pelo levantamento, ao lado dos economistas Henrique Danyi e Rodolfo Pavan.

Taxa de desocupação de Alagoas (série histórica)

2012

1º Trimestre — 11,3%

2º trimestre — 11,7%

3º trimestre — 11,6%

4º trimestre — 11,1%

2013

1º Trimestre — 12,3%

2º trimestre — 10,8%

3º trimestre — 10,5%

4º trimestre — 9,4%

2014

1º Trimestre — 9,8%

2º trimestre — 9,8%

3º trimestre — 9,8%

4º trimestre — 9,5%

2015

1º Trimestre — 11,2%

2º trimestre — 11,9%

3º trimestre — 10,9%

4º trimestre — 11,5%

2016

1º Trimestre — 12,9%

2º trimestre — 14,1%

3º trimestre — 14,9%

4º trimestre — 14,9%

2017

1º Trimestre — 17,7%

2º trimestre — 18%

3º trimestre — 16%

4º trimestre — 15,8%

2018

1º Trimestre — 18%

2º trimestre — 17,7%

3º trimestre — 17,3%

4º trimestre — 16,2%

2019

1º Trimestre — 16,2%

2º trimestre — 14,9%

3º trimestre — 15,6%

4º trimestre — 13,8%

2020

1º Trimestre — 16,7%

2º trimestre — 18,2%

3º trimestre — 20,3%

4º trimestre — 20,4%

2021

1º Trimestre — 20,2%

2º trimestre — 19,2%

3º trimestre — 17,1%

4º trimestre — 14,5%

2022

1º Trimestre — 14,2%

2º trimestre — 11,1%

3º trimestre — 10,1%

4º trimestre — 9,3%

2023

1º Trimestre — 10,6%

2º trimestre — 9,7%

3º trimestre — 9%

4º trimestre — 8,9%

2024

1º Trimestre — 9,9%

2º trimestre — 8,1%

Fonte: IBGE — Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua  

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