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Alagoas

Aluna da Ufal relata em TCC avanços no enfrentamento à violência contra a mulher

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Os números da violência contra a mulher em Alagoas são alarmantes. Em 2019, foram mais de 500 agressões por hora durante todo o ano. Já em 2020, até o mês de maio, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SPP/AL) registrou 10 assassinatos de mulheres. Se comparado ao mesmo período, em 2019 [com 24 mortes], o Estado registrou uma queda de mais de 50%. Até outubro de 2020, a SSP/AL registrou 30 feminicídios; no mesmo mês, mas em 2019, o estado já apresentava o número de 38 vítimas.

Esse pequeno avanço no enfrentamento à violência contra a mulher foi relatado na reportagem multimídia “Luta que se fortalece: Alagoas avança na busca pelo enfrentamento à violência doméstica contra a mulher”, tema do Trabalho de Conclusão de Curso da estudante de Jornalismo, Joyce Marina. A reportagem traz dados valiosos sobre organizações alagoanas que estão combatendo esse tipo de violência no Estado, como é o caso da Associação de Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência (AME), que realiza mais de 30 atendimentos por semana e, em seus três anos de existência, já recebeu mais de 400 mulheres de todas as classes sociais.

Segundo Joyce, a ideia para a reportagem surgiu enquanto estava no estágio. “Acessei um site que tratava sobre violência contra a mulher e, como era um tema que eu já havia trabalhado enquanto estudante de Jornalismo, decidi que o escolheria para tratar no trabalho de conclusão de curso. Minha mãe, quando era jovem, sofreu violência doméstica por parte do esposo, que faleceu há mais de 26 anos. Ela sempre me falou que orava muito para que suas filhas nunca passassem por esse tipo de situação. Quando perguntei se em algum momento procurou ajuda do poder público, ela disse que naquela época era muito difícil que o crime fosse tratado, de fato, como crime. Foram anos sendo silenciada e agredida enquanto cuidava de seus três filhos em casa”, relatou.

Além da mãe de Joyce, outras mulheres próximas sofreram algum tipo de violência e isso acendeu na estudante a necessidade de discutir a problemática que é a violência doméstica entre as alagoanas. “A partir da ideia de tratar do assunto, passei a fazer pesquisas sobre o combate a este tipo de violência em Alagoas, foi então que encontrei o trabalho desenvolvido pela Patrulha Maria da Penha, pela Associação AME e a campanha Agosto Lilás do Ministério Público de Alagoas. Entrevistei representantes destas instituições, além de duas vítimas de violência doméstica e especialistas sobre o assunto”, contou.

Segundo ela, a produção da reportagem foi feita com muita dedicação e é uma das grandes experiências que teve enquanto estudante. “Contei com a orientação da professora e doutora Laís Falcão, que me auxiliou muito durante todo o processo”, disse.

Como afirma Joyce Marina, a reportagem é uma forma de ajudar tanto no debate, como para esclarecer dúvidas sobre o assunto. “Com o meu trabalho, desejo contribuir com toda a comunidade acadêmica sobre o assunto, principalmente, neste difícil momento em que vive o mundo. Também espero que através do meu trabalho muitas mulheres, que sofrem violência doméstica, saibam que não estão sozinhas e que, em Alagoas, outras mulheres lutam para oferecer o apoio necessário para livrá-las do ciclo de violência”, afirmou.

Por Assessoria

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Alagoas

Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais 

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Placar da votação é de 6 votos a 1 até o momento

Por Agência Brasil

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira (11) a favor da responsabilização das plataformas que operam as redes sociais pelas postagens ilegais feitas por seus usuários.

Até o momento, o placar da votação é de 6 votos a 1 para que as plataformas sejam responsabilizadas civilmente na Justiça pelos conteúdos ilícitos, como postagens antidemocráticas e contra o sistema eleitoral, discursos de ódio (racismo e homofobia), incitação de crimes contra autoridades e transmissão de lives que induzem ao suicídio e à automutilação de crianças e adolescentes. 

Após a formação da maioria, o julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira (12), quando os demais ministros votarão a tese jurídica que vai definir as regras para aplicação da decisão.

A Corte julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

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De acordo com o dispositivo, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo. 

Votos

Na sessão de hoje, o ministro Gilmar Mendes considerou que o Artigo 19 é “ultrapassado” e que a regulamentação das redes sociais não representa uma ameaça à liberdade de expressão.

Para o ministro, o “modelo de irresponsabilidade das plataformas” não pode ser mantido.

“A retórica corporativa tem instrumentalizado a liberdade de expressão para preservar modelos de negócio, mantendo o status quo, no qual decisões com impactos profundos sobre a democracia são tomadas de forma opaca e sem prestação de contas”, afirmou. 

Cristiano Zanin votou pela inconstitucionalidade do artigo e afirmou que o dispositivo não é adequado para proteger os direitos fundamentais e impõe aos usuários o ônus de acionar o Judiciário em caso de postagens ofensivas e ilegais.

“Essa liberdade de expressão pode estar sendo mal utilizada para atacar o Estado de Direito, a incolumidade física das pessoas, inclusive crianças e adolescentes”, afirmou Zanin.

Nas sessões anteriores, os  ministros Luiz Fux e Dias Toffoli votaram para permitir a exclusão de postagens ilegais por meio de notificações extrajudiciais, ou seja, pelos próprios atingidos, sem decisão judicial prévia.

Luís Roberto Barroso diz que a ordem judicial é necessária para a remoção somente de postagens de crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria”). Nos demais casos, a notificação extrajudicial é suficiente para a remoção de conteúdo, mas cabe às redes o dever de cuidado para avaliar se as mensagens estão em desacordo com as políticas de publicação.

O único voto divergente foi proferido pelo ministro André Mendonça, que votou pela manutenção das atuais regras que impedem a responsabilização direta das redes.

Casos julgados

O STF julga dois casos concretos que envolvem o Marco Civil da Internet e que chegaram à Corte por meio de recursos.

Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.

No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google. 

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Alagoas

Penedense recebe o Juazeirense no domingo (15), pela Série D, no Estádio Alfredo Leahy

Estádio Alfredo Leahy, em Penedo – Foto: divulgação

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Por redação | Fonte aqui acontece

O Sport Club Penedense volta a campo neste domingo, 15 de junho, em mais um importante compromisso pela Série D do Campeonato Brasileiro. O adversário da vez é o Juazeirense, em partida válida pela 9ª rodada da competição nacional.

O confronto será realizado às 16h, no Estádio Alfredo Leahy, em Penedo. Após o empate na rodada anterior, o alvirrubro ribeirinho busca retomar o caminho das vitórias e conta com o apoio da torcida para transformar o estádio em um verdadeiro caldeirão.

Os ingressos antecipados estão disponíveis por R$ 20 e podem ser adquiridos na sede do clube ou na loja Center Cell. A diretoria reforça o convite aos torcedores: “Vamos juntos empurrar o Penedense rumo a mais uma vitória!”

A expectativa é de casa cheia e clima de decisão nas arquibancadas. Vista sua camisa, leve sua bandeira e apoie o representante penedense em mais um capítulo da sua caminhada na Série D.

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Alagoas

Alagoas é o nono estado com maior número de inscritos na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas

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Rede Estadual responde por 83% das inscrições; provas da primeira fase serão em 12 de agosto

Por Agencia Alagoas

Alagoas foi o nono estado brasileiro com o maior número de inscritos na edição 2025 da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP). Segundo dados da coordenação estadual da olimpíada, 14.995 estudantes alagoanos participarão da competição este ano – em todo o Brasil, são 336.409 inscritos.

A Rede Estadual de Ensino responde pela maior parte das inscrições alagoanas com 12.427 estudantes e 66 escolas participantes, o que equivale 83% do total de inscrições. Os 17% restantes são unidades do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e escolas municipais.

A Rede Estadual também é maioria entre as instituições com mais estudantes inscritos na competição: a Escola Estadual Claudizete Lima Eleutério, de Rio Largo, lidera com 1196 estudantes inscritos, seguida pela Escola Estadual Professor Theotônio Vilela Brandão, de Maceió, com 930 inscritos. Em terceiro lugar, aparecem empatadas as escolas estaduais Professor José Quintella Cavalcanti, de Arapiraca, e Manoel Simplício, de Maceió, junto ao IFAL Satuba, cada uma com 600 alunos inscritos.

Organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), a OBFEP visa despertar o interesse pela física entre os estudantes da Educação Básica, identificando talentos na área e promovendo a inclusão por meio do conhecimento. Participarão das provas alunos do 9º ano do ensino fundamental, da 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a partir do 2º segmento do ensino fundamental (8º e 9º ano) e ensino médio.

Em Alagoas, a OBFEP é coordenada pelo Instituto de Física da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc); Secretarias Municipais de Educação (Semeds) e Instituto Federal de Alagoas (Ifal).

As provas da primeira fase da OBFEP estão marcadas para o dia 12 de agosto, enquanto as da segunda fase estão agendadas para o dia 22 de novembro.

Alagoas

A Rede Estadual teve 42 medalhistas na edição 2024 da OBFEP. Ao todo, Alagoas teve 71 medalhistas – 15 ouros, 25 pratas e 31 bronzes – e, dentre estes, 42 foram da Rede Estadual de Ensino (12 ouros, 11 pratas, 19 bronzes), o que representa 59% do total de premiados. A premiação aconteceu no dia 13 de maio, no auditório da Reitoria da Ufal.

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