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Esportes

Carioca será única mulher do país no tiro com arco em Tóquio 2020

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Desde o final de março, está confirmado: a arqueira Ane Marcelle dos Santos estará nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela conquistou a vaga no tiro com arco ao vencer o Pan-Americano da modalidade, em Monterrey (México). A atleta carioca estreou na Olimpíada Rio 2016, quando o Brasil foi país-sede, mas agora a vaga olímpica tem um peso maior.

“Com certeza. Porque nessa eu tive que conquistar, tive que ir lá, passar os combates e conquistar a vaga. então, essa vaga foi muito mais importante”, disse a atleta, que na última edição dos Jogos alcançou as oitavas de final, melhor resultado de uma arqueira do Brasil em uma olimpíada.

Com a bagagem adquirida na Rio 2016, a atleta carioca, de 27 anos, se permite sonhar com voos ainda mais altos.

“Na Rio 2016 eu aprendi muito, eu amadureci bastante pra chegar nessas olimpíadas agora e rebater o meu objetivo. Porque o meu objetivo na Rio 2016 foi passar um combate, então eu espero que agora em Tóquio eu possa chegar na semifinal, para poder estar disputando essa medalha inédita para o Brasil”, projeta a arqueira.

Uma possível parceria com outro nome forte do tiro com arco brasileiro é uma das principais fontes de esperança da Ane Marcelle. Os Jogos de Tóquio marcarão a estreia da prova em duplas mistas e pode rolar um dueto com o Marcus Vinícius D’Almeida, arqueiro do Brasil mais bem posicionado no ranking mundial.

“Eu e o Marcus, se Deus quiser a gente vai estar lá. Então, a gente tá atirando muito bem. A gente foi medalha de ouro agora no Pan, no México. Então, a nossa equipe tá muito forte. a gente tá bastante confiante que a gente pode trazer essa medalha pro Brasil”. https://www.youtube.com/embed/BBV_g8bm6PY

Independente do resultado que venha a conseguir em Tóquio 2020, a segunda experiência olímpica da Ane Marcelle tem tudo para ser drasticamente diferente da primeira. Em 2016 ela estava mais do que em casa, disputando as provas da modalidade na Avenida Marquês de Sapucaí, mais conhecida como Sambódromo, na capital fluminense. Agora, a carioca vai atravessar o mundo em meio a uma pandemia e com a proibição de público de fora do Japão nos eventos.

No Rio 2016 tinha público, a minha família pôde ir, as arquibancadas estavam cheias. Acho que nessa a gente vai sentir um pouco de vazio, silêncio. Mesmo que o nosso esporte seja um esporte que não pode ter barulho, mas sempre que a gente faz uma flecha no 10 a gente escuta a torcida gritando, torcendo. Mas acho que isso não vai abalar a gente. A gente vai lá para trazer o melhor para o Brasil.

Por Igor Santos – Repórter da TV Brasil – Rio de Janeiro
Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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Esportes

Definidos os 16 confrontos de ida e volta da 3ª fase da Copa do Brasil

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Esta etapa, com 32 times, ocorrerá no período de 1º a 22 de maio

Foram definidos nesta quarta-feira (17) os 16 confrontos e mandos de campo da terceira fase (ida e volta) da Copa do Brasil. O sorteio ocorreu na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Os jogos ocorrerão de 1º a 22 de maio.

Além dos 20 times classificados na fase anterior, outros 12 ingressam na terceira etapa do torneio. É o caso do Atlético-MG, Palmeiras, Bragantino, Grêmio, Fluminense, Botafogo, Flamengo, São Paulo, Athletico-PR, Ceará, Goiás e Vitória.

Atual campeão da Copa do Brasil, o São Paulo estreia fora de casa contra o Águia de Marabá-PA. Entre os duelos regionais, estão Internacional x Juventude; Palmeiras x Botafogo-SP; Ceará x CRB; e Cuiabá x Goiás. No Rio de Janeiro, Flamengo e Botafogo farão o jogo da volta em casa: o Rubro-Negro contra o Amazonas, e Alvinegro contra o Vitória, recém-campeão baiano.

Só avançarão às oitavas de final do torneio os times com maior soma no placar agregado (resultados das partidas de ida e volta). Em caso de empate, a classificação sairá após cobrança de pênaltis. Os clubes que passarem de fase receberão prêmio de R$ 3,5 milhões, concedido pela CBF.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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Esportes

Nos pênaltis, Penedense bate o Zumbi, conquista o Alagoano da 2ª Divisão e garante vaga na elite

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Jogo termina empatado sem gols, mas Alvirrubro leva a melhor nas penalidades

Resumão

por GE – Pôster do Penedense, campeão alagoano da Segunda Divisão em 2023 (Foto: Augusto Oliveira/ASCOM FAF)

O Penedense está volta à elite do futebol alagoano. Depois de dois empates sem gols com o Zumbi, o títilo da Segunda Divisão do Alagoano foi neste domingo para a disputa por pênaltis. Mais preciso nas cobranças, o Alvirrubro venceu por 3 a 1, ficou com a taça e conquistou o acesso para a Primeira Divisão. Jeffinho, Didinho e Sorím fizerm os gols nas penalidades. Alex Moreira, Batata e Arthur desperdiçaram as cobranças do Zumbi no Estádio Alfredo Leahy, em Penedo.

FESTA GRANDE

Jogadores e torcida comemoram muito o título e o acesso. A cidade de Penedo está em festa!

REI DOS ACESSOS

Com esse título, o técnico Jaelson Marcelino chega ao seu quinto acesso como treinador. Antes, já havia sido campeão da segundona em 2016, 2017, 2018 e 2019. Com o CEO, Dimensão Saúde, Jaciobá e CSE, respectivamente.

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Esportes

De clandestino à TV: como futebol feminino conquistou espaço no Brasil

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Governo Vargas proibiu futebol para as mulheres

Por agencia Brasil

A cobertura da Copa do Mundo de Futebol Feminino promete ser a maior da história no país. Todos os jogos da Seleção Brasileira serão exibidos na TV aberta. Com as transmissões na TV por assinatura e na internet, será possível acompanhar as 64 partidas da competição. Criada pela FIFA em 1991, a Copa do Mundo de Futebol Feminino chega à sua nona edição. Mas será apenas a terceira vez que haverá partidas televisionadas ao vivo no Brasil.

Por que somente no século XXI, em um esporte que existe há 160 anos, a categoria das mulheres conseguiu alcançar esse patamar de visibilidade? Autora de uma tese de doutorado que buscou entender o apagamento da prática futebolística pelas mulheres ao longo dos anos, a pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Nathália Pessanha, observa que – durante quase quatro décadas – elas foram legalmente impedidas de praticar o esporte no Brasil.

A proibição constava no decreto que criou o Conselho Nacional dos Desportos, assinado em 1941 pelo então presidente Getúlio Vargas, e que só foi revogado em 1979.

O futebol jogado por mulheres cresceu como prática esportiva no fim da década de 1930, com a formação de times com trabalhadoras, principalmente nos subúrbios carioca e paulista. Na época, surgiram discursos que visavam proibir sua prática. Em sua tese, Nathália defende que os objetivos da proibição iam além do futebol em si.

Decreto de Vargas

Discursos de diferentes áreas vinham para fortalecer a ideia de que a mulher não era apta a jogar futebol, refletindo também uma tendência de outros países como Alemanha e Inglaterra. O comprometimento da “feminilidade” da mulher era outra preocupação, afirma. O decreto do governo Vargas estabelecia que as mulheres não poderiam praticar esportes não associados à sua natureza.  

Mesmo com a proibição oficial e a consequente falta de investimentos, brasileiras continuavam encontrando formas de praticar o esporte. O futebol das mulheres também respirava fora do país, com a realização do que Nathália chamou de copas clandestinas, que o Brasil não participou, apesar de convidado. Foram duas edições, na Itália em 1970, e no México, em 1971, que não tinham a chancela da FIFA.

O esforço empregado durante anos para que mulheres não jogassem futebol tem efeitos simbólicos e práticos. O simbólico é o que deixou fixado na mente de tanta gente que o futebol não é um esporte que deva ser praticado e apreciado por mulheres.

No lado prático, Nathália cita os impactos também visíveis que diferenciam o desenvolvimento do futebol praticado por homens e mulheres.

As marcas das diferenças de tratamento também estão nos espaços de memória, como nas paredes do Museu da FIFA, na Suíça, que a pesquisadora visitou durante o seu levantamento. Enquanto para as Copas masculinas há estandes para cada uma das edições, para as mulheres, cada estande abriga apenas dois mundiais protagonizados por elas.

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