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Alagoas

Dez pacientes manauaras receberam alta dos hospitais Metropolitano e da Mulher

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RECUPERAÇÃO

Devido ao colapso na Rede de Saúde Pública de Manaus, 14 pacientes chegaram a Maceió no dia 21 de janeiro deste ano

“Alagoas é meu segundo amor, porque fui recebida por uma equipe de anjos”, disse Francisca Celane Pereira ao receber alta do HMA

por agencia Alagoas / Foto Catarina Magalhães


Notabilizadas como unidades de referência no atendimento humanizado e no suporte físico, social e psicológico aos pacientes acometidos pela Covid-19, o Hospital da Mulher (HM) e o Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, já concederam 10 altas médicas a pacientes vindos de Manaus, no Amazonas. No total, 14 pacientes chegaram ao Estado no último dia 21 de janeiro, por meio da Operação Alagoas Solidária, devido ao colapso na Rede de Saúde Pública Manauara, que resultou na falta de oxigênio e no surgimento de uma fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Dos seis pacientes manauaras com Covid-19 que foram internados no HM, cinco já se recuperaram e um encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E dos oito que foram internados no HMA, cinco receberam alta médica e três evoluíram para óbito, conforme balanço divulgado pela Sesau nesta segunda-feira (22).

Dos seis pacientes manauaras internos no HM, dois receberam alta médica em 28 de janeiro. Recuperados da doença, o fotógrafo Israel Gato Serrão, de 41 anos, e a agente de portaria, Etiene Silva Oliveira, de 36, retornaram à capital do Amazonas, uma semana depois de serem trazidos a Alagoas. No início deste mês, em 5 de fevereiro, a assistente social Sabrina Ellen Mendonça Pontes, de 29 anos, e o professor de química e estudante de odontologia, Emerson Rocha, de 37, viajaram de volta a Manaus, após ficarem 15 dias internados.

“A situação em Manaus está um caos. Fiquei numa área onde estavam 10 pessoas, todas sentadas em cadeiras, pois o hospital já não dispunha de camas para colocar os pacientes. Era muita gente tossindo, pedindo ajuda. Cheguei a ver um senhor de aproximadamente 50 anos agonizando na porta do hospital. Ele levantava a mão pedindo socorro, e o pessoal, ao invés de ajudá-lo, filmava com as câmeras de celulares. Era de cortar o coração”, descreveu o fotógrafo Israel Gato Serrão, minutos antes de receber alta médica do HM.

Emocionada, sem conter as lágrimas, Sabrina contou que, desde o primeiro momento em que chegou ao HM, sentiu-se segura para dar continuidade ao tratamento da Covid-19. Ela lembrou que, ao sair da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a infectologista e gerente médica do HM, Sarah Dominique Dellabianca Araújo Holanda, colocou a mão sobre sua cabeça e tentou acalmá-la, pronunciando: “Fique tranquila, querida. Aqui, você será bem-cuidada. Vamos fazer o possível pra você ficar curada dessa doença. Não se preocupe”.

Sabrina disse que as palavras da médica, naquele momento, soaram como um bálsamo para os seus ouvidos. “O que ela falou na madrugada do dia 21 de janeiro, graças a Deus, está se concretizando agora”, disse a paciente no dia em que deixou o HM. A paciente fez questão de enfatizar que o apoio das psicólogas e das assistentes sociais foi essencial para que ela pudesse seguir o tratamento com os médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, técnicos de enfermagem e enfermeiros. “Recebi um tratamento paliativo de atenção que foi fundamental para minha recuperação. Foi uma coisa fora do comum que eu não iria ter na minha cidade”, observou.

Superação – Outra paciente que recebeu alta médica do HM foi Terezinha Gomes, de 61 anos. Segundo a infectologista e gerente médica da unidade hospitalar, Sarah Dominique Dellabianca Araújo Holanda, a assistida foi um grande exemplo de superação contra a Covid-19. Ela recebeu alta hospitalar no último dia 12 de fevereiro e foi o quinto paciente de Manaus a deixar a unidade hospitalar, após 19 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e três em um dos leitos clínicos.

“Ela permaneceu um período curto na ventilação mecânica, tendo uma resposta excelente ao tratamento, o que deixou a equipe multidisciplinar otimista. Ela é um dos exemplos de que Alagoas tem prestado uma assistência humanizada e com qualidade aos pacientes acometidos pela Covid-19. Ainda que os cinco pacientes que receberam a nossa assistência estejam em Manaus, continuamos a manter o contato com eles quase diariamente, pois entendemos que o atendimento humanizado ultrapassa o momento pós-alta hospitalar”, afirmou a infectologista Sarah Dominique Dellabianca Araújo Holanda.

Ao sair da enfermaria, Terezinha fez questão de agradecer ao governo do Estado pela Operação Alagoas Solidária, que no total recebeu 14 pacientes vindos de Manaus, sendo oito destinados ao HMA e seis ao HM. A paciente manauara lembrou dos momentos de aflição vividos em sua terra natural e disse que, em Alagoas, finalmente foi tratada com humanização e eficiência, mesmo ficando 19 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e três no leito clínico.

“O tratamento que eu recebi aqui foi maravilhoso, do começo ao fim. O carinho, o amor, a atenção e o respeito de todos os profissionais são sentimentos que vão ficar guardados em minha memória pra sempre. Saio daqui bastante satisfeita. Vou orar por vocês pelo resto da minha vida”, agradeceu.

Metropolitano – Já no HMA, dos oito pacientes recebidos, Thifanny Daniel, Anderson José, Francisca Celane Pereira Souza, Nilvana Cavalcante e Francisco Carlos Silva da Fonseca receberam alta médica. Mas, infelizmente, devido à gravidade do quadro clínico que apresentavam quando chegaram a Alagoas, três dele não resistiram às complicações da Covid-19. As vítimas foram um homem de 36 anos, uma mulher de 36 e um homem de 64.

“Estamos passando por uma situação muito difícil em Manaus. Lá, é tudo muito precário, nós estávamos jogados às moscas, literalmente. Falta gente para trabalhar, falta remédio, faltou até comida um dia. Com a ajuda de Deus, eu pude chegar até aqui! Desde o momento que cheguei, todos me receberam muito bem, me deram banho e eu saí renovada desse banho”, disse Nilvana, após relembrar o que viveu no início de janeiro deste ano.

Anderson José, segundo paciente a receber alta na unidade, ressaltou. “Eu fui muito bem tratado, não tenho nada a me queixar. A equipe foi excelente, me tratou com todo carinho, toda atenção e toda paciência. Tudo foi nota mil! Tô levando lembranças dos amigos que fiz aqui”, salientou.

O tratamento dispensado aos pacientes foi além dos cuidados patológicos e, através de uma assistência humanizada, os pacientes mataram a saudade de seus familiares, causada pelo isolamento e distância. Entre as ações de humanização desenvolvidas pelo HMA, foram executados os programas Correio da Saudade, Visita Virtual e Espaço Acolher.

 “Buscamos sempre entregar um tratamento de qualidade para os alagoanos, e em meio a uma pandemia, a assistência humanizada é essencial para que possamos tornar esse momento mais leve”, ressaltou Marcos Ramalho, secretário Executivo de Ações de Saúde e diretor do Hospital Metropolitano de Alagoas.

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Alagoas

Eleições municipais em Alagoas vão contar com mais de 8 mil agentes de segurança

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Expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública é repetir o sucesso da estratégia executada com êxito no pleito de 2022

Por Agência Alagoas

Mais de 8 mil agentes, entre policiais civis e militares, vão atuar durante as eleições municipais no interior e na capital. O Plano de Segurança já foi apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e tudo está pronto para, mais uma vez, assegurar a tranquilidade durante o pleito, no próximo dia 6 de outubro.

Será empregado um efetivo de 8.005 agentes de segurança, sendo 6.660 da Polícia Militar (PM), 1.000 da Policia Civil (PC), 275 do Corpo de Bombeiros (CB) e 70 da Polícia Científica. Só a PM utilizará 552 viaturas, entre carros e motos, nas atividades relacionadas ao pleito eleitoral.

A expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) é repetir o sucesso do plano executado com êxito nas eleições de 2022, quando a votação ocorreu de forma tranquila e sem intercorrências.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Saraiva, afirmou que a SSP tem demonstrado capacidade em garantir a tranquilidade nos grandes eventos e, nestas eleições, não será diferente.

“Iremos demonstrar novamente nossa eficiência nesse grande evento da democracia, assim como fizemos no último pleito. O Governo que mais investe em Segurança Pública vai empregar mais de 8 mil agentes. Eles irão atuar em conformidade com os planos já definidos pelas corporações e aprovados pelo TRE. Mais uma vez iremos assegurar que este momento importante para a democracia brasileira ocorra de maneira tranquila em todo o estado”, assegurou Saraiva.

O Plano de Segurança para as eleições municipais de 2024 foi apresentado ao TRE durante reunião ocorrida no dia 3 de setembro, na sede do Tribunal, localizada no bairro do Farol, em Maceió.

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Alagoas

Dia do Cerrado: bioma é o segundo mais ameaçado no país

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Estudo mostra que área perdeu 27% de vegetação nativa em 39 anos

Por agencia Brasil

O segundo maior bioma brasileiro também ocupa essa posição (segundo) quando o assunto é ameaça à biodiversidade e aos serviços ecossistemáticos. De acordo com estudo realizado pela Mapbiomas, o Cerrado perdeu 27% de sua vegetação nativa nos últimos 39 anos, o que representa 38 milhões de hectares.

Em toda a cobertura natural do país que sofreu transformação no uso do solo, o bioma, proporcionalmente, só foi menos afetado que o Pampa, que perdeu 28% de vegetação nativa ao longo desses anos.

Também conhecido como savana brasileira, o Cerrado ocupa 25% do território nacional, em 11 estados que se estendem do Nordeste à maior parte do Centro-Oeste, e mantém áreas de transição com praticamente todos os biomas, exceto os Pampas. Pelas características adquiridas no contato com mais quatro ecossistemas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga), é considerada a savana mais biodiversa do planeta.

Ao longo desse período, o bioma teve 88 milhões de hectares atingidos pelo fogo, o que causou a perda de 9,5 milhões de hectares. Embora seja mais resiliente aos incêndios, pesquisadores apontam que as mudanças climáticas associadas ao uso indiscriminado do fogo têm ameaçado a integridade de sua cobertura natural. “É essencial implementar políticas públicas que promovam a conscientização, reforcem sistemas de monitoramento e apliquem leis rigorosamente contra queimadas ilegais”, reforça a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Vera Arruda.

Cavalcante (GO) 12/09/2023 - Vista do cerrado na Comunidade quilombola Kalunga do Engenho II. O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional e perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de km2
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional – Joédson Alves/Agência Brasil

Junto com a cobertura natural do solo, a perda do Cerrado significa perder também a sua enorme capacidade de reter gás carbônico na biomassa de suas longas raízes, de recarregar a água subterrânea e de manter o ciclo hídrico que equilibra o planeta. “Temos observado que as áreas úmidas no Cerrado estão secando. Além disso, a expansão da agricultura sobre essas áreas vêm ocorrendo em algumas regiões no bioma, o que pode afetar o abastecimento hídrico e resultar em escassez de água para a população e para a agricultura, aumentando também a vulnerabilidade a desastres climáticos e à perda de biodiversidade”, alerta Joaquim Raposo, pesquisador do Ipam.

Para se ter uma ideia, de toda a área perdida ao longo dos 39 anos estudados, 500 mil hectares foram de áreas úmidas substituídas principalmente por pastagem. São áreas naturais consideradas fundamentais na manutenção dos recursos hídricos, presentes em 6 milhões de hectares do bioma onde nascem oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras.

Neste 11 de setembro, em que é celebrado o Dia do Cerrado, organizações da sociedade civil como os institutos Cerrados, Sociedade População e Natureza, Ipam e WWF Brasil lançaram uma campanha de sensibilização sobre a relevância do bioma e os desafios a serem enfrentados para a sua preservação.

Chamada Cerrado, Coração das Águas, a campanha foi lançada em um site que reúne informações relevantes sobre o bioma, suas características, biodiversidade, povos, turismo e caminhos para a preservação, além de reunir boas histórias dessa “floresta invertida”.

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Alagoas

Taxa de desemprego em Alagoas atingiu o menor nível em 12 anos, diz IBGE

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Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, número de desocupados recuou de 135 mil para 113 mil, uma queda de 16,2%

A taxa de desocupação de Alagoas no segundo trimestre deste ano atingiu o menor nível desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2024, a taxa de desemprego no estado recuou de 9,9% para 8,1% – uma retração de 1,8 ponto percentual. 

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, o número de desempregados recuou de 135 mil para 113 mil, uma queda de 16,2%.Atualmente, Alagoas conta com 1,27 milhão de pessoas no mercado de trabalho, sendo 585 mil delas no setor privado.

A melhora na taxa de desocupação é resultado direto dos investimentos feitos pelo Governo do Estado em diversas áreas, entre eles segurança pública, infraestrutura e turismo, que possibilitou a chegada de grandes empreendimentos e, consequentemente, a geração de mais empregos.

Em 2012, quando o IBGE iniciou a série histórica, a taxa de desocupação no estado era de 11,3% – três pontos percentuais a mais do que o índice atual. Segundo a Pnad Contínua, o desemprego em Alagoas atingiu o maior nível no quarto trimestre de 2020 – durante a pandemia de Covid-19 -, chegando a 20,4%. Naquele ano, o número de pessoas desocupadas chegou a 260 mil, mais do que o dobro dos atuais 113 mil trabalhadores fora do mercado de trabalho.

No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego de Alagoas foi a segunda menor do Nordeste, atrás apenas do Piauí, que atingiu 7,6%. Na região, Pernambuco apresentou a maior taxa, com 11,5%, seguido da Bahia (11,1%). Os dois estados encabeçam o ranking nacional com os maiores índices no período.

Crescimento do PIB

Recentemente, um estudo divulgado pelo banco Santander revelou que o Produto Interno Bruto de Alagoas (PIB) deve registrar um crescimento de 3,4% neste ano. O índice é o terceiro maior do país, atrás apenas de Roraima, cuja estimativa de crescimento é de 4,3%, e Tocantins (3,8%).

De acordo com o levantamento, a projeção do PIB alagoano para 2024 é 1,4 ponto percentual maior do que a estimativa para o crescimento da economia brasileira, que deve chegar a 2%, e 1,1 ponto percentual maior do que a previsão para o Nordeste (2,3%).

O estudo do Santander ressalta que a estimativa do PIB alagoano para este ano é puxada pelo setor de serviços, que deve registrar crescimento de 2,5%. “Os serviços indicam tendência consistente de expansão em Alagoas, apresentando nas previsões de 2022 a 2025 sempre uma trajetória de crescimento”, afirma Gabriel Couto, economista responsável pelo levantamento, ao lado dos economistas Henrique Danyi e Rodolfo Pavan.

Taxa de desocupação de Alagoas (série histórica)

2012

1º Trimestre — 11,3%

2º trimestre — 11,7%

3º trimestre — 11,6%

4º trimestre — 11,1%

2013

1º Trimestre — 12,3%

2º trimestre — 10,8%

3º trimestre — 10,5%

4º trimestre — 9,4%

2014

1º Trimestre — 9,8%

2º trimestre — 9,8%

3º trimestre — 9,8%

4º trimestre — 9,5%

2015

1º Trimestre — 11,2%

2º trimestre — 11,9%

3º trimestre — 10,9%

4º trimestre — 11,5%

2016

1º Trimestre — 12,9%

2º trimestre — 14,1%

3º trimestre — 14,9%

4º trimestre — 14,9%

2017

1º Trimestre — 17,7%

2º trimestre — 18%

3º trimestre — 16%

4º trimestre — 15,8%

2018

1º Trimestre — 18%

2º trimestre — 17,7%

3º trimestre — 17,3%

4º trimestre — 16,2%

2019

1º Trimestre — 16,2%

2º trimestre — 14,9%

3º trimestre — 15,6%

4º trimestre — 13,8%

2020

1º Trimestre — 16,7%

2º trimestre — 18,2%

3º trimestre — 20,3%

4º trimestre — 20,4%

2021

1º Trimestre — 20,2%

2º trimestre — 19,2%

3º trimestre — 17,1%

4º trimestre — 14,5%

2022

1º Trimestre — 14,2%

2º trimestre — 11,1%

3º trimestre — 10,1%

4º trimestre — 9,3%

2023

1º Trimestre — 10,6%

2º trimestre — 9,7%

3º trimestre — 9%

4º trimestre — 8,9%

2024

1º Trimestre — 9,9%

2º trimestre — 8,1%

Fonte: IBGE — Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua  

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