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DÍVIDAS ATRASADAS: mutirão nacional de renegociação vai até esta quinta-feira (31)

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os consumidores que querem renegociar dívidas com alguma instituição financeira tem até esta quinta (31) para participar do Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira. A iniciativa é promovida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e as unidades do Procon de todo o país. 

Segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada no começo do mês e desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) do Rio de Janeiro, o número de famílias com contas em atraso e/ou dívidas atingiu o maior patamar desde março de 2010: 27% dos lares do país.

Uma das pessoas nessa situação é a secretária Elaine Lima, do Rio de Janeiro. Com 45 anos, ela conta que a situação piorou após a separação do marido. Hoje, ela está com vários empréstimos, alguns atrasados, cartão de crédito, cheque especial, além do nome negativado por duas instituições financeiras. 

“Se eu conseguisse deitar a cabeça no travesseiro e dizer graças a Deus minhas contas estão pagas, eu não devo nada a ninguém. Eu recebo X, mas com esse X eu consigo pagar o que eu devo e ter um pouco de conforto dentro da minha casa já seria ótimo, seria muito gratificante.”, ressalta. 

Como participar

A ideia da iniciativa é promover um canal exclusivo entre o cidadão endividado e os credores. Podem participar da campanha pessoas físicas com dívidas contraídas de bancos ou financeiras e que não possuem bens dados em garantia. Uma plataforma exclusiva foi desenvolvida para a mediação dos conflitos e conta com mais de 160 instituições financeiras cadastradas. 

Segundo o diretor geral do Procon DF, Marcelo Nascimento, quase todos os débitos  podem ser negociados. “As únicas dívidas que não poderão ser repactuadas no mutirão são as dívidas que envolvem os bens e garantias, como imóveis e até mesmo veículos. A razão é a dificuldade da tratativa pela plataforma, já que todo o mutirão é feito de forma on-line.”, explica

Para participar da renegociação, o consumidor deve seguir alguns passos:

  • O consumidor pode optar por negociar com a instituição credora dentro da plataforma consumidor.gov.br, ou diretamente com os canais digitais de negociação dos bancos.
  • Na plataforma, o consumidor encontra um modelo de reclamação no qual pode se basear para redigir a sua solicitação.
  • O banco tem o prazo de dez dias para analisar o pedido e apresentar uma proposta.

Segundo o economista César Bergo, o mutirão é uma forma de atender os interesses das duas partes. “ É interesse dos credores também resolver o problema. Eles não querem ficar com a dívida. Então, a renegociação é boa para eles e para o consumidor. Mas ele [consumidor] deve ficar atento às cláusulas da renegociação, sobretudo com relação à taxa de juros a ser cobrada. Muitas vezes é um financiamento antigo, que tem uma taxa de juros mais baixa.”.

O pintor Ilton Corrêa dos Santos é morador de Sobradinho, no Distrito Federal, e já participou de outras iniciativas de negociação de dívidas. Ele estava com o Refis e o IPTU atrasados e conseguiu quitar os débitos à vista. “A negociação vem para que a gente possa quitar contas que estão em atraso, parcelas, e vai facilitar para a população carente. A gente tem que ajudar o outro, o governo está fazendo a sua parte.”, comenta. 

Educação Financeira

Durante o projeto, além de poder negociar contas em atraso, o consumidor terá acesso a um material exclusivo de educação financeira. Com isso, o mutirão pretende contribuir para o reequilíbrio financeiro das famílias e com informações sobre produtos e serviços bancários para melhorar a saúde financeira dos consumidores.

Segundo Bergo, isso é fundamental para evitar futuros endividamentos. “A pessoa aprende a fazer o uso do dinheiro, valorizar cada real que ela ganha e ela sabe exatamente dar o destino em função do planejamento. A educação financeira ensina como gastar, quando gastar, ou seja, aproveitando os momentos corretos para gastar o dinheiro. Todos esses aspectos são fundamentais para que a pessoa possa ter um padrão equilibrado de suas finanças e não incorrer em despesas desnecessárias que possam comprometer o seu orçamento.”

Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com Consumo e Autorregulação da Febraban, afirma que o material disponibilizado ajuda a planejar o orçamento. “É uma oportunidade não só para colocar as contas em dia, mas também para que possa fazer os cálculos, repensar aqueles custos que são desnecessários e também ter mais saúde financeira.”. 
 

Fonte: Brasil 61

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Pé-de-Meia: nova parcela do incentivo para nascidos em janeiro e fevereiro é paga nesta segunda-feira (25)

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A CAIXA paga, nesta segunda-feira, 25 de novembro, nova parcela do Programa Pé-de-Meia para os estudantes do Ensino Médio Regular e Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos, a EJA, nascidos nos meses de janeiro e fevereiro.

O incentivo será creditado na conta Poupança CAIXA Tem e os valores podem ser movimentados pelo CAIXA Tem.  

O estudante pode pagar contas, fazer transferências e PIX, direto no aplicativo.
Além disso, pode movimentar os valores com o cartão do programa, fazendo compras e pagamentos. 

O Programa Pé-de-Meia apoia a permanência e a conclusão escolar dos estudantes matriculados no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos da rede pública. 

Para mais informações sobre os pagamentos do Pé-de-Meia, acesse: www.caixa.gov.br. 
 

Fonte: Brasil 61

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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