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Energia solar corresponde a 11,6% da matriz energética brasileira, segundo Absolar

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Foto: de American Public Power Association na Unsplash.

A energia solar, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), ultrapassou a marca de 25 gigawatts (GW) de potência em fevereiro. Segundo a Associação, a energia solar corresponde a 11,6% da matriz energética do país. O levantamento considerou usinas solares de grande porte, sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. 

No início do mês, o Brasil bateu recorde em geração instantânea de energia solar. O país produziu 6.044 megawatts (MW), o nível mais alto já alcançado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em cerca de 10 anos, os investimentos nesse tipo de fonte de energia somaram R$ 125,3 bilhões e geraram mais de 750 mil empregos acumulados, além de evitar a emissão de 33,4 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²). Ainda de acordo com a Absolar, esse tipo de energia gerou R$ 39,4 bilhões aos cofres públicos desde 2012.

Essa modalidade de energia é concentrada, principalmente, entre os pequenos usuários. Atualmente, 17,2 GW são produzidos por meio de geração própria, ou seja, em casa ou terrenos próprios. Já as grandes usinas solares têm potência de 7,8 GW, segundo a entidade.

A vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim, explica que a energia solar é uma das formas mais rápidas para se gerar a própria energia, tanto por usinas de grande porte quanto de pequeno porte. “Essa expansão da fonte solar, que já é a segunda colocada na matriz elétrica brasileira em termos de capacidade instalada, beneficia não só o meio ambiente, mas também o desenvolvimento econômico do nosso país”, diz.

Em relação a investimentos e geração de emprego, essa tendência se repete. O segmento de geração própria, nos últimos 10 anos, gerou 517,2 mil empregos no país e proporcionou R$ 88,4 bilhões em investimentos. As usinas de grande porte foram responsáveis pela geração de 233 mil postos de trabalho e R$ 36,9 bilhões em investimentos no mesmo período. 

Perspectivas da energia solar

De acordo com a Absolar, as perspectivas para a geração de energia solar no país são favoráveis, pois o Brasil pode utilizar um dos maiores recursos solares do mundo para produzir hidrogênio verde, que é o hidrogênio produzido sem combustíveis fósseis. Mas a entidade afirma que são necessários mais investimentos no setor. 

Para 2023, Bárbara Rubim afirma que a estimativa na geração distribuída é de agregar mais de 5 GW em capacidade instalada solar fotovoltaica para o Brasil. “Esses números são bons, mas poderiam ser ainda maiores. Isso é importante que se diga, exatamente pelo alto potencial do Brasil e pela capilaridade que a gente tem em termos de unidades consumidoras, o Brasil tem um potencial que poderia ser melhor explorado”, afirma.

Novo marco do setor elétrico

Entre os principais debates da nova legislatura do Congresso Nacional está o novo marco do setor elétrico (PL 414/2021), já aprovado no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados. A medida prevê que todos os consumidores de eletricidade possam escolher de quem comprar a energia elétrica, algo que atualmente só é permitido para grandes consumidores. 

O objetivo do novo marco do setor elétrico é expandir a possibilidade de escolha para o consumidor comum, sem levar em consideração a carga e tensão utilizadas, aumentando a concorrência e reduzindo o custo da energia. O assunto foi abordado no seminário RedIndústria 2023, no início do mês, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na ocasião, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) defendeu a aprovação do projeto, que já tem amplo apoio.

“Das 11 principais entidades do setor de energia elétrica, só tem a Abrace que tem algumas considerações, que é a associação dos consumidores. Mas isso significa caminhar para o mercado livre, que já é tão importante e vai crescer”, afirma o parlamentar.

Na regra atual, os consumidores comuns e pequenas empresas fazem parte do mercado cativo, que é a modalidade em que se tem acesso à energia elétrica por meio de distribuidoras. Dessa forma, esses consumidores de eletricidade só podem comprar energia de concessionárias que atendem à sua região, e ficam sujeitos às tarifas cobradas pela empresa.

Fonte: Brasil 61

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Alagoas

Eleições municipais em Alagoas vão contar com mais de 8 mil agentes de segurança

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Expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública é repetir o sucesso da estratégia executada com êxito no pleito de 2022

Por Agência Alagoas

Mais de 8 mil agentes, entre policiais civis e militares, vão atuar durante as eleições municipais no interior e na capital. O Plano de Segurança já foi apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e tudo está pronto para, mais uma vez, assegurar a tranquilidade durante o pleito, no próximo dia 6 de outubro.

Será empregado um efetivo de 8.005 agentes de segurança, sendo 6.660 da Polícia Militar (PM), 1.000 da Policia Civil (PC), 275 do Corpo de Bombeiros (CB) e 70 da Polícia Científica. Só a PM utilizará 552 viaturas, entre carros e motos, nas atividades relacionadas ao pleito eleitoral.

A expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) é repetir o sucesso do plano executado com êxito nas eleições de 2022, quando a votação ocorreu de forma tranquila e sem intercorrências.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Saraiva, afirmou que a SSP tem demonstrado capacidade em garantir a tranquilidade nos grandes eventos e, nestas eleições, não será diferente.

“Iremos demonstrar novamente nossa eficiência nesse grande evento da democracia, assim como fizemos no último pleito. O Governo que mais investe em Segurança Pública vai empregar mais de 8 mil agentes. Eles irão atuar em conformidade com os planos já definidos pelas corporações e aprovados pelo TRE. Mais uma vez iremos assegurar que este momento importante para a democracia brasileira ocorra de maneira tranquila em todo o estado”, assegurou Saraiva.

O Plano de Segurança para as eleições municipais de 2024 foi apresentado ao TRE durante reunião ocorrida no dia 3 de setembro, na sede do Tribunal, localizada no bairro do Farol, em Maceió.

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Bets que não pediram autorização serão suspensas a partir de outubro

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Ministro Haddad anuncia pente-fino para regulamentar apostas

Por Agência Brasil

A partir de 1º de outubro, as empresas de apostas de quota fixa, também chamadas de bets, que ainda não pediram autorização para funcionarem no país terão as operações suspensas. A suspensão valerá até que a empresa entre com um pedido, e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda conceda a permissão.

A medida consta de portaria do Ministério da Fazenda publicada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União. A companhia que pediu a licença, mas ainda não atuava, terá de continuar a esperar para iniciar as operações em janeiro, se a pasta liberar a atividade.

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo fará um pente-fino na regulamentação das apostas eletrônicas. Ele disse que a dependência psicológica em apostas se tornou um problema social grave.

“[A regulamentação] tem a ver com a pandemia [de apostas eletrônicas] que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos”, disse Haddad. “O objetivo da regulamentação é criar condições para que nós possamos dar amparo. Isso tem que ser tratado como entretenimento, e toda e qualquer forma de dependência tem que ser combatida pelo Estado.”

Segundo Haddad, o ministério analisará com rigor o impacto do endividamento de apostadores sobre a economia, o uso do cartão de crédito para pagar apostas, a publicidade com artistas e influenciadores digitais e o patrocínio de bets.

“Tudo isso vai passar, nessas próximas semanas, por um pente-fino bastante rigoroso, porque o objetivo da lei é fazer o que não foi feito nos quatro anos do governo anterior. Isso virou um problema social grave e nós vamos enfrentar esse problema adequadamente”, acrescentou o ministro.

Operações policiais

Em nota, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, informou que a suspensão das bets que não pediram a autorização servirá como um instrumento temporário para separar as companhias sérias das que atuam de forma criminosa, especialmente após recentes operações policiais.

“Têm vindo à tona muitas operações policiais envolvendo empresas que atuam no mercado de apostas de forma criminosa. Essa foi a forma que encontramos de não aguardar até janeiro para começar a separar o joio do trigo”, justificou Dudena. “Queremos proteger a saúde mental, financeira e física do apostador, coibindo a atuação de empresas que utilizam as apostas esportivas e os jogos online como meio de cometer fraudes e lavagem de dinheiro.”

Segundo o Ministério da Fazenda, até agora foram feitos 113 pedidos de outorga na primeira fase de licenciamento. Como cada licença custa R$ 30 milhões, o governo teria R$ 3,3 bilhões à disposição no próximo ano. A partir de janeiro, as casas de apostas autorizadas que pagarem a outorga poderão operar até três marcas durante cinco anos.

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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