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Entenda o que é o adenocarcinoma de intestino, câncer diagnosticado em Preta Gil

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Cantora já iniciou tratamento contra doença | Foto: YouTube / Reprodução

A cantora Preta Gil anunciou que, após seis dias de internação em um hospital no Rio de Janeiro, foi diagnosticada com um câncer no intestino, chamado de adenocarcinoma. “Adenocarcinoma é um tipo de tumor que pode aparecer em vários locais do corpo, não só no intestino”, explica a  a head de Oncologia Clínica do A.C. Camargo Cancer Center, Rachel Riechelmann. No entanto, o câncer colorretal é um dos mais comuns no Brasil. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), depois dos tumores de pele, o adenocarcinoma de intestino é o de maior incidência, independentemente do gênero dos pacientes.

Entre as mulheres a neoplasia maligna mais comum é a de mama, e entre os homens, é a de próstata.  No caso de Preta, a doença está localizada no final do intestino e logo ela vai começar o tratamento. “Graças a Deus, hoje recebi um diagnóstico definitivo. Tenho um adenocarcinoma na porção final do intestino. Inicio meu tratamento já na próxima segunda-feira e conto com a energia de todos para seguir tranquila e confiante”, escreveu a cantora nas redes sociais.  “Os tumores que acometem o intestino na porção final são os que têm maior chance de cura, se comparados com os tumores na região inicial do intestino. Essa informação nos traz a ideia de que há uma maior chance de cura”, ressalta o médico oncologista da BP  ( Beneficência Portuguesa de São Paulo), Ricardo Carvalho. 

Sintomas da doença

A localização da neoplasia maligna interfere ainda nos sintomas da doença. “Quanto mais próximo do reto, aparecem mais sintomas, como sangramento nas fezes, dor ao evacuar ou até alteração da aparência e da consistência das fezes, às vezes ficam mais fininhas. Quando o tumor é mais longe do reto, ou seja, mais do lado direito do intestino, muitas vezes os sintomas são mais inespecíficos. O paciente pode sentir fraqueza, anemia, perda de peso e dor abdominal”, ressalta Rachel.  No caso da doença mais avançada, e sem diagnóstico concluído, pode haver obstrução intestinal. “Quando a doença continua a avançar, ela pode evoluir para um grau de obstrução intestinal, que é a parada completa da eliminação de fezes e gases. O que se configura com quadro de uma urgência médica e que geralmente tem de ser feita uma cirurgia”, alerta Carvalho. 

Fatores de risco

Os principais fatores de risco do adenocarcinoma de intestino são a idade e a hereditariedade.  “O risco aumenta quando a pessoa tem algum parente de primeiro grau com câncer de intestino”, salienta Rachel. Outras características externas influenciam na formação de tumores, como obesidade, tabagismo, sedentarismo, consumo abusivo de álcool e, especificamente no câncer de intestino, uma alimentação rica em gorduras e carboidratos. “Uma dieta pobre em fibras em leguminosas, em frutas e vegetais e rica em gorduras saturadas, em alimentos ultraprocessados, em proteínas de carne vermelha aumenta o risco de desenvolver esse tipo de tumor”, destaca o especialista da BP. 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito a partir da colonoscopia — exame de imagem do intestino, realizado por meio de um endoscópio. Como prevenção, o Ministério da Saúde recomenda que seja feito anualmente em todas pessoas acima de 50 anos. No entanto, como a idade é fator de risco determinante, a médica do A.C. Camargo sugere que a prevenção comece aos 45 anos.”Recomendo que todas as pessoas comecem o rastreamento de câncer de intestino a partir dos 45 anos, com a colonoscopia, que é o ideal, que avalia todo o intestino, e se tiver alguma alteração, pode até tirar. Pólipos, por exemplo, são lesões benignas, mas que podem virar câncer. Na colonoscopia já retira, então elimina o risco”, orienta Rachel.

Qual é o tratamento do adenocarcinoma de intestino?

O tratamento da doença depende do estágio em que foi diagnosticado o tumor, qual é o tipo de câncer e a idade do paciente.

“O tratamento vai depender muito da localização do tumor, do tipo histológico, do estágio da doença, da idade do paciente, das comorbidades dos pacientes. Não existe uma resposta única, o tratamento depende de diversas variáveis”, salienta Carvalho.  De maneira geral, as abordagens incluem cirurgia e radioterapia associadas à quimioterapia ou imunoterapia.  “O tratamento curativo é cirurgia. Dependendo do resultado da cirurgia, do tamanho do tumor, se tiver metástase nos linfonodos próximos ao tumor, indica-se complementar o tratamento com a quimioterapia adjuvante por três a seis meses. A quimioterapia nesse contexto aumenta ainda mais a chance de cura”, explica a médica. 

Ela acrescenta, ainda, que “em todo paciente que tem um câncer de intestino é feita uma avaliação molecular desse tumor, para ver se tem características hereditárias, se usa a imunoterapia, se usa a quimioterapia ou drogas de alvo molecular”. A boa notícia é a que as chances de cura de Preta Gil são altas. “Em média a chance de cura na população geral é de 65%. Quando falamos da doença inicial, em estágio 1, essa chance de cura vai para 90%. Agora, quando falamos na doença metastática que é o último estágio da doença, o estágio 4, a chance de cura fica em torno aí de 10% a 15%, chegando em alguns casos a até 20%”, ressalta Carvalho. 

Por Correio do Povo

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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