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Especialista destaca importância dos hábitos alimentares durante a gravidez

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Foto: Racool Studio/Freepik

Durante o período gestacional, é comum surgirem dúvidas sobre o que grávidas podem ou não comer para favorecer o desenvolvimento fetal e garantir a saúde da mulher. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) trouxe um guia com recomendações alimentares para gestantes. 

Entre as recomendações indicadas, as principais são incluir o consumo de frutas, legumes e verduras diariamente e evitar alimentos ultraprocessados. A nutricionista especializada em materno infantil, Patrícia Campos, explica como esses alimentos podem afetar diretamente a formação fetal. “Alimentos em específico são essenciais durante a gestação devido às suas altas concentrações de nutrientes. Dentro deles, podemos ressaltar as frutas cítricas como laranja, tangerina, limão, que são fontes de vitamina C, antioxidantes e atuam na redução dos metais pesados e também na absorção do ferro, contribuindo para a prevenção da anemia. As oleaginosas, ricas em magnésio, atuam na prevenção do pré-eclâmpsia, cãibras, paralisia cerebral, diabetes e hipertensão.”

Segundo a nutricionista, evitar alimentos prejudiciais para a saúde, como refrigerantes, macarrão instantâneo e doces, é essencial para o desenvolvimento do bebê. “Quanto mais a gente retirar esses alimentos que são prejudiciais para a nossa saúde e para a saúde do feto, mais saudável ele vai se desenvolver”, explica.

Além disso, Patrícia conta que os hábitos alimentares saudáveis durante a gravidez, lactação e primeira infância induzem efeitos a longo prazo na saúde da criança. “Uma alimentação balanceada, com  a quantidade de proteínas,  minerais e nutrientes necessários vão proporcionar um desenvolvimento mais saudável do bebê. É neste momento que nós determinamos diversos parâmetros para o desenvolvimento na primeira infância e na vida adulta”, ressalta.

A nutricionista ainda ressalta a importância da alimentação saudável como aliada da saúde da gestante, “cuidar do estado nutricional da gestante para que a mãe também não fique desprovida de nutrientes, evitando algumas doenças como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.” 

“Diabetes gestacional se dá por alterações no nível de glicose no sangue e a incapacidade de produção de insulina. Pode causar diversas alterações na formação do bebê, como doenças cardíacas, icterícia e aumento dos riscos de obesidade infantil. Na gestante pode aumentar o risco de ter pré-eclâmpsia, rompimento da bolsa precocemente. O tratamento é uma alimentação equilibrada, com a ingestão de alimentos com baixo índice glicêmico e mais ricos em fibras”, explica a nutricionista.

Patrícia também explica que a pré-eclâmpsia, um dos riscos da diabetes, se dá pela
pela alteração na pressão sanguínea. Ela alerta para os sintomas: “Além da pressão alterada, pode-se ter sintomas mais graves como convulsões e inchaço,  podendo levar à morte tanto da mãe como a do bebê. As causas da pressão alta durante a gestação podem estar relacionadas com a alimentação. A única forma de prevenir a eclâmpsia e a pré-eclâmpsia é ter uma alimentação mais equilibrada, evitando o excesso do ganho de peso, diminuir o consumo de sal e alimentos ricos em sódio como embutidos e industrializados.”

A bancária e moradora da cidade do Riacho Fundo, em Brasília, Flavia Braga explica que buscou atendimento médico para mudar a alimentação já que estava preocupada com o risco de desenvolver diabetes gestacional. “Eu tinha predisposição para diabetes, minha mãe é diabética. E a minha glicemia antes de engravidar já estava alta. Cortei quase todo doce e refrigerante pra não ter risco na gestação. Tirando esses alimentos todos meus outros exames ficaram com boas taxas”, conta.

A situação foi diferente para a comerciante Joana dos Santos, 46, moradora da cidade de Ceilândia, também em Brasília. Em 2009, ela conta que passou por uma gravidez de risco, “durante a minha segunda gravidez, eu não tive muito cuidado com a alimentação. Era excesso de margarina, sal na comida, biscoitos (industrializados). Isso me gerou uma pressão alta.”

Por conta da pré-eclâmpsia, Joana explica que o bebê nasceu prematuro, com 7 meses e pesando um quilo, mas se desenvolveu bem e é saudável. Hoje, ela conta que não pode mais engravidar devido à hipertensão.
 

Fonte: Brasil 61

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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