Inverno colabora para aumento de infecções e episódios agudos de condições crônicas de saúde
Crédito: Towfiqu Barbhuiya/Unsplash/Divulgação
No inverno, é comum a convivência com espirros, tosse e coriza. Esses são sintomas respiratórios, que podem derivar de infecções ou episódios agudos de doenças crônicas. Essa ativação de diferentes quadros de saúde faz com que o período mais frio do ano demande ainda mais cuidados para garantir o bem-estar no dia a dia.
A médica Naiane Melissa Dartora Santos, coordenadora da Medicina Preventiva do Círculo Saúde, explica que o frio intenso, a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica são fatores que irritam as mucosas respiratórias. Isso favorece o aparecimento dessas doenças. A aglomeração em locais fechados é outro aspecto que implica na incidência maior de infecções respiratórias, já que a disseminação dos vírus ocorre pelo ar.
“Por isso, devemos manter os locais bem ventilados e arejados. Um cuidado essencial na proteção e prevenção é a lavagem frequente das mãos, pois esta é uma via de transmissão importante. Essa higienização deve ser feita preferencialmente com água e sabão. Outras medidas como proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, também são muito importantes”, detalha.
A prevenção também passa pelo estilo de vida: manter uma boa hidratação, ter uma alimentação equilibrada com frutas, verduras e legumes e praticar exercícios físicos são medidas de estímulo ao sistema imunológico. Nos ambientes, a orientação é evitar exposição a ácaros presentes em pelos de animais de estimação, carpetes, tapetes, cortinas, fumaça de cigarro, poeira e mofo.
Além disso, a vacina da gripe é uma aliada contra as formas mais graves de influenza. O uso de máscaras, o que foi amplamente praticado durante o período mais grave da pandemia de covid-19, segue recomendado. O fisioterapeuta Ney Stedile, mestre em Ciências Pneumológicas, adiciona a sugestão de manter o nariz higienizado com a lavagem com soro.
Fisioterapeuta Ney Stedile – Crédito: Círculo Saúde/Divulgação.
Embora a recuperação de doenças respiratórias costume evoluir bem, há casos de piora no quadro. “Geralmente essa condição é mais comum em pessoas com imunidade mais baixa, que tenham uma doença de base além da infecção respiratória adquirida. Também é comum, pelo mesmo motivo de imunidade, em pessoas mais idosas (acima de 60 anos) e crianças (em especial as prematuras)”, pontua Stedile.
Nesses casos especialmente, é preciso ficar atento à evolução do quadro, para não deixar a situação se agravar. “A hora de procurar o médico é quando os sintomas ficarem mais intensos, com febre persistente, dificuldade para respirar ou falta de ar, ronqueira ou chiado no peito, tosse persistente com catarro espesso e quadros arrastados com duração de mais de cinco dias”, descreve Naiane.
- Principais doenças respiratórias no outono/inverno:
Infecções por vírus respiratórios causando frequentemente quadros de gripe, resfriado, laringite, faringite e bronquite. Mas, também é um período em que ocorrem episódios agudos nas doenças crônicas respiratórias como crises de rinite alérgica e de asma, exacerbação da bronquite crônica, da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e do enfisema pulmonar. Além de outras infecções bacterianas como sinusite, otite, amigdalite e pneumonia.
- Como prevenir doenças respiratórias
- Mantenha-se bem hidratado. Procure ingerir bastante líquido, especialmente água, durante o dia;
- Mantenha o ambiente que você está sempre bem arejado e limpo;
- Evite exposição a locais com fumaça e outros poluentes;
- Evite as exposições prolongadas às baixas temperaturas e use roupas adequadas para proteger-se do frio;
- Evite permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado ou em locais com ar seco demais; tenha cuidado redobrado com mudanças de temperatura.
- Fique atento aos sintomas de chiado, febre e tosse persistentes, procure um médico;
- Evite contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças transmissíveis por via respiratória; caso tenha contato, opte por fazer uso de máscara e lembre-se de higienizar as mãos após contato com água e sabão e fazer uso de álcool 70%;
- Lave suas mãos com frequência e evite o contato das mãos sujas com mucosas (olhos, nariz e boca);
- Procure realizar uma atividade física do seu gosto que mantenha seu corpo sempre em movimento e auxilie na parte cardiorrespiratória.
- Cuidados a serem tomados no processo de recuperação
- Mantenha boa hidratação e alimentação;
- Procure a prática de algum exercício físico aeróbico orientado;
- Evite exposição a baixas temperaturas, ou mudanças bruscas, e busque agasalhar-se de forma adequada.
Fontes: médica Naiane Melissa Dartora Santos e fisioterapeuta Ney Stedile