Com 5.020 vidas perdidas, taxa de ocupação de leitos de UTI em 92% e aumento do número de mortes por Covid-19 na faixa etária abaixo dos 60 anos, o cenário da pandemia em Alagoas requer atenção máxima por parte de toda a população. Durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (15), em virtude da autorização de obras de pavimentação na AL-101 Norte, o governador Renan Filho fez um apelo em especial aos prefeitos dos municípios alagoanos.
“É importante que os prefeitos compreendam que em determinadas cidades podem ser feitos decretos mais fortes do que o do Estado. Os municípios podem fazer”, disse Renan Filho. “O meu papel eu tenho buscado cumprir integralmente, mas preciso solicitar a colaboração de todos. A gente está 92% de UTI lotada. UTI lotada de jovem. Pela primeira vez, esse mês de junho, está morrendo mais pessoas entre 30 e 59 anos do que pessoas com mais de 60 anos”, apontou o governador.
Ao se pronunciar sobre as ações de fiscalização do decreto, o chefe do Executivo estadual destacou que a prioridade em debate deve ser a aceleração da vacinação. “Está proibido praia aos finais de semana. As pessoas vão à praia aí. Se a polícia não agir, é melhor nem haver mais decreto. Esse tipo de coisa não era nem para estar em discussão. A gente tem que discutir como vamos trabalhar para vacinar mais rápido as pessoas, como vamos trabalhar para que menos pessoas adoeçam, senão o Estado não vai conseguir salvar todas as vidas”, considerou o governador.
Mais vacinas
Apesar de ser o estado com menor número de óbitos do Nordeste e o segundo do Brasil com menos mortes por grupo de 100 mil habitantes, Alagoas – assim como todas as unidades da federação – precisa de mais vacinas para atenuar os efeitos da pandemia. “Infelizmente, mesmo com o estado cumprido o seu papel, não chegam vacinas em quantidade suficiente no Brasil. Por isso a gente cobra vacina”, assinalou Renan Filho.
Para exemplificar como o país poderia ter minimizado a gravidade da tragédia sanitária há mais tempo, o gestor citou estatística recente sobre a imunização. “Se o Brasil vacinasse dois milhões de pessoas por dia, salvaríamos 20 mil pessoas por mês. Imagine”, ponderou. “É isso que a CPI da Covid tem investigado, principalmente no Congresso Nacional. Por que o Brasil não quis comprar vacina na hora certa? Por que não respondeu à Pfizer? Por que não comprou as vacinas do consórcio Covax Facility coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)? É por isso que estamos vivendo coisas como essa nesse momento”, argumentou.
Por fim, o governador voltou solicitar que as alagoanas e os alagoanos procurem se vacinar – e se proteger. “Quem tiver na relação de pessoas que podem se vacinar, se vacine. Quem tomou a primeira dose, tome a segunda dose. E quem não tiver ainda se vacinado, busque se proteger: use máscara, use álcool em gel, lave as mãos quantas vezes puder e evite aglomerar porque isso tudo ajuda a pessoa a correr menos risco de adoecer. Esse é o enredo geral. Todo mundo já sabe”, finalizou.
Por Agência Alagoas