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Iphan divulga resultado do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial

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Com um montante de R$ 22 milhões, o edital se tornou o maior investimento na salvaguarda do patrimônio imaterial da história do Iphan

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, divulgou o resultado do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Das 190 propostas cadastradas, 58  foram selecionadas.

Com um montante de R$ 22 milhões, o edital se tornou o maior investimento na salvaguarda do patrimônio imaterial da história do Iphan.

O presidente do órgão, Leandro Grass, comemora o resultado do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e diz que ele só foi possível sob a liderança do presidente Lula e da ministra Margareth Menezes.

“Sob a liderança do presidente Lula, da ministra Margareth Menezes e da nossa gestão no Iphan, este edital voltou a ser lançado agora em 2023. Selecionando 58 projetos orientados a difusão, promoção, incentivo e fomento dos bens culturais e materiais. Estamos falando de gente, estamos falando de comunidades, estamos falando da cultura popular brasileira que, agora, receberá um investimento recorde de mais de R$ 22 milhões. Estamos aí quase que triplicando o que era previsto no início, porque nós acreditamos no patrimônio cultural brasileiro e acreditamos que incentivar as pessoas, os seus saberes, suas tradições, suas formas de fazer é fundamental para o futuro do nosso país”.

A coordenadora-geral de Identificação e Registro do Departamento de Patrimônio Imaterial do órgão, Diana Dianovsky, faz um histórico do edital e explica as razões dos investimentos voltados à salvaguarda do patrimônio imaterial terem passado de R$ 7,5 milhões, valor previsto inicialmente, para R$ 22 milhões.

“Esses editais de chamamento público do PNPI foram descontinuados a partir de 2016 e só foi retomado agora, em 2023, com um aporte inicial no edital que era de R$ 7,5 milhões de reais para projetos e programas da sociedade civil e de governos de estados e, também, de outras instituições federais que poderiam propor ações. Esse aporte de R$ 7,5 milhões já era um aporte inédito no edital do PNPI e, depois, com a quantidade de projetos que recebemos, a qualidade dos projetos que recebemos, a atual gestão fez a escolha acertada de aportar mais R$ 14,5 milhões, totalizando R$ 22 milhões de investidos em ações e projetos voltados para promoção e salvaguarda do patrimônio imaterial por meio deste edital de chamamento público. Este montante, 22 milhões de reais, é inédito”.

Já o coordenador de Apoio à Promoção e Sustentabilidade do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Rafael Klein, detalha o perfil das propostas selecionadas pelo instituto, no Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.

“Foram selecionados, ao todo, 58 projetos para as três linhas previstas no edital. Foram 29 projetos de identificação de vivências culturais, utilizando a nova metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais. 9 projetos de pesquisa sociolinguística utilizando o guia do Inventário Nacional da Diversidade Linguística, visando o reconhecimento de línguas como referência cultural brasileira, e 20 projetos para a promoção de ações educativas e de transmissão de saberes voltadas para bens já reconhecidos como patrimônio cultural do Brasil. Todos esses projetos contam com a anuência das comunidades detentoras e devem prever o ativo envolvimento de detentores na execução das atividades. Boa parte delas tem o foco do edital de serem executadas na região norte e nordeste, em comunidades indígenas, quilombolas e de matriz africana. Além disso, dos 58 projetos selecionados, 47 são de propostas de organizações da sociedade civil que serão executadas por meio de termo de colaboração, indicando aí uma grande participação, um grande engajamento da sociedade civil no planejamento dos projetos que vão ser executados”.

O Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial selecionou projetos em 23 estados brasileiros. Na região sul, foram 12 propostas. Do norte e do centro-oeste, foram 13, em cada um; no nordeste, 19 e, no sudeste, 22 iniciativas foram escolhidas.

Entre as selecionadas, 47 são termos de colaboração propostos por organizações da sociedade civil, 10 são termos de execução descentralizadas junto a instituições federais e uma é proposta de convênio a ser firmado com instituição estadual.

Fonte: Brasil 61

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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