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Esporte

Jogos Paralímpicos de Tóquio encerram com recorde de ouros para o Brasil

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Ao conquistar a última medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, uma prata, o maratonista Alex Douglas encerrou a melhor campanha do país em paralimpíadas. Os atletas brasileiros alcançaram 72 medalhas. Dessas, 68 foram de integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Um deles é Alex Douglas, que tem o Bolsa Pódio, a principal categoria do programa.

O Brasil ainda teve recorde de ouros, com 22 medalhas, superando as 21 dos jogos de Londres 2012, além de 20 pratas e 30 bronzes. O país encerrou os jogos na sétima colocação do ranking mundial. Foi em Tóquio que o Brasil chegou a sua 100ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos.

“O Programa Bolsa Atleta é fundamental para o desenvolvimento do esporte brasileiro. Se não fosse pelo Bolsa Atleta, os resultados seriam outros. O Bolsa Atleta tem uma importância muito grande para o que estamos vendo hoje e no que vimos em campeonatos anteriores porque é ele que oferece condições para que o atleta possa se desenvolver”, disse o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.

Das 22 medalhas de ouro obtidas, 20 delas foram alcançadas por esportistas do Bolsa Atleta, sendo 18 de integrantes da categoria Pódio. E das 20 medalhas de prata, 18 são de integrantes do Bolsa Atleta, assim como 100% dos 30 bronzes obtidos.

“O Bolsa Pódio faz muita diferença, ainda mais nesse ciclo que tivemos a pandemia, com tanta incerteza, com tanta coisa reduzida. Então, sou muito grata ao programa por não ter parado e dado essa estrutura para a gente chegar até aqui”, disse Alana Maldonado, medalha de ouro no judô na categoria até 70 quilos da classe B2, que recebe o Bolsa Pódio.

Em número total de pódios, os 72 de Tóquio igualaram a marca alcançada no Rio 2016. As medalhas foram obtidas em 14 modalidades das 20 em que o Brasil teve atletas inscritos.

Natação e atletismo em destaque

O atletismo foi a modalidade que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio. Foram 28, sendo 8 de ouro, 9 de prata e 11 de bronze. A natação obteve o seu melhor desempenho em toda a história dos jogos, com 23 medalhas, 8 delas de ouro, 5 de prata e 10 de bronze.

No atletismo, 65 esportistas estiveram na disputa por medalhas nos Jogos Paralímpicos. Desses, 64 fazem parte do Bolsa Atleta. E responde pelo maior repasse no ciclo Rio-Tóquio, com R$ 30,9 milhões.

Dos 36 convocados para a seleção brasileira de natação paralímpica em Tóquio, 32 são contemplados pelo Bolsa Atleta. O investimento nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 12,9 milhões. Dos 32 bolsistas, 29 integram a categoria Pódio, a principal do programa.

A nadadora Carol Santiago, da classe S12, foi o grande nome brasileiro no Centro Aquático de Tóquio com cinco medalhas. Integrante do Bolsa Pódio, ela garantiu quatro medalhas individuais, três de ouro e uma de bronze, e uma prata no revezamento 4x100m.

Resultados inéditos

Os Jogos de Tóquio trouxeram resultados nunca antes alcançados. A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, recebe o Bolsa Pódio e foi a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos.

Outro resultado inédito foi o primeiro ouro da história do halterofilismo em paralimpíadas. A responsável pelo feito foi a integrante do Bolsa Pódio, Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg na disputa entre atletas da categoria até 73kg.

Mais um deles foi a primeira medalha do Brasil da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. E foi um ouro com Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, atleta que integra o Bolsa Pódio.

Bolsa Atleta

Também garantiram medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio a atleta mais jovem que integra o Bolsa Atleta, Jardênia Barbosa, de 17 anos, e a atleta mais experiente contemplada pelo programa, Beth Gomes, de 56 anos.

Jardênia está na segunda bolsa do programa e conquistou a medalha de bronze no atletismo, nos 400m da classe T20. Já Beth, do atletismo, recebe o Bolsa Atleta desde 2007 e obteve a medalha de ouro no lançamento de disco da classe F53.

Investimento no esporte

O Brasil competiu em Tóquio com a maior delegação em Jogos Paralímpicos no exterior. Foram 259 atletas, incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro. Desse total, 236 são atletas titulares, dos quais 226 (95,7%) integram o Bolsa Atleta.

A delegação brasileira viajou ao Japão respaldada por um investimento de R$ 117 milhões do Governo Federal via Bolsa Atleta. Esse é o valor repassado historicamente, desde 2005, aos 226 esportistas do grupo que integram o programa. Só no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, são R$ 75 milhões investidos diretamente nos integrantes do elenco nacional. Em 15 das 20 modalidades em que o Brasil teve representantes, 100% dos atletas integram o programa.

Por Governo Federal

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Esporte

Ainda sonhando com título, Fla e Bragantino se enfrentam no Maracanã

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Rádio Nacional transmite partida atrasada da 30ª rodada do Brasileiro

Por Agência Brasil

Com a sequência de tropeços do Botafogo em seus últimos seis compromissos no Brasileiro (quatro derrotas e dois empates) a corrida pelo título da competição ficou aberta. E Flamengo e Bragantino, duas das equipes que ainda estão vivas nesta briga, medem forças a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (23) no estádio do Maracanã em jogo atrasado válido pela 30ª rodada da competição. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Ocupando a 6ª posição da classificação com 57 pontos, o Rubro-Negro sabe que é fundamental triunfar para continuar sonhando com o título do Brasileiro. Essa é a percepção do goleiro Rossi, que, em depoimento à Fla TV, afirmou que vencer faz o Fla entrar de vez na briga pelo título: “O Bragantino está fazendo uma grande temporada e também briga pelo título. Temos que fazer nosso trabalho e jogar com o coração para tentar conquistar a vitória, para continuar vencendo e para entrar mais ainda na briga pelo título. Vai ser um grande jogo e temos confiança de que tudo sairá bem”.

Uma possível formação que o técnico Tite pode escolher para a partida é: Rossi; Matheuzinho, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Filipe Luís; Pulgar, Gerson e Arrascaeta; Luiz Araújo, Everton Cebolinha e Pedro.

O Flamengo enfrenta uma das surpresas do Campeonato, o Bragantino, que ocupa a 4ª posição da classificação com 59 pontos. No entanto, a equipe não atravessa o seu melhor momento na competição. Segundo o técnico Pedro Caixinha, a razão desta oscilação é o estado emocional de seu time: “Aquilo no qual temos que nos agarrar é à nossa matriz de jogo, é acreditar nisso. Se começo a me preocupar com coisas que não controlo, perco o foco naquilo que tenho que fazer. Aquilo no qual temos que nos concentrar é na nossa matriz de jogo, que foi o que nos trouxe até aqui”.

Para este importante compromisso o Massa Bruta não poderá contar com o zagueiro Léo Realpe, que está suspenso. Ele deve ser substituído por Lucas Cunha ou por Lucas Rafael. Assim, considerando a formação da equipe diante do Botafogo, o Bragantino deve entrar em campo com: Cleiton; Aderlan, Lucas Cunha (Lucas Rafael), Léo Ortiz e Juninho Capixaba; Matheus Fernandes, Jadsom e Lucas Evangelista; Mosquera, Helinho e Eduardo Sasha.

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Esporte

Flamengo espanta má fase e vence Coritiba na estreia do Brasileirão

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Depois de dias turbulentos que culminaram na troca de técnico, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro da melhor forma possível. O Rubro-Negro fez 3 a 0 no Coritiba, na tarde deste domingo (16), no Maracanã e fecha a rodada inaugural da competição empatado com o Fluminense na liderança, com três pontos e três gols de saldo. Ayrton Lucas, Gabriel e Pedro foram os artilheiros da tarde.

O técnico argentino Jorge Sampaoli, anunciado na sexta (14) como novo comandante da equipe, chegou ao Rio na manhã de domingo e foi logo para as tribunas do Maracanã para assistir à partida. No campo, quem esteve à frente do time foi Mário Jorge, técnico da equipe sub-20 que atuou como interino.

Num ambiente de pressão pelos maus resultados recentes (perda do Campeonato Carioca e derrota para o Maringá pela Copa do Brasil), o Flamengo deu uma alegria ao torcedor logo no início do jogo. Aos 11 minutos, Ayrton Lucas arriscou de fora da área e acertou o canto esquerdo do goleiro Gabriel para abrir o placar com um belo gol.

O Rubro-Negro encontrou o segundo gol também no início, mas do segundo tempo. Gerson foi derrubado dentro da área, o juiz marcou pênalti e Gabriel converteu, encerrando um jejum de 10 jogos sem gols pelo Flamengo. De quebra, ele ultrapassou Índio e se isolou como 10º maior artilheiro da história do clube, com 143 gols.

Outros dois atacantes rubro-negros foram destaque na segunda etapa. Aos 23, Bruno Henrique entrou em campo depois de dez meses de recuperação de uma grave lesão no joelho direito.

Aos 30, Pedro substituiu Gabriel e aos 49 marcou o terceiro, após recuperar bola, tabelar com Victor Hugo e tocar por cima do goleiro Gabriel.

Corinthians supera Cruzeiro na estreia 

Outra equipe pressionada por um mau resultado recente (derrota por 2 a 0 para o Remo na Copa do Brasil), o Corinthians estreou com vitória diante do Corinthians na Neo Química Arena. Os gols foram marcados todos na segunda etapa.

Matheus Araújo, que substituíra Giuliano na primeira etapa, tabelou com Fausto Vera na entrada na área e tocou na saída do goleiro Rafael Cabral para abrir o placar para o Timão aos 22 minutos.

Aos 41, após cobrança de escanteio pela esquerda, Gil cabeceou e no rebote Róger Guedes marcou, ampliando para o Corinthians. O árbitro Anderson Daronco anulou o gol em um primeiro instante por falta de Gil, mas após consulta ao VAR, acabou confirmando o gol.

Aos 50 minutos, após escanteio pela direita, Lucas Oliveira apareceu para completar de cabeça e diminuir o placar.

Suárez perde pênalti, mas Grêmio bate Santos

A estreia do Grêmio – e do uruguaio Luis Suárez – no Brasileirão foi longe de casa, mas o torcedor gaúcho não deixou de comparecer. O Tricolor teve que atuar em Caxias do Sul devido a uma punição sofrida pela confusão causada pela torcida gremista em um jogo pela Série B de 2022. O retorno do Imortal à Série A, ao invés de acontecer na Arena do Grêmio, se deu no Alfredo Jaconi.

Isso não impediu que houvesse novo tumulto nas arquibancadas. No intervalo da partida, torcedores das duas equipes entraram em conflito justamente na área de separação das duas torcidas. Alguns santistas chegaram a invadir o espaço gremista e arrancar bandeiras, mas a confusão foi controlada.

Pouco antes disso, o Grêmio havia aberto o placar com um chute colocado de João Pedro de fora da área, vencendo o goleiro João Paulo.

Na volta para o segundo tempo, após consulta ao VAR, a arbitragem deu pênalti para o Grêmio após Messias derrubar Cristaldo na área. Luisito Suárez teve a chance de marcar pela primeira vez em um Campeonato Brasileiro, mas isolou a cobrança, por cima do gol.

Posteriormente, o venezuelano Soteldo foi expulso por dois cartões amarelos e o Santos não teve forças para igualar o placar.

Primeira rodada teve apenas um empate

Com a rodada inicial do Campeonato Brasileiro já concluída, nove equipes aparecem empatadas na primeira colocação, com três pontos, porém Flamengo e Fluminense têm saldo de três gols, enquanto o Athletico Paranaense tem dois. Outros seis clubes (Botafogo, Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Vasco e Grêmio) têm um gol de saldo. Fortaleza e Internacional foram responsáveis pelo único empate do primeiro fim de semana do Brasileirão.

Após rodadas da Libertadores e da Copa Sul-Americana no meio de semana, o Campeonato Brasileiro retorna no próximo fim de semana.

Por Agência Brasil

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Esporte

Atletismo paralímpico: brasileiras quebram 3 recordes mundiais em SP

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Um dia após a velocista acreana Jerusa Geber, da classe T11 (cegas), superar o recorde mundial paralímpico dos 100 metros, o Circuito Loterias Caixa de atletismo foi palco neste domingo (26) de outras duas quebras de índices. No lançamento de dardo, a paulista Beth Gomes, da classe F53 (cadeirantes), estabeleceu uma nova marca internacional: 13,69 metros. O índice anterior – 11,89m – fora obtido pela ucraniana Lana Lediedieva, em 2021, na Paralimpíada de Tóquio. Quem também brilhou hoje (26), no último dia do Circuito, no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), em São Paulo, foi a pernambucana Ana Cláudia da Silva, da classe T42 (deficiência nos membros inferiores,sem uso de prótese), ao alcançar 4,13m no salto em distância. O índice anterior era de 4,03m. 

Em meio ao ciclo paralímpico para Paris 2024, os resultados deste fim de semana são um incentivo a mais para atletas de alto rendimento, como Beth Gomes, de 58 anos, atual recordista mundial no arremesso de peso e no lançamento de disco (classe F52), além de medalhista de ouro no lançamento de disco nos Jogos de Tóquio. 

“Estou vindo de uma preparação muito boa. Mas, com essa mudança de classe, foi uma surpresa para mim. As provas de dardo estão no programa dos Jogos de Paris 2024 e pretendo me dedicar bastante para buscar uma medalha também, além do disco, que é a minha prova principal”, afirmou a atleta, diagnosticada nos anos de 1990 com esclerose múltipla, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 

A recifense Ana Cláudia da Silva, que competiu na Rio 2016 e em Tóquio 2020,  também festejou muito a façanha de superar o índice mundial no salto em distância. 

“Estávamos fazendo saltos próximos a essa marca nos treinos e hoje tivemos a felicidade de conseguir esse feito. O trabalho do atleta é duro e árduo e chegar a um recorde mundial não é de um dia para o outro”, admitiu Ana Cláudia, que sofreu uma queda e fraturou o fêmur quando tinha seis anos. 

No sábado (25), a acreana Jerusa Geber – medalhista  em Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020 –  superou a própria marca, o recorde mundial da prova dos 100 m da classe T11 (cegas). Geber completou a distância em 11s83, baixando em dois centésimos o índice obtido por ela mesma em 2019, também o CTP,  em São Paulo.

Na história, apenas outras três atletas completaram 100m em menos de 12 segundos nos últimos quatro anos: as chinesas Cuiqing Liu e Guohua Zhou, além da britânica. 

“Estava perseguindo o recorde já no Grand Prix de Marrakech [Marrocos], início de março, que foi a primeira competição do ano. Mas era para conseguir aqui, na minha casa. Eu gosto muito desta pista e me sinto bem nela”, disse Jerusa, que nasceu totalmente cega.

Todos os  recordes mundiais ainda necessitam de homologação pela Word Para Athletics (WPA), ligado ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). A expectativa é de que o trâmite ocorra em breve, uma vez que o Circuito atende a todos os critérios estabelecidos pelo IPC. O Circuito Caixa, idealizado e organizado pelo CPB, reuniu 324 atletas neste fim de semana (sábado e domingo), tanto na na pista, quanto no campo do CTP, em São Paulo. 

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