O Ministério das Comunicações vai instalar 12 mil novos pontos de internet em escolas da rede pública do país nos próximos quatro meses. A iniciativa é parte do Programa WiFi Brasil e pretende conectar todos os estabelecimentos de ensino à rede mundial de computadores até o fim de 2022.
Durante solenidade no Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que durante a pandemia 25 mil escolas brasileiras não tinham acesso à internet. Hoje, 9.853 pontos de internet do WiFi Brasil já estão funcionando nas escolas. Com as novas instalações, a cobertura deve chegar a 90% dessas unidades de ensino até o início do segundo semestre.
“Nós estamos conectando [à internet], em média, três mil escolas por mês. Do montante de escolas que não tinham internet, nós temos, hoje, sem internet, 14,5 mil escolas. A gente está assinando um contrato com a Telebras e com a RNP [Rede Nacional de Ensino e Pesquisa] em que vamos conectar 12 mil escolas, nos próximos quatro meses. Ficaremos apenas com 2,5 mil escolas restantes para que a gente leve conexão no segundo semestre. E a promessa será cumprida: vamos entregar 100% das escolas conectadas”, garantiu o ministro.
Os 12 mil novos pontos de internet vão ajudar a zerar o número de escolas sem acesso à rede nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Nordeste, os estados de Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte também estarão 100% conectados. Os demais estados nordestinos e a Região Norte devem receber cobertura integral para todas as escolas públicas até dezembro, disse Fábio Faria. “Essas crianças precisam estudar, precisam se conectar, precisam ter voz e a gente vai dar voz a quem não tinha”, completou.
Márcio Migon, ex-coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), diz que a articulação entre a Telebrás e a RNP é um avanço institucional e que a instalação dos pontos de internet em todas as escolas públicas consolida um avanço buscado pelo Executivo. “No estágio em que nos encontramos, a comunicação por banda larga ou WiFi é tão importante ou mais do que a telefonia, para a qual toda a legislação foi desenhada”, afirma.
Dos 9.853 pontos de internet instalados nas escolas até o momento, 93% são em áreas rurais. Segundo Migon, o acesso à internet nesses locais traz benefícios que excedem a sala de aula.
“Essa é a grande beleza da internet, Chegando nas escolas, esse potencial fica ainda mais alavancado, que é permitir o acesso das comunidades locais a essa nova tecnologia, que é uma tecnologia habilitadora, na medida em que viabiliza um sem número de aplicações e soluções para a vida daquelas comunidades. Fico otimista com as inovações que vão surgir localmente, com as iniciativas da sociedade a partir de tudo isso”, comemora.
Programa WiFi Brasil A cobertura integral das escolas brasileiras com internet é parte do Programa WiFi Brasil, o qual visa também instalar antenas e roteadores em assentamentos rurais, unidades básicas de saúde, aldeias indígenas e telecentros comunitários. Outra vertente da iniciativa tem o objetivo de disponibilizar antenas nas praças públicas com acesso livre e gratuito ao público em geral. Segundo o governo, dos 15 mil pontos já instalados, mais de 10 mil estão em áreas rurais e isoladas dos centros urbanos.
A CAIXA paga, nesta segunda-feira, 25 de novembro, nova parcela do Programa Pé-de-Meia para os estudantes do Ensino Médio Regular e Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos, a EJA, nascidos nos meses de janeiro e fevereiro.
O incentivo será creditado na conta Poupança CAIXA Tem e os valores podem ser movimentados pelo CAIXA Tem.
O estudante pode pagar contas, fazer transferências e PIX, direto no aplicativo. Além disso, pode movimentar os valores com o cartão do programa, fazendo compras e pagamentos.
O Programa Pé-de-Meia apoia a permanência e a conclusão escolar dos estudantes matriculados no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos da rede pública.
Para mais informações sobre os pagamentos do Pé-de-Meia, acesse: www.caixa.gov.br.
Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01
Por agencia Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.
Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.
“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.
O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.
“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.
Anistia
Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.
“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.
Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.
“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.
Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.
“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.
Ataque
Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).
Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.
Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais.
Novos cursos negados
Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.
Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.
Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.
“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”
Os impactos para as cidades negadas
Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.
Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação.
“Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”