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Pesquisa mostra ampliação do uso do Pix como forma de pagamento

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Segundo uma pesquisa sobre ampliação do uso do Pix como forma de pagamento, 66% dos entrevistados já fizeram pagamentos para profissionais liberais e trabalhadores informais via Pix. Além disso, 72% das transações são feitas entre pessoas físicas. É o que mostra o estudo “Pix no Brasil: Cenário e Oportunidades” da Capco, consultoria global do Grupo Wipro. 

A pesquisa indica que a ferramenta vem criando novas oportunidades de negócio e facilitando operações para consumidores, empreendedores e até pessoas físicas que fazem transações usuais do dia a dia. Quem pode confirmar essa análise na prática é Ana Rayssa da Silva, fotógrafa do Distrito Federal que atua no próprio negócio e tinha dificuldades com pagamentos por TED ou DOCs. 

“Antes era muito problemático depender das transferências bancárias. Primeiro por causa dos horários. Ficávamos presos nos horários dos bancos e, muitas vezes, era necessário esperar até o dia seguinte para o dinheiro cair na conta. Isso prejudicava o fluxo do controle de caixa”, conta.

Antes do PIX também havia as taxas de transferência entre bancos diferentes, que ela avalia como um outro problema. “Agora, com o Pix, tudo melhorou. Não tem mais taxa de transferência e, principalmente, estamos livres da dependência do horário bancário. O que facilita não só a vida do fornecedor mas também a do cliente, que não fica ansioso sem saber se o dinheiro caiu ou não”, pontua.

A pesquisa ainda mostra cenários que podem ser estudados para um melhor desenvolvimento da ferramenta. A possibilidade de parcelar compras com Pix, por exemplo, está nos planos do Banco Central para 2023. Quase metade dos entrevistados do levantamento, 40%, indicam que ficariam mais propensos a migrar dos pagamentos em cartão para o Pix com esse parcelamento. 

O uso dos cartões de crédito ou débito ainda é preferido hoje por 66% dos entrevistados, que justificaram os sistemas de recompensas como argumento pela preferência, como programa de fidelidade, descontos e cashback, entre outros. A segurança dos pagamentos com Pix também vem sendo debatida.

A pesquisa conclui que, apesar da grande aceitação e eficiência em transferências de dinheiro, o Pix precisa de alguns ajustes para atingir todo o potencial como meio de pagamentos no varejo. Fatores como o tempo para realização das operações e a falta de recompensas do sistema, como acontece com os cartões de crédito, são alguns dos exemplos de implementação que beneficiariam ainda mais a utilização.

“Nossa análise indica que o tempo que o cliente leva para realizar um pagamento via Pix pode ser até duas vezes maior na comparação com outros meios de pagamentos físicos. É essencial, portanto, que as instituições financeiras otimizem suas jornadas de operação do Pix, reduzindo o tempo necessário para a realização de pagamento por este meio”, destaca Aline Lemos, consultora da Capco Brasil.

O que é Pix

Yuri Bezerra, advogado especialista em Direito Civil, explica o surgimento dessa ferramenta. 

“O sistema de pagamento Pix foi instituído pelo Banco Central e teve início de transações em 16 de novembro de 2020. A proposta inicial é a criação de um sistema eletrônico que possibilite transações de valores 24 horas por dia, sete dias por semana, sem a cobrança de taxas e de forma instantânea. A ideia inicial desse sistema é possibilitar transações eletrônicas de valores como se fosse uma verdadeira troca de valores cara a cara, em substituição ao TED e ao DOS”, conceitua.

Jonas Sales, advogado diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor e vice-presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF, ressalta que uma das dicas importantes para manter a segurança é se atentar aos dados pessoais das chaves. 

“Sempre utilizar aquela chave aleatória, aquela chave que você faz na hora ali no aplicativo. Porque se você passa seu CPF ou seu número de telefone, isso facilita com que um possível golpista tenha mais facilidade de acesso aos seus outros dados. E com isso pode praticar condutas criminosas”, aconselha.
 

Fonte: Brasil 61

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Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia

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Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01

Por agencia Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.

Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.  

“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.

“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.

Anistia

Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.

“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.

“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.

Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.

“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.

Ataque

Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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Brasil

Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos

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Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).

Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.

Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais. 

Novos cursos negados

Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.

São eles:

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Veja mais: Medicina: MEC nega abertura de 9 novos cursos; decisão impacta formação de médicos no país, defende entidade

O que sustenta as negativas?

Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.  

Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.

“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”  

Os impactos para as cidades negadas

​Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.

​Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação. 

“​Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”

Fonte: Brasil 61

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Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.

Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.

O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.

“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua. 

Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
  • Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
  • Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.

Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.

Fonte: Brasil 61

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