A realização de cirurgias cardiovasculares de alta complexidade na rede hospitalar pública de Alagoas foi retomada nessa terça-feira (19). A aposentada Maria Salete Gomes da Silva, 73 anos, foi a primeira paciente a receber o aparelho de marcapasso durante procedimento realizado no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e localizada no bairro Cidade Universitária, em Maceió.
O marcapasso é implantado através de uma incisão [corte na pele] realizada na região do tórax, embaixo da clavícula. Por meio desse corte, os eletrodos são levados até o coração, por dentro de veias calibrosas, que passam pela região do ombro. O dispositivo emite estímulos elétricos até o coração, fazendo com que atinja uma frequência cardíaca regular.
A filha da aposentada Maria Salete Gomes da Silva, que preferiu não se identificar, relatou que a mãe estava se sentindo muito fraca quando resolveu procurar um médico. Após ser atendida e passar por exames, ela descobriu que precisava passar por um procedimento para a colocação de um marcapasso.
“Minha mãe tem o coração fraco. A gente chegou lá no hospital e ela estava com as pernas inchadas. A médica pediu os exames e, a partir deles, descobriu que o coração dela estava muito fraquinho. O primeiro atendimento foi em Arapiraca, depois ela foi encaminhada para o HGE, antes de ser transferida para cá. A gente espera que o marcapasso melhore a qualidade de vida dela.”, disse a filha da aposentada Maria Salete Gomes da Silva.
De acordo com o médico cardiovascular, José Kleberth Tenório Filho, a cirurgia da paciente foi um sucesso. “Estamos iniciando no HMA o serviço de estimulação cardíaca artificial em Alagoas. É com um grande prazer que anuncio o início dessas atividades, asseguradas pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde. Esse serviço estava temporariamente indisponível para os alagoanos, mas, a partir de agora, iremos dar suporte aos pacientes que chegam à Rede Hospitalar Pública, com bloqueios cardíacos graves, e que necessitam de um implante de marca-passo”, explicou o médico.
Por Agência Alagoas