Brasil e Comitê Russo disputaram a primeira semifinal masculina do vôlei sentado da Paralimpíada de Tóquio (Japão). Os russos confirmaram o favoritismo, reforçado por uma campanha invicta até o momento, com três vitórias na primeira fase, e ganharam dos brasileiros, de virada, pelo placar de 3 sets a 1.
O Brasil chegou à semifinal no saldo de pontos, em campanha com uma vitória e duas derrotas. As parciais do jogo de hoje (2) foram de 25 a 22 para o Brasil; e de 25 a 21; 25 a 19; e 25 a 19 nos sets seguintes para os russos.
A outra semifinal, entre Irã e Bósnia Herzegovina – em curso nesta manhã – definirá o adversário da Rússia, na disputa pela medalha de ouro. Quem perder enfrentará o Brasil, na disputa pelo bronze, no sábado (4), às 2h (horário de Brasília).
Após abrir uma vantagem no primeiro set por 2 a 0, os russos conseguiram se recompor e virar para 4 a 2 o placar, tendo como destaque Shestakov. A partida se manteve equilibrada, com o Brasil se aproximando no placar, ficando a um ponto dos russos, em 10 a 9.
O Brasil passou a emplacar pontuações seguida, possibilitando a virada do placar em 22 a 19. Após alguns set points a favor do Brasil – dificultados pela eficiente defesa russa – a seleção conseguiu superar o favoritismo do adversário e fechar o primeiro set em 25 a 22. Giba anotou sete pontos para o Brasil .
Segundo set
O segundo set começou com os russos novamente abrindo vantagem inicial: três pontos quando o placar estava em 8 a 5; e a seis, quando ficou em 13 a 7. Aos poucos, o Brasil foi encostando no placar até chegar a 15 a 12, após uma sequência de cinco pontos seguidos.
A adrenalina aumentou, a ponto de, em meio a uma reclamação, o destaque brasileiro Giba levar cartão amarelo. Os russos aproveitaram o momento e conseguiram chegar a 22 pontos contra 18 do Brasil, que ainda ameaçou uma reação, chegando a 21 pontos quando os russos estavam em 23. Os russos então se recompuseram e fecharam o set em 25 a 21, empatando a partida em 1 set a 1.
Terceiro set
A terceira parcial começou com o Giba demonstrando a qualidade de seu ataque, colocando o Brasil com uma pequena vantagem de 2 a 1. Os russos então reagiram e retomaram as rédeas da partida, fazendo 7 a 4. A vantagem aumentou após erro de saque pelo time brasileiro. Com o placar em 8 a 4 para os adversários, a seleção pediu tempo técnico.
Ao retomar a partida, os russos voltaram a demonstrar superioridade e, com um ponto de saque, ampliaram a vantagem para 11 a 6. Em uma paralela, o Brasil diminui a diferença para 11 a 7, e após uma variação para jogada em diagonal fez outro ponto.
Bem centrados no jogo, os jogadores russos não se deixaram influenciar pela reação verde e amarela e marcaram dois pontos seguidos de saque. O placar chegou em 14 a 8 e, novamente, foi pedido tempo técnico para o Brasil.
“Não vamos desistir”, ouvia-se do banco brasileiro. O time voltou mais agressivo para fazer o nono ponto. Novamente os russos não se deixam abalar e ampliam a diferença no placar, para 16 a 9.
A seleção voltou a ter intensidade no jogo, chegando a 18 a 15. Com um bloqueio do Tiago, o placar chegou a 19 a 16. A disputa seguiu acirrada, em jogo de muitos bloqueios e de recuperação de bolas difíceis, mas os russos mostraram por que chegaram ao jogo como favoritos, forçando saques para dificultar a armação de jogadas dos brasileiros..
Explorando o bloqueio, a equipe russa manteve a vantagem em 23 a 18, quando novo tempo técnico foi pedido pelo Brasil.
Ao retornar, no entanto, os russos se mantiveram superiores em quadra e fecharam 25 a 19 com um bloqueio, virando o placar para 2 sets a 1.
Vitória russa
O quarto set era de vida ou morte para o Brasil, que começa o jogo explorando novamente Giba: ele já fizera pontos de bloqueio e de ataque, quando a partida estava em 3 a 3. Os russos abriram dois pontos de vantagem, em 6 a 4, após uma carregada de bola pelo time brasileiro.
Diante da superioridade russa, foram pedidos dois tempos técnicos pelo time brasileiro em um curto período, quando o placar estava em 8 a 5 e em 11 a 6 para o Comitê Russo.
A situação ficou dramática, com o Brasil voltando a errar saques e com o ataque russo mostrando eficiência para fazer 14 a 7. Em seguida, com uma forte cortada de Milenim, os russos fazem o 16º ponto, quando o Brasil tinha apenas 10.
A qualidade técnica russa manteve a vantagem, mesmo diante da raça demonstrada pelo time brasileiro que, em nenhum momento arrefeceu, mesmo quando estava atrás no placar, por 22 a 13.
O esforço brasileiro conseguiu diminuir a diferença, fazendo quatro pontos seguidos: 22 a 17. Os russos, no entanto, retomaram o controle, fechando o set em 25 a 19 e sacramentando a vitória por 3 sets a 1.
Por Agência Brasil