Brasil
Especialistas alertam que é preciso repensar o gerenciamento costeiro
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2 anos atrásem
Um grande número de pessoas em situação de vulnerabilidade vive atualmente em regiões de alto risco no Brasil, que tem um histórico de desigualdades sociais e de não efetivar políticas fundiárias. Cerca de 2,47 milhões de domicílios estavam nessa situação em 2018, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa é que pelo menos 8 milhões de brasileiros estão sob grave risco e podem ser vítimas de uma tragédia como a que aconteceu durante o último carnaval em São Sebastião, no litoral norte paulista, e que causou a morte de ao menos 64 pessoas somente na cidade, segundo o último boletim divulgado pelo governo de São Paulo.
“Uma área de risco é um local que está mais suscetível a sofrer alterações, a partir de processos naturais, como a chuva, que são perigosas para a vida humana. Uma região é considerada de risco quando existem instalações humanas que podem sofrer com esses processos naturais, que podem ou não serem ampliados pela ação antrópica [a ação do ser humano sobre o meio ambiente]”, explicou a geógrafa Ana Paula Ichii Folador, que fez um mapeamento sobre a Justiça e o racismo ambiental em São Sebastião.
Temporal provoca deslizamentos na Barra do Sahy – Rovena Rosa/Agência Brasil
“De maneira geral, área de risco é um local em que as pessoas estão expostas a perigo ou algum tipo de ameaça que pode prejudicar a vida dela ou seus bens e patrimônios”, segundo o arquiteto e urbanista Anderson Kazuo Nakano, professor do Instituto das Cidades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que “há perigos de ordem geológica, como é o caso dos riscos de deslizamentos de encostas de morro e rolamento de rochas, corredeiras e lama. Há também os perigos e as ameaças de ordem hidrológica, que são trazidas pelas inundações, enchentes e transbordamento de rios e de córregos. E há também outros tipos de ameaças como solos contaminados”.
Essas áreas de grande risco no Brasil, sujeitas a enchentes ou deslizamentos de morros, são habitadas principalmente por uma população mais vulnerável, que não consegue pagar para morar mais próximo ao local de trabalho ou em uma área considerada segura, pelo alto custo.
“A maior parte da população que não tem recursos econômicos e não pode contar com políticas urbanas habitacionais, acaba acessando a terra em uma situação segregada, precária, informal, periférica. E são áreas muitas vezes construídas com os próprios recursos dos moradores. Você tem uma tradição histórica de produção de espaço urbano estruturado por profundas desigualdades socioespaciais. Essa é uma característica recorrente nas nossas cidades”, disse Nakano. A isso, segundo o urbanista, se dá o nome de racismo ambiental.
“Podemos dizer que há justiça ambiental quando os problemas ambientais existentes afetam da mesma maneira todos os segmentos da população. Na medida em que temos alguns segmentos mais vulneráveis sendo expostos a mais problemas ambientais, enquanto outro segmento privilegiado tem condições de se proteger desses mesmos problemas, podemos dizer que há injustiça ambiental. Quando essa injustiça ambiental afeta populações negras, pardas ou tradicionais, como os caiçaras ou os quilombolas no litoral paulista, caracterizamos isso como racismo ambiental”, explica Rubia Gomes Morato, professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo e coordenadora do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento Professor André Libault (LabCart).
No Brasil, essa diferença é tão gritante que a população pobre é separada da população rica de forma bem delimitada. No caso de São Sebastião e de outras cidades litorâneas paulistas, essa demarcação é feita por uma rodovia, a Rio-Santos.
“A Rio-Santos é um marcador importante que divide as áreas mais valorizadas e com melhor infraestrutura urbana, próximas às praias, destinadas em boa parte ao turismo, enquanto as áreas menos valorizadas pelo mercado imobiliário, não raramente em áreas de risco, são as únicas acessíveis para a população de baixa renda”, disse Rúbia.
Rio-Santos interditada parcialmente entre o centro de São Sebastião e o bairro Barra do Sahy – Rovena Rosa/Agência Brasil
O problema é que, principalmente no litoral norte paulista, a faixa de terra plana, possível para ser urbanizada, é bem estreita, descontínua e encravada entre o mar e as escarpas da Serra do Mar. Sem uma política fundiária, a faixa mais próxima ao mar acaba sendo destinada aos mais ricos. “A faixa mais próxima da orla marítima, mais próxima à praia, é ocupada predominantemente por hotéis, por restaurantes caros, por condomínios residenciais de alto padrão, com moradias de veraneio e residências que ficam boa parte do ano ociosas. Esses condomínios são interligados pela Rodovia Rio-Santos”, explicou Nakano.
Sem conseguir pagar por essa faixa de terra mais segura e plana, a população mais pobre, por sua vez, passa a construir suas moradias mais próxima das escarpas da Serra do Mar, ou então começam a subir o morro e se colocam cada vez mais em risco. Esse é um histórico da Vila do Sahy, em São Sebastião, local que foi mais atingido pela tragédia das chuvas ocorrida no último carnaval.
Vila do Sahy
Casa destruída em deslizamento na Barra do Sahy após tempestade no litoral norte de São Paulo – Rovena Rosa/Agência Brasil
Os primeiros habitantes de São Sebastião, lembrou a geógrafa Ana Paula, foram os indígenas guaranis, que hoje passaram a ocupar uma área muito limitada na região. Depois, no período colonial, essa região litorânea passou a ser ocupada para o escoamento de açúcar e café produzido no Vale do Paraíba. Mas com o fim do ciclo da agricultura de exportação, as fazendas que ali existiam foram desativadas e as áreas das antigas plantações foram retomadas pela floresta ou ocupadas por famílias caiçaras.
“A região ficou isolada e a população dali se voltou para a agricultura de subsistência, pesca e artesanato. Essa condição foi essencial para a preservação do local, enquanto o restante do território paulista passava por um intenso processo de degradação”, disse Ana Paula, em entrevista à Agência Brasil.
Mas com o início da construção de rodovias e a implantação de energia elétrica, lotes na região passaram a ser negociados. “Esses lotes de terra tinham como finalidade servir ao turismo, como o turismo de veraneio, onde a elite paulistana mora na capital e tem a sua segunda moradia no litoral. Tudo isso foi construído em cima de muito desmatamento e violência contra os que já moravam ali e preservavam esse lugar com seu próprio modo de vida cultural e tradição. Além disso, teve muita migração para trabalhar na construção da plataforma da Petrobras, na construção das rodovias e posteriormente, para se trabalhar no turismo”, acrescentou.
Na Vila do Sahy, por exemplo, a ocupação teve início entre as décadas de 80 e 90, com a construção da Rodovia Rio-Santos. “Os trabalhadores que foram para o município na década de 80 para trabalhar no asfaltamento e abertura da Rio-Santos e, depois, na construção dos condomínios das casas e da infraestrutura, não tinham muito espaço para construir suas moradias. Não havia política pública e eles não tinham recursos necessários para acessar as terras mais seguras e mais distantes das escarpas da Serra do Mar. Então, eles foram ocupando a parte dessas áreas mais alargadas que já adentravam em direção ao pé dessas escarpas da Serra do Mar e acabaram mais expostos a esses riscos de deslizamentos. E, com o processo de crescimento e adensamento populacional, e com a continuidade da não implementação de políticas urbanas e habitacionais que propiciassem o acesso a uma terra urbana e segura e moradia adequada, essas pessoas começaram a subir as encostas das escarpas da Serra do Mar”, explica o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano.
“E esse foi o caso da Vila do Sahy. Você ali tem moradias não só no pé das escarpas da Serra do Mar, mas subindo já encostas com declividades altíssimas, quase verticais. Isso criou uma situação de alto risco”, disse.
Uma situação que o Ministério Público já chamou de “tragédia anunciada”, como consta em um documento que o órgão encaminhou à prefeitura de São Sebastião, em 2021, solicitando uma solução para os moradores da Vila do Sahy. Um pedido que nunca foi atendido.
Turismo elitista
Casas destruídas em deslizamento na Barra do Sahy após tempestade no litoral norte de São Paulo – Rovena Rosa/Agência Brasil
Para não condenar essas populações a tragédias como a que acabou ocorrendo na Vila do Sahy, em São Sebastião, o Brasil precisa repensar o seu gerenciamento costeiro, defende Nakano. “Precisamos repensar o gerenciamento costeiro não só em relação às chuvas e ao aumento das chuvas, mas também em relação à elevação do nível do mar. A maior parte das cidades brasileiras estão nas zonas costeiras, que foi a faixa onde a gente começou o processo de colonização. A gente precisa aperfeiçoar e mudar completamente os procedimentos de gerenciamento costeiro, articulando com todas as demandas de atendimento social, mas também com políticas ambientais e, principalmente, protetivas”, defende.
Nakano defende ainda que o país estabeleça uma política de distribuição de terras. “É necessário fazer uma política de terras, coisa que o Brasil nunca fez, principalmente para a classe trabalhadora. O poder publico precisa coordenar o processo de distribuir a terra urbanizada, dotada de infraestrutura viária, de saneamento básico, de fornecimento de energia elétrica, de espaços para equipamentos comunitários e públicos. Hoje isso acaba ficando na mão de loteadores e seguindo a lógica do mercado. Nunca se teve um agente público responsável pela produção dessas terras urbanas e pela distribuição dessas terras urbanas para a construção de moradias, principalmente para a classe trabalhadora. Essa classe tem que acessar a terra, sem essa urbanização prévia, porque ela não consegue comprar um lote urbanizado que é caro”, disse o urbanista.
Os especialistas alertam também que o país precisa repensar o modelo que privilegia o turismo elitista. “Tem que se repensar o próprio modelo de condomínios de alto padrão, porque eles ficam ociosos, e às vezes por anos. São casas grandes, com terrenos grandes e que muitas vezes é usado menos de um mês por ano. E quando é usado, é usado por uma quantidade mínima de pessoas. É um desperdício de espaço, de infraestrutura, de terra urbanizada. Tem que se repensar esse modelo porque é um modelo excludente, segregatório e que está colocando a vida das pessoas em risco”, alerta Nakano.
“O turismo de elite, com certeza, é algo que deveria ser repensado ali porque ele não é nada sustentável. Isso acontece no Brasil todo. O turismo sustentável chega, toma conta, destrói áreas naturais, sobe o preço dos imóveis e empurra a população local para áreas indesejadas”, acrescentou Ana Paula.
Outro ponto que precisa ser considerado para evitar essas tragédias, dizem eles, são as mudanças climáticas, que tornam mais frequentes as ocorrências de eventos extremos. “As mudanças climáticas podem agravar ainda mais o problema existente. Um bom planejamento não deveria considerar chuvas próximas da média, mas também os eventos extremos, que não ocorrem com a mesma frequência, mas não deixam de acontecer. E quando esses eventos extremos ocorrem, as consequências podem ser muito sérias para a população”, alerta Rubia.
Para ela, a falta de políticas habitacionais e fundiárias no Brasil está colocando toda uma população vulnerável em risco. “A falta de uma boa política habitacional de modo consistente e contínuo coloca em risco a vida da população de baixa renda. Isso é inadmissível. As políticas públicas deveriam priorizar o bem-estar da população. O Estatuto da Cidade já tem mais de duas décadas e ainda vemos muitos problemas se repetindo. A população de baixa renda não ocupa áreas de risco por opção. É por falta de alternativas devido aos altos preços produzidos pela especulação imobiliária, que torna as áreas seguras, com infraestrutura urbana e próximas dos locais de trabalho ou estudo muito caras e inacessíveis para muitos”, disse a coordenadora do LabCart.
“Para enfrentar esse problema é necessário combater a especulação imobiliária e adotar um planejamento urbano focado no bem-estar de toda a população, sem deixar de fora a população de baixa renda, além de respeitar limites ambientais para garantir a segurança”, acrescentou.
Por Agência Brasil
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Brasil
Barroso defende responsabilização de quem atenta contra a democracia
Publicado
1 semana atrásem
14 de novembro de 2024Presidente do STF sinalizou ser contra anistia dos condenados de 8/01
Por agencia Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal revelam a necessidade de responsabilização de quem atenta contra a democracia.
Durante abertura da sessão desta tarde, Barroso disse que as explosões demonstram a tentativa de deslegitimar a democracia no Brasil.
“A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil – a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições. Reforça também e, sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.
O presidente também disse que o episódio mostra a periculosidade das pessoas com as quais a Corte lida.
“Apesar de estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, precisamos, como país e sociedade, de uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, declarou.
Anistia
Barroso também citou os atos golpistas de 8 de janeiro e sinalizou ser contra a anistia aos condenados pela Corte.
“Relativamente a este último episódio, algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar”, completou.
Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, afirmou que as explosões não se tratam de um fato isolado. Segundo o ministro, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram “largamente estimulados” pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro.
“As investidas contra a democracia têm ocorrido explicitamente, à luz do dia, sem cerimônia nem pudor. Condutas como as de ontem, juntam-se a diversas outras já vivenciadas”, disse.
Mendes também aproveitou para defender a regulação das redes sociais e também rechaçou a possiblidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro.
“A meu sentir, a revisitação dos fatos que antecederam aos ataques de ontem é pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais e sobre eventuais propostas de anistiar criminosos”, completou.
Ataque
Vídeo das câmeras de segurança do STF mostram o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atirando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte e, em seguida, acendendo outro no próprio corpo. Momentos antes, o carro dele também explodiu no estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.
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Brasil
Com cursos de medicina negados, Norte e Nordeste têm maior carência de médicos
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2 meses atrásem
17 de setembro de 2024Enquanto a média de profissionais médicos recomendados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser de 3,73/1000 habitantes, cidades das regiões Norte e Nordeste do país têm menos de dois médicos por mil habitantes. É o que mostra um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).
Estados como o Maranhão, na região Nordeste, e o Pará, na região Norte, contam com os menores índices de médicos por mil habitantes: 1,13 e 1,22, respectivamente. Outros estados também se destacam negativamente pela falta de profissionais, como o Piauí, com 1,40 médico, Acre, com 1,46 médico, Bahia, com 1,90 médico e Ceará, com 1,95 médico por mil habitantes.
Somando as regiões Norte e Nordeste, são mais de 71 milhões de habitantes e apenas 130 mil médicos, números que reforçam a carência de profissionais.
Novos cursos negados
Para ampliar o número de cursos de Medicina e de vagas nessas regiões, diversos centros universitários pedem junto ao MEC, ou por meio de ações na justiça, a abertura dessas vagas. Só na última semana, segundo levantamento da AMIES, de 13 pedidos nas regiões Norte e Nordeste seis foram indeferidos pelo MEC. Os outros sete ainda estão em processamento.
São eles:
O que sustenta as negativas?
Um dos motivos para o MEC indeferir os pedidos de aumento de vagas e abertura de novos cursos é que os municípios onde os cursos seriam abertos estão acima da recomendação da OCDE — de 3,73 médicos por mil habitantes. O que não justificaria a necessidade de novas instituições superiores de Medicina.
Mas a AMIES contesta, pois o MEC está considerando apenas os municípios onde as faculdades seriam criadas e não a região de saúde que atenderia toda a população, explica a advogada.
“Esses indeferimentos, caso mantidos em esfera recursal, significam que os municípios e suas regiões de saúde deixarão de ganhar. Seja no curto prazo, com atendimento médico à população carente, que é realizado pelos estudantes, professores e tutores. Seja a longo prazo, com a não formação de profissionais que seriam inseridos no mercado de trabalho e os médicos que atenderiam em UPAs, hospitais e consultórios.”
Os impactos para as cidades negadas
Caso o Ministério da Educação mantenha o entendimento de que somente municípios com menos de 3,73 médicos por mil habitantes precisam de mais médicos, sem considerar os dados das regiões de saúde onde estão inseridos os municípios, poderão haver 43 pedidos de abertura de novos cursos de Medicina negados pelo MEC nos próximos meses. É o que aponta um levantamento da AMIES.
Segundo a entidade, se essa expectativa for confirmada, essas regiões continuarão lutando com a falta de profissionais e deixarão de ter novos profissionais formados ao término do ciclo da graduação.
“Além disso, os municípios deixarão de arrecadar cerca de R$ 280 milhões ao longo de seis anos – período necessário para a conclusão do curso de Medicina. Esse valor representa uma média do que essas 43 instituições pagariam de impostos, caso recebessem a autorização de funcionamento do MEC.”
Fonte: Brasil 61
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Brasil
Inscrições para Fies do 2º semestre vão até 27 de agosto
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3 meses atrásem
27 de agosto de 2024As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre podem ser feitas pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) até dia 27 de agosto. É necessário ter uma conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.
Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre podem solicitar adesão até dia 27 de agosto. Os candidatos podem se inscrever pelo sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção) a partir da conta Gov.br. O resultado deve ser divulgado em 9 de setembro.
Para se inscrever, o interessado precisa, ainda, informar e-mail pessoal válido, bem como nomes e número de registro no CPF dos membros de seu grupo familiar com idade igual ou superior a 14 anos. A renda bruta mensal de cada componente também deve ser informada.
O mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, Isaac Marra, aponta que o Fies é um instrumento importante para oferecer igualdade de oportunidade entre os estudantes brasileiros.
“Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional”, pontua.
Confira quem pode se inscrever no processo seletivo do Fies:
- Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições, além de obtido média aritmética das notas nas cinco provas igual ou superior a 450 pontos;
- Ter obtido nota na prova de redação do Enem acima de zero;
- Possuir renda familiar mensal bruta per capita até três salários mínimos.
Os candidatos devem atender às seguintes condições acima cumulativamente.
Fonte: Brasil 61
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