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Saúde

Câncer é a doença que mais causa óbitos entre crianças e adolescentes

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No Brasil, a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC) realiza o Setembro Dourado, com a finalidade de informar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença por meio da percepção dos principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o câncer infantojuvenil é a primeira causa de óbitos na faixa etária dos 5 aos 18 anos, e estima que a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença. Dados assim motivam campanhas de alerta e de prevenção no mundo todo.

Outro objetivo do Setembro Dourado é, a exemplo dos países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançar 85% de chances de sobrevida para crianças e adolescentes com câncer – atualmente, esse índice no Brasil é de 60%. Ao longo deste mês de setembro, dezenas de ações são realizadas pela CONIACC para destacar a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil e disseminar informações ao público em geral e aos agentes de saúde de todos os municípios brasileiros.

“Não é justo que uma criança ou adolescente tenha menor chance de cura por falta de informação e atendimento rápido em local especializado”, exemplifica Rocco Francesco Donadio, presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha (Domus), sediada em Caxias do Sul (RS). A Domus é uma das 48 filiadas nacionais da CONIACC que realiza ações de sensibilização na divulgação da campanha junto às comunidades onde estão inseridas.

A importância do diagnóstico precoce

Crianças com câncer de países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) podem ter até 85% de chances de sobrevida. Em países de baixo IDH, as chances caem para 20%. Isso demonstra que o investimento na saúde da população afeta diretamente as chances de sobreviver ao câncer, e que campanhas como o Setembro Dourado têm importância fundamental. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estima que 12.500 novos casos por ano surgiram no país (biênio 2018-2019). Cabe destacar que, de acordo com as estimativas, anualmente cerca de 3.800 crianças não conseguem sequer chegar ao tratamento. “Diferente do adulto, raramente detectamos na criança exposição a fatores externos que estejam vinculados ao aparecimento da doença. Comumente, sua origem é embrionária, ou seja, a sua origem está na maioria das vezes nas células responsáveis pela formação dos diversos tecidos da criança na vida intrauterina. Como estas células têm alto grau de replicação, o câncer oriundo destas células é mais agressivo, e de evolução rápida. Porém, respondem melhor ao tratamento quimioterápico convencional, tendo maior chance de cura. Se diagnosticarmos precocemente, tratarmos com protocolos controlados e em hospitais adequados, esta chance de cura poderá ocorrer em mais de 70% dos casos”, destaca Donadio.

Por Assessoria

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Saúde

Dengue: tendência é de redução de casos no país, apontam dados do Ministério da Saúde

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Em 10 estados do país, o cenário de combate à doença melhorou. Secretária de Vigilância em Saúde, no entanto, diz que é preciso continuar em alerta

Em sua atualização mais recente sobre o panorama nacional da dengue, o Ministério da Saúde aponta que há tendência de redução dos casos no país. A situação melhorou em 10 estados. Em 12 unidades da federação, as ocorrências estão estáveis, enquanto em cinco entes houve aumento do contágio. 

Segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, o pior cenário da doença parece estar ficando para trás, mas é preciso manter a cautela. 

“Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e, agora, estamos descendo, mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirmou durante evento na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). 

O Distrito Federal e seis estados, sendo estes Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina, concentram mais de 85% dos casos, mas apenas no Paraná a curva de casos continua subindo. Bahia, Maranhão, Ceará e Sergipe completam a lista das cinco unidades da federação onde há alta de infecções. 

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde sobre a arbovirose, registraram-se 3.507.062 casos prováveis, 217.423 ocorrências a mais do que na atualização anterior. O número de óbitos por conta da dengue saltou para 1.544. A taxa de letalidade da doença continua em 0,04%. 

São Paulo

O estado está entre as dez unidades da federação onde há tendência de queda no número de casos. De janeiro até agora, 706.682 pessoas tiveram dengue em São Paulo. 

Na 15ª semana epidemiológica – entre 7 e 13 de abril – as autoridades de saúde registraram 24 mil novos casos. O número é bem inferior ao observado na semana anterior, quando houve 60 mil ocorrências. 

O analista de sistemas Bruno Gentil, de 35 anos, mora na cidade de São Paulo e se recupera da doença que contraiu há cerca de 10 dias. Logo no primeiro dia, quando os primeiros sintomas apareceram, ele procurou atendimento e orientação médica. E conta que isso foi fundamental para conseguir se recuperar e evitar o agravamento da dengue.

“Estava orientado sobre hidratação — o máximo possível — e repouso. A partir dali, foi simplesmente controlar a febre. Tenho certeza que meu quadro não ficou pior por estar seguindo todas as orientações do médico”.  

DENGUE: SP está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

Minas Gerais

Também no Sudeste, Minas Gerais é outro estado que apresenta queda no número de casos. Desde o início do ano, 1.026.290 pessoas foram infectadas pela doença. 

No entanto, o número de novas ocorrências na 15ª semana epidemiológica foi de 10,9 mil, enquanto nos sete dias anteriores foi de 33,1 mil. 

MINAS GERAIS: Estado tem tendência de queda de casos de dengue

DF

Na capital federal, o cenário também melhorou. Desde janeiro, 219,5 mil pessoas foram infectadas pela doença no DF, mas na passagem da 14ª para a 15ª semana epidemiológica, as autoridades de saúde viram a quantidade de novos casos diminuir de 8 mil para 3,2 mil. 

DENGUE: DF está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

Amazonas

Já o Amazonas é um dos 12 estados do país com tendência de estabilidade, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, desde janeiro foram infectadas 9,5 mil pessoas na unidade da federação. Entre os dias 7 e 13 de abril registraram-se 172 casos. Duas mortes foram confirmadas. 

DENGUE: Amazonas está entre as 12 unidades da federação com tendência de estabilidade nos casos da doença

Bahia

A Bahia está entre as unidades da federação que não têm o que comemorar quanto ao cenário para a doença. Isso porque houve alta no número de infectados na 15ª semana epidemiológica. Entre 7 e 13 de abril, as autoridades de saúde notificaram 5,2 mil casos. Até o momento, foram confirmadas 45 mortes por causa da dengue no estado. 

DENGUE: Bahia está entre as cinco unidades da federação com tendência de alta nos casos da doença

Pacientes e médicos: atenção ao 4º dia da doença

Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.

“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”. 

Sintomas (Fonte: Ministério da Saúde)

Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:

●    vômitos;
●    dor abdominal;
●    tonturas ao se levantar;
●    sangramento na gengiva e no nariz. 

Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.

Cuidados precisam continuar

Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no estado de São Paulo, a população não pode descuidar. A eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de prevenção contra a dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:

●    Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d’água;
●    Verificar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
●    Inspecionar plantas e pratos que acumulem água;
●    Verificar todo e qualquer local que tenha possibilidade de ter água parada;
●    Telas e proteções nas janelas também são indicadas, além dos repelentes.

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito. 

Fonte: Brasil 61

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Saúde

Menopausa: apenas 50% das brasileiras fazem tratamento, aponta estudo da Associação Brasileira de Climatério

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Para especialistas, tratamento adequado é a principal forma de reduzir os sintomas e evitar problemas futuros

Mesmo fazendo parte da vida de milhares de brasileiras, a menopausa ainda é um assunto pouco discutido. No Brasil, apenas 50% das mulheres na menopausa fazem o uso de algum tratamento, — aponta estudo da Associação Brasileira de Climatério. Segundo o doutor em endocrinologia clínica Flavio Cadegiani, as mulheres precisam ter consciência de que a falta de cuidados ou até conhecimento sobre o assunto afeta de maneira significativa a saúde mental e física com sintomas que podem incomodar bastante neste período. “Podem ocorrer ganho de peso, por haver uma queda abrupta no metabolismo; depressão; distúrbios do sono; asma pós-menopausa; secura vaginal, com dores no ato sexual; e até mesmo osteoporose”, pontua.

O médico lamenta que a maioria das brasileiras não faz o tratamento hormonal adequado e esclarece que as consequências podem ser graves como a osteoporose pós-menopausa, que costuma ser recorrente. “A descontinuação do contato do hormônio feminino provoca uma queda importante da massa óssea então você tem uma desmineralização, uma perda de minerais do osso levando a osteoporose”, alerta.

Na opinião do especialista, a menopausa deve ser encarada como um momento natural na vida de uma mulher. “A menopausa é o evento que marca o fim da vida reprodutiva no sexo feminino, podendo ser definida como a ‘última menstruação’. Neste período de transição, em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa, chamado de climatério, é bastante comum o surgimento de uma série de sintomas desagradáveis.” Mas, apesar de ser uma fase difícil, Cadegiani revela que é possível amenizar os sintomas do climatério e passar por este período com boa qualidade de vida.

Para ele, a principal forma de reduzir os sintomas do climatério é o tratamento hormonal adequado. “Até o início dos anos 2000, entendia-se que todas as mulheres tinham que repor hormônio na menopausa. Só que saíram dois estudos nessa época apontando aumento de risco de uma série de coisas e a reposição na menopausa caiu mais de 95% com isso. Agora, temos novos estudos que mostram a importância do tratamento em certos casos. Por isso, avaliamos caso a caso, entendendo que depende da mulher, da idade e se ela tem sintomas”, destaca.

O presidente da Associação Brasileira de Climatério, Rogério Bonassi Machado, diz que o tratamento mais fisiológico da menopausa é a terapia de reposição hormonal por meio de uso dos estrogênios. “A mulher quando ela perde esses hormônios nós damos de novo. É bem simples esse conceito. Pode fazer reposição também da própria progesterona, mas o ator principal é o estrogênio”. O médico explica que a terapia de reposição hormonal é recomendada para as mulheres que têm sintomas e existem objetivos claros para o uso da terapia: “Melhora dos sintomas, previne atrofia da vagina e prevenção da osteoporose”, revela.

Segundo Bonassi, os sintomas iniciais são as irregularidades da menstruação e isso se alonga até o momento em que a mulher para de menstruar. “Quando isso ocorre, a mulher tem os famosos fogachos, onda de calor que ocorre no período noturno, é uma onda súbita que ocorre na região do tórax, vai para a cabeça, podem aparecer placas avermelhadas e depois esse calor se dissipa e acaba tendo uma onda de frio”, detalha.

Garben Hellen Ferreira da Silva, de 60 anos, é aposentada e conta que começou a fazer a reposição hormonal há cinco anos, após se sentir mal com as ondas de calor típicas da menopausa. “Eu comecei com os fogachos, minha pressão arterial subiu e eu que não tinha nada de pressão comecei a ficar triste, a minha libido diminuiu bastante e quando eu fui na minha endocrinologista e fiz os meus exames hormonais, eles estavam baixos, minha progesterona, minha testosterona, meu estradiol”, cita.

Depois de iniciar o tratamento, ela conta que sua vida melhorou bastante. “Hoje eu não tenho mais aqueles fogachos, não tenho mais aquela depressão e, obviamente, tudo associado a uma academia, tomar vitamina D, tomar sol, é todo um conjunto porque, a partir desse momento, você pode ter uma série de outros problemas e a gente tem que prevenir com a reposição hormonal. Pra quem é indicado a reposição hormonal,eu indico que faça. Muitos dos sintomas acontecem pela falta do hormônio”, ressalta.

Menopausa precoce

O conhecimento dos sinais e sintomas permite cuidados individualizados e ainda melhora a qualidade de vida e o bem-estar das mulheres. A faixa etária média para a mulher entrar na menopausa é entre 48 e 52 anos. Quando esse processo ocorre antes dos 40 anos, o  doutor em endocrinologia clínica, Flavio Cadegiani, diz que é classificado como precoce. “A menopausa precoce é considerada quando é abaixo de 40 anos, mas abaixo de 45 a gente já considera que podem existir diversos problemas”. 

De acordo com o especialista, mulheres que entram na menopausa antes dos 45 anos e que não repõem os hormônios podem ter complicações. “Aumentam muito os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças metabólicas em geral e, possivelmente, fora a parte da psiquiatria como doenças mentais, o alzheimer e a demência. Hoje, repor para mulheres com menos de 45 anos é mandatório — não repor é considerado uma negligência médica. E tem sido cada vez maior a incidência de mulheres com menopausa precoce”, relata.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Climatério, Rogério Bonassi Machado, cada caso precisa ser avaliado individualmente. “Tem mulheres que não vão ter sintomas e existem aquelas que não podem fazer a terapia hormonal”. Ele explica que existem contra indicações: “A mulher que já teve câncer de mama é contra indicado para a terapia de reposição hormonal,bem como as que mulheres que têm doenças cardiovasculares, doenças do fígado e cirrose hepática, por exemplo”, alerta.

O médico Cadegiani ainda acrescenta “É importante falar que os ovários não morrem por inteiro. Então, mulheres que tiraram os ovários, por exemplo, têm mais sintomas de menopausa e têm maior risco de problemas associados ao pós-menopausa do que mulheres que entram na menopausa, mas não retiraram os ovários”, completa.

Garben Hellen reforça que é preciso valorizar a vida das mulheres adultas e combater o preconceito de idade. ” É preciso se cuidar, se gostar e viver essa nova fase que não te impede de nada. Eu continuo com a mesma vaidade de sempre e a mesma disposição”, revela.

Os especialistas lembram que a terapia de reposição hormonal deve ser prescrita por um médico após avaliação individual. Já os benefícios e riscos dessa terapia podem variar dependendo da saúde, histórico clínico e preferências da paciente. 

Fonte: Brasil 61

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Saúde

Data de publicação: 16 de Julho de 2023, 20:35h, atualizado em 17 de Julho de 2023, 00:27h

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Para o Brasil, a estimativa é de que 41% dos adultos terão obesidade em 2035, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2023

A obesidade não está relacionada apenas a um comportamento. Ela é uma doença, um distúrbio metabólico, genético, que pode ser influenciado por fatores comportamentais e ambientais, segundo o doutor em endocrinologia clínica, Flavio Cadegiani. Ele explica que a obesidade está relacionada à disfunção do tecido adiposo.

“A célula de gordura quando aumenta de volume quando ela hipertrofia, ela aumenta a produção de produtos inflamatórios que inflamam o corpo inteiro, além disso quanto maior o volume da célula de gordura, mais ela atrai macrófagos — células imunológicas, que por si vão produzir ainda mais fatores inflamatórios. Hoje, a gente fala que o conceito de obesidade ele é centrado na disfunção do tecido adiposo que é o tecido de gordura”, informa.

A genética é responsável em 70% para o desenvolvimento da obesidade, conforme dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Mas esse cenário pode mudar. Cadegiani diz que já existe uma nova medicação para tratar obesidade e sobrepeso, vista por cientistas como promissora, por apresentar resultados melhores que os remédios existentes no mercado, a chamada Retatrutida.

“O medicamento ainda está em desenvolvimento, mas já é o tratamento com maior eficácia já visto para obesidade. É o primeiro medicamento que tem potencial de ter quase uma equivalência em relação à cirurgia bariátrica”. Ele está otimista com os trabalhos. “Se der tudo der certo na fase 3, talvez em 4 ou 5 anos ele deve ser disponibilizado”, avalia.

No código genético humano, mais de 400 genes estão relacionados ao processo de alimentação e saciedade. Desde o metabolismo, apetite e distribuição corporal de gordura. No Brasil, um em cada 4 indivíduos maiores de 18 anos tem obesidade, o que corresponde a aproximadamente 41,2 milhões de pessoas. E mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso 60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020. O público feminino tem maior prevalência (62,6%) do que o masculino (57,5%).

O último relatório do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostra que a frequência de adultos com excesso de peso variou entre 49,3% em São Luís e 64,4% em Porto Velho. As maiores frequências de excesso de peso foram observadas, entre homens, em Porto Velho (67,5%), João Pessoa (66,5%) e Manaus (65,2%) e, entre mulheres, em Manaus (61,8%), Porto Velho e Belém (61,0%). As menores frequências de excesso de peso, entre homens, ocorreram em Salvador (50,8%), São Luís (51,4%) e Vitória (55,8%) e, entre mulheres, em Palmas (45,0%), Teresina (46,4%) e São Luís (47,5%).  

O Atlas Mundial da Obesidade 2023 revela um aumento na prevalência da obesidade em todo o mundo. Para o Brasil, a estimativa é de que 41% dos adultos terão obesidade em 2035. O crescimento anual da obesidade entre adultos é de 2,8%, enquanto na infância, a taxa atinge 4,4% ao ano até 2035. A projeção para 2035 é de que 1 em cada 4 pessoas conviverá com a doença. Isso representa mais da metade da população mundial, sinaliza a pesquisa. 

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Fábio Moura, é muito importante combater a obesidade de todas as formas, principalmente avançando em estudos de medicamentos que ajudem a reduzir os casos. “A obesidade é hoje um das principais preocupações. Há um aumento exponencial do número de casos e com isso vai acontecer um aumento exponencial das doenças que decorrem da obesidade como a diabetes tipo 2, a doença hepática gordurosa não alcóolica, a apneia do sono, o aumento do risco de câncer, tudo isso vai aumentar com o aumento do número de casos de obesidade”, alerta.

Cuidados e prevenção

Na opinião do endocrinologista, para tratar a obesidade é necessária uma mudança no estilo de vida do paciente. Ele explica que a prevenção é feita com alimentação saudável e uma rotina de atividade física, por exemplo. “A atividade física bem feita ela é muito melhor para prevenir o ganho de peso do que para ter perda, tem muito atleta que tem obesidade porque eles pararam de treinar e não pararam de comer. Então a atividade física ela é muito importante para a prevenção da obesidade, uma atividade física bem feita e regular, uma boa alimentação, não precisa ser rigoroso, mas precisa manter o hábito de uma alimentação saudável, segurar carboidratos, açúcar”, observa.

O especialista conta que é preciso humanizar e individuaizar o tratamento. “Entramos com os medicamentos depois que o paciente tenta todas as formas de mudança de estilo de vida, principalmente com alimentação e com atividade física, e, muitas vezes, não consegue ter uma perda significativa de peso. Acontece que, nem sempre, a pessoa está motivada e a gente deve entender isso também”, ressalta Flavio Cadegiani.
 

Fonte: Brasil 61

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