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Alagoas

Governador tem reunião agendada com presidência da República para debater minas da Braskem

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Informação foi confirmada por ministro dos Transportes Renan Filho, que esteve em Alagoas nesta quinta-feira numa reunião sobre o tema

Por Agência Alagoas

O ministro dos Transportes, Renan Filho, se reuniu nesta quinta-feira (30) com membros do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e da Defesa Civil Estadual para colher informações do risco iminente de colapso de uma mina na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, que serão encaminhadas para a Presidência da República.

Em entrevista coletiva, o ministro confirmou que está agendada uma reunião para o dia 5 de dezembro entre o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o governador Paulo Dantas para que de fato o Governo Federal esteja preparado para ajudar Alagoas em caso de necessidade. Ele pontuou ainda que, durante a reunião, a Defesa Civil Nacional explicou que não haverá esvaziamento da lagoa ou um afundamento de proporções muito grandes que possa ultrapassar a área que foi desocupada.

“Os equipamentos perceberam o movimento desde o dia 6 agora do mês de novembro. Só que são vários indicadores que demonstram o movimento da terra. Então eles perceberam, mas houve uma estabilização. E a partir do dia 27 agora ele começou a se intensificar, inclusive a velocidade da movimentação da terra, que é um outro indicador. Houve mais de mil microtremores, o que chamou a atenção de todos. Houve um alerta para todos os poderes, o Poder Judiciário, o Poder Executivo, Municipal, Estadual e Federal, o Ministério Público também está atuando, e a gente está aqui hoje para reunir todas essas informações, remeter ao Governo Federal, verificar quais são as principais providências. O importante a dizer às pessoas é que a área de influência dessa catástrofe foi evacuada. Algumas pessoas ainda estavam por lá, e por decisão judicial, tiveram que ser retiradas, mesmo que agora a contra gosto, e isso é fundamental porque o mais importante nesse momento é preservar vidas”, afirmou Renan Filho, que veio a Alagoas representando o Governo Federal.

“O cidadão alagoano, maceioense, tenha certeza que aquela área no Mutange não pode ter nem tráfego de pessoas. Inclusive as pessoas que estavam trabalhando já saíram. Todos os indicativos demonstram que pode haver inclusive um rompimento, pois já há fissuras na camada superior do terreno. São 35 minas que existem naquela região, das quais em nove estava previsto o seu preenchimento, ou com areia ou com uma solução líquida concentrada. Quatro foram tamponadas, tiveram todo o seu volume preenchido e essa mina 18 iniciaria o trabalho nesses próximos dias. Inclusive com o movimento, foi impedido o trabalho e esse movimento de terra já marca a superfície na própria mina. Então, é possível que haja um rompimento, que pode gerar outros danos, porque haverá uma dissipação de energia na região. Como tem outras cavernas e a área já é de instabilidade, isso pode gerar outros rompimentos, mas o fato é que a área está isolada”, acrescentou.

O ministro pontuou ainda que é preciso ter uma solução definitiva para o problema, e que é necessário aproveitar esse momento para verificar como está o trabalho da Braskem. Se precisa, por exemplo, intensificar os esforços para concluir logo o que está sendo feito, porque o movimento de terra vem gerando uma instabilidade muito grande.

“Hoje (30) à noite eu vou passar um informe de toda a situação para o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que está aguardando essas informações. Me acompanham aqui os secretários executivos do Ministério do Desenvolvimento Regional e do Ministério das Cidades para que a gente diga o papel da Defesa Civil Nacional, do Estado, do município e esteja todo mundo preparado para a eventualidade de acontecer um afundamento na área”, disse.

“O importante é que tem sim que cobrar a empresa, tem que cobrar a responsabilização. É por isso que, desde lá atrás, quando eu fui governador, eu não topei fazer acordo com a Braskem, nem acordo organizado pelo Ministério Público ou pela Justiça. Ao contrário, entramos na Justiça contra a empresa, que tentou ser vendida no meio desse imbróglio todo. É óbvio que uma empresa como essa não pode ser vendida sem dar solução a Maceió e a Alagoas. Não cabe fazer acordo antes da identificação de todos os eventuais danos. Isso tudo precisa ser dito e a empresa Braskem precisa ser responsabilizada. É por isso, inclusive, que lá no Senado Federal, nós colhemos 40 assinaturas de senadores para fazer uma investigação profunda, porque todo mundo se lembra como foi esse fato por aqui. Primeiro a empresa negou, depois disse que era um poço da Casal, depois negou os dados que foram levantados pela CPRM e assim, no final, assinou um acordo aqui. Mas o Estado de Alagoas não topou a assinar com a empresa, não aceitou receber a indenização, porque: como receber a indenização se a gente sequer sabe o impacto?”.

Renan Filho disse também que o Governo Federal enxerga que tem que ter união de esforços para trabalhar pela solução. “Ninguém deve terceirizar essa responsabilidade, nem o Governo Federal, nem o Governo do Estado, nem a Prefeitura. Agora, a Prefeitura de Maceió fez um acordo com a Braskem, recebeu R$1 bilhão e 7 milhões de reais, e certamente está numa situação difícil, porque a capital está aterrorizada nesse momento sem saber direito o que vai acontecer. Agora, transferir por conta disso, a responsabilidade para que a União coloque recurso nisso?, Ora, o dano ambiental foi realizado pela Braskem, que é uma das maiores empresas do Brasil, uma empresa multinacional. Ela tem que pagar esse dano e tem que ser responsabilizada civilmente e criminalmente. Eu acho que isso é importante: que a gente diga agora, e que esteja todo mundo unido a fim de garantir a responsabilização da empresa e de garantir a finalização desse trabalho de tamponamento das minas”, afirmou.

A cratera, segundo relatou a Defesa Civil Nacional durante a reunião, não acontecerá em um tamanho maior do que a área que foi desocupada. Ao contrário, a tendência é que ela seja menor. Mesmo assim, de acordo com o ministro dos Transportes, é importante que todos estejam atentos, que as pessoas não estejam nos bairros afetados nem nos bairros adjacentes, porque está havendo o movimento de terra.

“Por isso, o presidente da República pediu para que eu liderasse essa missão em Alagoas, para que a gente informasse ao Governo Federal, a fim de que todas as providências sejam tomadas para, com essa estabilização, a gente garanta o menor risco possível a todas as pessoas”.

Defesa Civil Estadual

Durante a reunião, o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, informou que nesta sexta-feira (1), o órgão terá uma reunião com o Ministério Público de Alagoas para solicitar que seja cobrado da Prefeitura de Maceió e da Defesa Municipal informações sobre a situação da mina que deve colapsar a qualquer momento.

“Não temos informações. Ficamos de fora do comitê que trata sobre o assunto. A PGE também está entrando com ação para termos informações. Pois não temos a dimensão do problema”, afirmou Moisés.

Perícia

A Polícia Federal informou, nesta quinta-feira (30), que acionou peritos criminais federais para a realização de uma análise adicional da situação do Mutange, em Maceió, onde uma mina pode colapsar a qualquer momento. Em nota, a PF afirmou que está comprometida em esclarecer os acontecimentos, assim como garantir medidas adequadas em prol da segurança da população afetada.

Participaram da reunião, Felipe Cordeiro, secretário-chefe do Gabinete Civil; Gustavo Lopes, diretor-Presidente do IMA; Elaine Monteiro, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), os deputados Rafael Brito (Federal), Alexandre Ayres e Silvio Camelo (Estaduais); Valder Ribeiro de Moura, secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional; Antonio Vladimir Moura Lima, secretário-Executivo Adjunto do Ministério das Cidades; Francisco Valdir Silveira, presidente em exercício do Serviço Geológico do Brasil (CPRM); José Luiz Ubaldino de Lima, diretor do Departamento de Geologia e Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia; Paulo Falcão, diretor do Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil  e Jean Paul, coordenador do Grupo de Trabalho do IMA para o caso Pinheiro.

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Alagoas

Governador anuncia para 1º de maio envio do Projeto de reajuste dos servidores

Governador Paulo Dantas anunciou que dia 1º de maio enviará à Assembleia Legislativa Projeto de Lei para reajuste salarial dos servidores públicos

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Paulo Dantas pediu apoio da Assembleia Legislativa para celeridade na aprovação


 por Agência Alagoas

Durante a edição do Governo Trabalhando, realizado no domingo (28), em Olho D’Água Grande, o governador Paulo Dantas anunciou que, no dia 1º de maio, enviará à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei para o reajuste salarial dos servidores estaduais. Paulo ainda aguarda a finalização dos estudos econômicos para definir o índice do aumento.

“No início do ano, divulgamos o calendário de pagamento dos salários para que os servidores saibam os dias em que receberão. Mensalmente, antecipamos esses repasses. Esse é o nosso compromisso com os mais de 80 mil servidores e, agora, nosso segundo compromisso é com o reajuste. Por isso, no próximo dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, encaminharemos esse Projeto de Lei à Assembleia para que os salários sejam ajustados e aplicados conforme os procedimentos administrativos após a aprovação”, afirmou o governador.

Paulo também aproveitou a presença do deputado estadual Breno Albuquerque em Olho D’Água Grande para solicitar que o projeto seja apreciado e aprovado rapidamente pelos parlamentares, garantindo o reajuste dos servidores estaduais.

Leia mais informações no link https://alagoas.al.gov.br/noticia/governo-de-alagoas-leva-diversos-servicos-de-combate-a-fome-a-olho-d-agua-grande 

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Alagoas

Escolas têm até 1º de maio para se inscreverem na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Mostra de Foguetes

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Procedimento deve ser feito pela plataforma app.oba.org.br; em Alagoas, mais de 42 mil estudantes participaram das duas competições em 2023

Escolas públicas e particulares de todo o Brasil têm até 1º de maio para se inscreverem na edição 2024 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). O procedimento deve ser feito pela plataforma app.oba.org.br.

Podem participar das duas competições alunos de escolas públicas e particulares que estejam cursando o ensino fundamental ou médio. Se a unidade de ensino já participou da OBA e da MOBFOG em outras edições, o professor responsável precisa apenas cadastrar os alunos que participarão da prova/lançamento. No entanto, se esta é a primeira participação, é preciso inscrever escola e alunos.

As provas da OBA serão presenciais e devem ser aplicadas no dia 17 de maio, data limite também para os lançamentos de foguetes da MOBFOG.

Alagoas

Em 2023, 42.640 estudantes de 298 escolas alagoanas participaram da OBA e da MOBFOG – pela rede estadual de ensino, foram 5.683 alunos de 51 escolas inscritos nas duas competições. As escolas estaduais também se destacaram na premiação, somando 152 medalhas (66 na OBA e 86 na MOBFOG), das quais 80 ouros, 38 pratas, 34 bronzes conquistados por 11 unidades de ensino.

Dentre as unidades de ensino premiadas em 2023 estão as escolas estaduais Francisco Domingues, de Limoeiro de Anadia; Fernandes Lima e Edmilson Pontes, de Maceió; Padre Aurélio Gois, de Junqueiro; Constança de Góes Monteiro, de Major Izidoro; Humberto Mendes e Nova Jersey, de Palmeira dos Índios; Julieta Ramos Pereira, de Paripueira; Senador Rui Palmeira e Colégio Tiradentes (unidade Agreste), de Arapiraca.

Jornada de Foguetes

A Escola Estadual Francisco Domingues foi um dos destaques da OBA/MOBFOG 2023 em Alagoas. Com 508 estudantes inscritos nas duas competições, a instituição somou 79 medalhas – 53 ouros, 14 pratas, 12 bronzes -, sendo 77 na Mostra de Foguetes e 2 na OBA. A escola, por sinal, superou seu próprio recorde de premiação: em 2022, foram 29 ouros na MOBFOG, enquanto, em 2023, foram conquistadas 50 medalhas a mais.

Este resultado fez com que a escola fosse convidada para participar da 44ª Jornada Brasileira de Foguetes, realizado em setembro de 2023 no município de Barra do Piraí, Rio de Janeiro, com a presença das equipes com os melhores desempenhos na MOBFOG. Os alagoanos voltaram para casa com a medalha de 4º lugar a nível nacional. A escola também teve ainda a estudante Letícia Melo como uma das duas alagoanas classificadas para as provas da Olimpíada Internacional de Astronomia.

O resultado é consequência da intensa mobilização realizada na escola para as olimpíadas de conhecimento, por meio do Projeto Chiquinho Olímpico. A partir desta iniciativa, os professores incentivam e preparam os estudantes para a participação em diversas olimpíadas, a exemplo das de Matemática, Geografia, Cartografia, Física, dentre outras.

“Em 2023, o Projeto Chiquinho Olímpico colheu excelentes resultados e os nossos professores e alunos estão de parabéns. Foram 133 medalhas em competições do porte da OBA, MOBFOG, Olimpíada Brasileira de Geografia e Olimpíada Alagoana de Química. Continuaremos focados para alcançarmos novas conquistas”, assegura o gestor Rafael Vieira.

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Alagoas

Sedics destaca a importância do cooperativismo e impacto na sociedade

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Pesquisa do Sistema OCB aponta reconhecimento crescente do cooperativismo

Por agencia Alagoas

O cooperativismo tem desempenhado um papel fundamental na sociedade, tanto do ponto de vista econômico, quanto social. Uma pesquisa de Imagem do Cooperativismo, realizada pelo Sistema OCB, órgão máximo de representação do cooperativismo no país, aponta que, em 2023, 88% dos 11.522 entrevistados consideram o movimento atual, moderno e inovador.

Em um intervalo de seis anos, a pesquisa revela mudanças na percepção e no reconhecimento das cooperativas. Em 2018, 55,6% dos entrevistados admitiram não se lembrar de nenhuma cooperativa e, em 2023, esse número caiu para 23%, o que demonstra uma consciência e familiaridade maior com o conceito cooperativista.

E não para por aí. Em Alagoas, com a humanização e o desenvolvimento econômico andando lado a lado, a Secretaria Executivo de Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), tem como uma das principais missões, o fomento das atividades que compõem a Economia Solidária no estado.

Sendo uma das atividades que cresce cada vez mais no estado, o setor cooperativista alimenta mais de 300 mil alagoanos, além de promover a geração de empregos diretos e indiretos para cerca de 200 mil pessoas por meio das mais de 240 cooperativas espalhadas por todo o estado.

O secretário Executivo de Cooperativismo, Adalberon Sá Júnior, ressalta que em detrimento de todo esse trabalho, o cooperativismo passou a ser reconhecido como um vetor de desenvolvimento econômico e social de vital importância, não só para Alagoas, mas também para todo o Brasil.

“O cooperativismo, como agente de geração de desenvolvimento, emprego e renda, faz com que haja prosperidade na sociedade onde ele está inserido. E é reconhecendo essa potência que Alagoas tem caminhado cada vez mais para consolidar-se como um “case” de sucesso no país”, pontuou o gestor. 

Dentre outras ações, a Sedics busca promover benefícios fiscais ao setor, como também, condutas no intuito de fortalecer espaços de comercialização, atuando em conjunto com outras secretarias, possibilitando que o próprio estado seja o primeiro comprador dos produtos da agricultura familiar, assim como o principal contratante das cooperativas do ramo do trabalho.

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